domingo, 27 de abril de 2014

20º Capitulo “300 Miles” – Entre o Céu e o Inferno






Musica 300 Miles do Emblem3, sugestão da leitora Érica.

O tempo passava, e as coisas começavam a se acalmar. Demetria nunca mais voltou a falar comigo, nem mesmo atendeu minhas ligações, ela me ignorava com louvor e eu aos poucos percebi que insistir não me levaria a nada, não que eu não sentisse mais nada por ela, eu a amo e isso não tinha passado, mas agora eu tinha que admitir que, as coisas estavam complicadas e que talvez se eu desse um tempo para ela fosse o melhor mesmo.
Enquanto isso, Rachel e eu, estávamos cada vez mais próximos, minha mãe estava radiante, feliz, achando que estávamos juntos novamente, no começo Rachel até tentou uma reaproximação, mas eu estava tão fixado em consertar as coisas com Demi, que não aceitei, já agora, ela não insistia mais, estávamos deixando tudo acontecer naturalmente, sem empurrar nada, respeitando o tempo e suas decisões.


O inverno chegou mais frio que o comum, uma ‘neve’ caia tímida, e mesmo não sendo iguais as do norte americano, mas sim, uma versão de água da chuva congelada, que não é tão espetacular, nem mesmo tão branquinha e fofa quando a neve verdadeira, mas tinha sido suficiente para fazer a alegria das crianças e até mesmo adultos de Lewis.
Todos saíram à rua, tentavam fazer bonecos de neve – que saíram um pior que o outro. – anjos na neve – que saiu um pouco mais aceitável e guerra de bola de neve – que foi um desastre, já que ninguém parecia saber fazer uma bola de neve que ficasse firme até tocar no oponente. – mas mesmo com todo esse não costume com a neve, o dia estava alegre, animado, ninguém se importava se a boneco de neve estava horrendo e combinaria mais como decoração de Halloween, ou se a bola de neve nunca ficava inteira, todos sorriam, curtiam o primeiro e raro dia em Lewis, todos se sentiam em casa, em festa.

Menos eu...


O significado de ‘casa’ tomou rumos diferentes para mim nos últimos tempos.

Para alguns, casa, é o lugar onde se vive, o lugar onde tem sua cama, seus moveis, suas roupas, seus objetos, para outros, casa, é o lugar em que o WiFi conecta automaticamente, para outros é o lugar em que você se sente mais confortável em estar, o lugar em que você entra e por entre suas pareces, pode ser você mesmo, sem mentiras ou fingimentos, outros dizem que a, casa, é o lugar em que você deixa seu coração.
Todas talvez se encaixe para alguém, mas para mim, apenas a última definição poderia me fazer jus, neste exato momento.
“Casa é o lugar em que você deixa seu coração”
Meu coração não estava nesta rua familiar de Lewis, era como se as paredes que me protegeram por anos, não fossem mais as mesmas, o teto que me cobre não era mais o que eu gostaria que estivesse me cobrindo.
O meu lugar não era mais entre meus pais, nem entre meu irmão. Mas sim naquela rua perigosa e nada bonita de Las Vegas, em um apartamento pequeno e velho, mas que tinha a pessoa que mais me importava.


_ Não vai tentar fazer um boneco de neve? – perguntou Rachel, eu nem mesmo tinha percebido ela chegando. Eu estava sentado nas escadas que tinham na frente de minha casa, encapotado de blusas de frio, calça térmica, um sapado com duas meias e uma toca que a todo o momento eu tinha que ficar abaixando para tampar minha orelha. Rachel também estava tão coberta quanto eu, a diferença é que ela não parecia um mendigo de Nova Iorque que no frio vestia o dava e virava um balão com tantas camadas de roupas que não se combinavam, ela estava com duas blusas de frio, sendo a de fora, bem grossa e a de baixo de lã, provavelmente tinha uma mais fina por baixo, mas eu não vi, uma toca, seu cabelo solto tampava as orelhas, um cachecol de lã branco, que tão fofo parecia até mesmo um pedaço de nuvem, uma calça, também térmica, e uma bota clara.
_ Não acho que vá dar muito certo. – respondi. Ela deu um sorriso torto e se sentou a meu lado.
_É... Não estão ficando muito bons. – concordou.
_ O seu não ficou tão ruim. – falei e olhei para o boneco na porta da casa dela.
_ Você está sendo bonzinho. – disse. É eu estava sendo bonzinho, o boneco já não estava bom pronto e agora que se desmanchava ficara mais horrendo ainda. _ Mas, pelo menos, foi divertido de fazer. – deu de ombros.
_ É.
_ Você não parece muito feliz... – observou. Eu apenas assenti para ela. _ O que está acontecendo com você Joe? – perguntou. Eu olhei para ela e vi que ela estava realmente preocupada. _ Você não é mais o mesmo. – completou.
_ Eu só estou com frio. – menti, tornando a olhar para a rua, até mesmo Noah brincava, coisa que eu não achei que fosse possível de acontecer.
_ Todo mundo está com frio aqui, Joe. – falou.
_ Bom, cada um reage de maneira diferente. – respondi, não tão educadamente. Rachel calou-se. _ Desculpa.
_ É só o que eu escuto ultimamente. – olhei-a novamente, mas ela não olhava para mim desta vez.
_ Desculpa. – falei, sem nem mesmo perceber. Rachel suspirou. _ Não... É... – tentei consertar, mas eu não sabia o que dizer.
_ Está tudo bem, Joe. – falou, tornando a olhar para mim. _ Eu não vou mais exigir que você me dê mais do que pode me dar. Já fiz isso uma vez e me arrependo.
_ Você fez o que achou que era certo. – falei.
_ O que é certo para você, nem sempre para os outros. – falou.
_ E o que é certo para todos agora? – perguntei. Rachel hesitou.
_ Para mim, é tomar um rumo e perceber que o passado já passou, para você, provavelmente é basicamente o mesmo, a única diferença é para você avançar, você vai ter que consertar os erros do passado.
_ E como começar? – perguntei.
_ Se decidindo... – falou.
_ Me decidindo?
_ Sim.
_ Talvez não seja tão fácil assim. – falei.
_ Basta você responder com sinceridade a pergunta.
_ E qual seria essa pergunta?
 _ A quem pertence seu coração Joe?

(...)

No jantar minha mãe fez sopa de abobora moranga, todos nós comíamos fervorosamente, mal parávamos para conversar, o frio do ar, e o calor da sopa faziam uma combinação tão perfeita que era tudo o que precisávamos naquele momento.
Quando minha mãe foi colocar mais um pouco de sopa para si, ela começou a falar.
_ Amanhã pastor Jasper fará uma festa para todos. – disse.
_ Porque? – perguntou meu pai. Após engolir a colherada de sopa.
_ Parece que Lara está gravida. – respondeu.
_ Nossa, foi rápido, ela mal se casou. – comentou papai.
_ E eles ainda vivem na mesma casa que Jasper. – comentou Noah.
_ Provavelmente ele vai dar uma casa para eles agora, já que realmente vão construir família. – falou mamãe. _ Ele está tão feliz, é o primeiro neto. – disse, seus olhos brilhavam, talvez ela quisesse que meu irmão mais velho, já casado há três anos, a desse um neto, mas por incrível que pareça, ele nunca pareceu interessado. Pensei em como seria se eu tivesse me casado com Rachel, será que agora ela também já estaria gravida? Como será que minha mãe iria se sentir? E se eu ficasse com Demi? Será que ela aceitaria Gabriela como neta?
Eu talvez nunca soubesse as respostas para todas as quatro perguntas, mas pelo menos de duas eu tentaria.


(...)


Antes de dormir, fiquei observando a rua pela janela do meu quarto, agora todos já estavam em casa, provavelmente enrolados em camadas e mais camadas de edredons, mais o menos como eu neste momento.
A rua vazia e silenciosa me fez pensar no que Rachel havia dito, passei as últimas semanas vivendo sem viver, passado cada dia, trabalhando sem nem mesmo saber o que estava fazendo, foram semanas pensando em correr, fugir, ir direto para onde eu precisava estar, para um lugar que me enchesse e me fizesse sentir bem, o lugar que me voltasse a vida, um lugar que me fizesse sentir em casa.
Meu celular tocou e com um pulo o peguei.
Era Rachel. Estranhei, apesar de estarmos conversando e nos interagindo amigavelmente nesses últimos tempos, nossas conversas eram sempre ao vivo, frente a frente, quando nos víamos na rua ou na igreja, telefonemas ou mensagens haviam ficado no passado, mesmo assim, atendi.
_Rachel?
_ Oi Joe, te acordei?
_Não, eu ainda estou acordado. – respondi. _ Aconteceu alguma coisa?
_Bom... É... Não exatamente. – respondeu. _ Mas, eu queria falar com você.
_Tudo bem.
_ Eu queria falar sobre o assunto de hoje mais cedo. – fez um breve silêncio. _ na escada, sobre seguir em frente.
_ Ah sim. É... Rachel... Eu sei que você deve estar querendo uma resposta depois de todo esse tempo e eu ainda estou...
_ Não, Joe, me escute, por favor. – interrompeu-me. Calei-me. _ Eu sei que você talvez queira me dar uma resposta e... Bom, eu adoraria receber uma, mesmo que fosse uma não tão boa para mim. Mas eu já sei que não vai dar. Então eu acho que é minha vez agora...
_ Certo. – concordei, depois que ela fez um breve silêncio, como se estivesse repensando na sua ideia de falar comigo.
_ Quando eu descobri que sua... Sua... Amante – falou com dificuldade. _ Era a minha prima, eu pensei, “Se eu falasse com ela, ela abriria a mãe do Joe e eu sei que o Joe voltaria para mim.” Eu vi como você reagiu naquele dia, se não tivesse tocado o telefone, você não teria resistido e nós teríamos voltado. Eu pensei que seria fácil para nós dois, se eu a tirasse do caminho.
_Rachel...
_ Eu sei Joe, não foi nada cristão da minha parte. Mas eu estava preocupada de mais em ser a vitima, em te tornar no monstro da história, e me esqueci que o que aconteceu envolve muito mais... Envolve sentimentos Joe. – ficamos um tempo em silêncio. _ Eu vou seguir em frente e eu gostaria da sua ajuda, mas eu te conto depois, já você, fique livre, não adianta brigar consigo mesmo, quem você ama não está na casa ao lado, mas sim a 300 milhas...

CONTINUA

Olá a todos, mais um capítulo postado, não sei quando postarei o outro pois nesses dias eu terei prova, mas está tudo bem porque daqui a 4 dias eu vou no show da Demi 1!!! :D Eu estou super ansiosa, prometo postar as fotos e vídeos que eu gravar aqui pra vocês ;)
Outra coisa, se tem alguém que lê aqui no blog que está indo para a porta do hotel da Demi, eu peço, por favor, não faça essa bagunça que vocês estão fazendo, tentar invadir hotel? Gritar até as 4 da manhã? Isso é chato, deixem ela dormir, ela trouxe toda família e nós fazemos isso? E aposto que ela quer sair mais não pode por causa dessa bagunça. Vamos acalmar galera.
Bjsss

Erii: Bom, já vi que esse capítulo não vai ser seu favorito, mas fique tranquila, que muita coisa vão acontecer no próximo capítulo, o fato da Rachel abrir mão dele não significa que Demi vai aceita-lo de volta, nem mesmo que o Joe não tente voltar com Rachel... Bom, até próximo domingo pra saber ;) Muito obrigada por comentar. Bjsss
Kika: Que bom que gostou, foi meu aniversario sim J Fazemos aniversario no mesmo mês, duas arianas ;) Postado, espero que tenha gostado. Muito obrigada por comentar. BjSSS
Shirley: O que a mãe da Demi falou com ela, só vai ser totalmente esclarecido nos dois próximos capítulos, mas já dá pra pensar em algumas coisas, se pensarmos na conversa entre o Joe e a Rachel no telefone. Depois de todo esse tempo, vai ser a primeira vez que eu vou ver ela, seu dia ainda vai chegar ;) Muito obrigada por comentar. Bjsss
Anônimo: kkkkk vamos esperar pra ver ;) Postado, espero que tenha gostado. Muito obrigada por comentar. Bjsss
Prıncess: Seja bem vinda, kkkkkk  quem sabe ela não seja tão ruim assim? Você vai/foi em qual show? *--* Eu não vou ler, nem comentar por agora por causa do tempo, só nas férias que voltarei a ler as fics, mas eu irei divulgar e assim que eu voltar a ler eu vou seguir seu blog, ok? Muito obrigada por comentar. Bjsss 

domingo, 20 de abril de 2014

19º Capitulo “Heart Attack” – Entre o Céu e o Inferno





Musica Heart Attack do Enrique Iglesias, sugestão da leitora Silva e um leitor Anônimo.

Explicar o que aconteceu depois, seria bem complicado, pelo simples fato de que devo ter passado grande parte do processo desacordado e não saber realmente o que aconteceu.
Bom, Jonathan me atacou, como o esperado, e todas aquelas pessoas que apareceram só para observar realmente ficaram do lado dele.
Talvez, juntando esses dois fatos – que eram mais que esperados – não seja tão complicado de entender o porque eu estava em uma maca de hospital agora.
Na mesma sala em que eu estava haviam outros enfermos, apenas uma cortina branca me impedia de vê-los, mas os barulhos das máquinas e vozes evidenciavam a sua presença , do lado da minha cama havia uma cadeira ocupada por Dianna.
Ela não dizia nada em nenhum momento, o que fazia tudo ficar pior do que já estava. Os médicos também pouco me diziam, na maior parte do tempo apenas me levavam de um lado para o outro, fazendo exames atrás do outro, radiografias em todas as partes possíveis, mas nada havia sido passado para mim, continuava lá, deitado naquela cama, ‘escutando’ o silêncio de Dianna e esperando, nem sei muito bem o que...

Não sei quanto demorou, mas já deveria ser madrugada, quando Demi finalmente apareceu.

_Joe, por Deus, o que você fez? – perguntou desesperada, suas roupas eram as mesmas da última vez que a vi, porém a maquiagem estava bem mais forte e ela tinha feito um penteado meio extravagante e que deixava seu pescoço mais amostra.
_ Eu fui conversar com o...
_ Pare! – exigiu. _ Você é louco? – perguntou com o tom alterado.
_ Não, eu só...
_ Não me diga que você só queria conversar novamente, que eu sou capaz de piorar a sua situação. – disse, interrompendo-me novamente. _ Mãe? – Dianna que não tinha falado até o momento, olhou vagarosamente para a filha, claramente constrangida pela situação.
_ Eu tentei alerta-lo. Mas ele não me escutou. – defendeu-se. Demetria tornou a olhar para mim e ela estava bem nervosa.
_ Porque você fez isso Joe? – perguntou, não mais gritava, falava calmamente, quase que dolorosamente.
_ Tem certeza que quer a resposta? – perguntei. Ela suspirou desapontada.
_ Qual é o seu problema em? – perguntou. Eu não respondi nada, podia ver o quanto ela estava chateada, e eu podia sentir a pressão do olhar de Dianna em mim, repetindo em minha mente ‘Você já a machucou’ e lá estava eu novamente, machucando-a novamente. _ Mãe, onde esta Gabriela? – perguntou Demi.
_ Na casa de Dona Elis. – respondeu.
_ Vá busca-la, fique com ela, eu volto para casa mais tarde.
_ Eu posso falar com você em particular antes? É bem rápido. – pediu Dianna, levantando-se da cadeira a meu lado. Demi apenas assentiu e as duas foram para trás da cortina branca. Eu ainda podia ver suas sombras, mas não escutei nada do que elas diziam. O barulho de bip das maquinas e os passos apressados dos enfermeiros, cobriu qualquer coisa que saísse de suas bocas.

...

Quando ela voltou não estava nervosa, pelo menos não parecia estar.
_ Você me perdoa? – perguntei.
_ Eu iria abrir mão da minha vida aqui... Não que fosse grande coisa... – deu um sorriso torto. _ mas eu iria para onde você quisesse me levar, e a única coisa que eu queria era que você ficasse em casa com minha mãe, só para ver... Ver como seria uma convivência de todo mundo junto. – hesitou a continuar. _ e olha o que você fez Joe. – falou com uma voz cansada.
_ Eu não queria magoar e nem queria que as coisas chegassem a esse ponto.
_ Ah claro, eu te falei como ele era, aparentemente minha mãe lhe avisou! Porque você ainda insiste? – falou a ultima frase novamente alterada.
_ O problema de vocês é que vocês tem medo dele, mas eu... Eu... Eu não tenho, eu queria mostrar que o tempo dele com você tinha acabado, que agora é eu que estou a seu lado. – falei também alterado.
_ Satisfeito com resultado? – olhou-me séria, fiquei quieto, não seria bom discutir, principalmente porque ela provavelmente estaria certa no final e eu, novamente, ficaria com cara de retardado. _ Que seja. – deu de ombros depois de esperar um tempo. _ Os seus pais estão vindo para cá.
_ O que? – perguntei apavorado.
_ Foi necessário avisa-los. – falou. _ Eu já vou indo, não estou preparada para encara-los.
_ Demi? – chamei-a, quando ela fez menção de ir embora. Ela olhou-me, com um olhar cansado e totalmente desanimado, hesitei, ela pareceu entender qual seria a minha próxima pergunta e eu pude sentir que eu me arrependeria caso a fizesse. Se por algum momento eu pensei que ela nunca mais me deixaria, eu estava completamente enganado.

...

O tempo que passei sozinho só fez com que eu me sentisse bem pior, relembrar o olhar de Demetria antes de ela sair por aquelas cortinas pareciam facadas em meu coração, a dor física já não era mais párea para o que eu sentia por dentro, eu sei que eu já tinha errado com Demi antes e sei que já a havia feito sofrer antes, mas desta vez eu não havia feito pensando que o fim seria esse, eu ainda não entendia o porque ela ter ficada tão decepcionada, tudo bem que agora posso ver que a ideia de ir ‘só conversar’ tinha sido péssima, mas ainda assim, não era necessário tal drama.


Não sei em tempo exato quanto tempo demorou até que meus pais chegassem, mas posso garantir que demorou bastante, o que era mais que obvio, considerando que eles estavam em outro estado, horas atrás.
O desespero de minha mãe foi monumental, já meu pai ficou claramente preocupado, mas conseguiu se controlar com louvor.
Enquanto minha mãe fazia perguntas atrás de perguntas, me tocava em toda parte que conseguia perguntando se estava doendo (aparentemente o fato de eu estar em um hospital, com o olho inchado e com vários hematomas roxas, não era suficiente para ela ver que eu estava com dor.), meu pai manteve distancia, apenas observando tudo, tomando um leve susto toda vez que reclamava de dor, (quando minha mãe apertava mais do que deveria em algum local).
Por algum motivo bem estranho, eles não tocaram no assunto “Demetria”, talvez estivessem preocupados demais com o meu estado para se lembrarem dela.

Foi custoso para conseguir acalmar minha mãe, mas quando isso aconteceu, ela ainda se manteve atenta a qualquer sinal de incomodo que eu fizesse.


_ Os médicos disseram que você ficará de observação até mais tarde, só para terem certeza que está tudo bem. – disse meu pai. _ No mais foram só alguns pontos na sobrancelha e no braço direito. – falou.
_ Que hora que é? Eu não sei há quanto tempo estou aqui.
_ Quando nos ligaram em Lewis já era onze da noite. – falou. _ Já estamos no domingo, caso não tenha percebido ainda. Cinco da manhã. – falou após um pequeno intervalo.
Ficamos em silêncio por um tempo, até que mamãe resolveu falar.
_ Tem uma pessoa querendo lhe ver... Você quer vê-la? – perguntou.
_ Noah? – perguntei, totalmente desconfiado de que essa era uma pergunta completamente idiota, já que Noah jamais teria interesses em me ver.
_ Não. – respondeu minha mãe. _ É ela. – limitou-se a dizer, logo me lembrei de Demi, será que ela tinha voltado, será que ela tinha ficado e encarado a meus pais e esse seria o motivo deles não terem comentado sobre ela?



Tentei levantar-me um pouco, para poder ver Demetria melhor, mas assim que me mexi, senti uma pontada nas minhas costas, acabei ficando como estava. Ela me entenderia...

Quando a cortina se abriu novamente, meu coração parou por alguns segundos, nem nos meus mais ilusórios sonhos eu podia esperar vê-la ali.
Rachel.
Um vestido branco, que ia até os joelhos e com alças grossas, parecia tão inocente e puritana, era difícil de ver a Rachel que eu conheci nela.
_ Posso entrar? – perguntou. Demorei um pouco a responder, por estar viajando em minha própria mente, tentando encontrar a pessoa com qual vivi tantos anos da minha vida naquela que eu via em minha frente.
_ Claro. – respondi por fim. Rachel se aproximou sem pressa. _ Eu não esperava que você viesse. – falei.
_ Eu sei, ninguém esperaria isso de mim. – falou. _ Nem mesmo eu sei o que estou fazendo aqui. – riu de canto.
_ Você sabe o que eu estou fazendo aqui? – perguntei, Rachel olhou em meus olhos e a vi engolindo o seco.
_ Você se envolveu em uma briga e saiu bem machucado...
_ Não. O que eu estou fazendo em Las Vegas. – interrompi-a, senti-a hesitar novamente.
_ Ver a... A sua atual. – falou com clara dificuldade.
_ Meus pais lhe contaram?
_ Não foi muito necessário, mas... Sim, eles me contaram.
_ Até onde eles te contaram? – perguntei preocupado.
_ Até onde foi necessário... – respondeu calma.
_ Que é?
_ Você tem algo a me dizer, Joe? Algo que eu deva saber? – perguntou. Agora foi minha vez de hesitar e engolir o seco. Desviei meus olhos de seu olhar.
_ Não. – respondi quase como um sussurro.
_ Você deu um susto e tanto na sua mãe. – falou, depois de um incomodo silêncio. _ Quando a vi chorando entrando no carro junto a seu pai eu corri para ver o que tinha acontecido.
_ Seu pai sabe que você está aqui? – perguntei.
_ Mais o menos. – respondeu, dando de ombros.
_ Ow, bem rebelde da sua parte. – falei.
_ Já fiz pior. – rimos.
_ Você veio mesmo sabendo que estou aqui por outro alguém.
_ Me chame de masoquista se quiser, ou de boba, mas... Por algum motivo eu ainda te amo, eu te tinha quando queria, te via quando queria, mas agora você anda por aí sem mim, sai, mas não é para me encontrar... Eu não sabia que você ia me machucar tanto... Quando você deixou você me fez sofrer tanto que eu pensei que nunca iria te querer de volta, mas isso não foi o que aconteceu...
_ Rachel... – tentei interromper.
_ Não Joe... – interrompeu-me de volta. _ Eu sei que agora você não irá fugir de mim e eu preciso desse momento para falar tudo o que eu quero. – disse.
_ Eu nunca fugi de você, naquele dia foi você que saiu.
_ Porque você deixou bem claro que eu era totalmente indesejada. – disse com pesar. _ Eu não quero viver em um mundo sem você, e eu me sinto uma completa idiotar por isso, principalmente agora que... – parou no meio da frase.
_ Agora que? – incentivei-a a continuar.
_ Que descobrir sobre você e a Demetria, minha prima. – respondeu.
_ Rachel, eu posso te explicar...
_ Te amar foi fácil e eu jamais pensaria que você iria me deixar desse jeito. – falou, interrompendo-me. _ Mas quando te conheci, você me atingiu como um ataque cardíaco...
CONTINUA

Demorei mais postei, e como vocês estão, FELIZ PÁSCOA PARA TODOS VOCÊS!! :D e DEMI ESTÁ NO BRASIL!!!! Falta apenas 11 dias até o show dela aqui em BH, tó quase morrendo aqui, não sei quando eu vou postar próxima semana, mas vou tentar ser mais rápida, não sei o que está acontecendo, mas parece que estou cada vez mais lenta para escrever :\ sei que vocês devem estar chateados comigo (isso justifica o menor numero de comentários) mas juro que não é por maldade... Bom, faltam 6 capítulos até o fim da fic, com quem vocês acham ele vai ficar no final, em?
Façam suas apostas, pois no capítulo 21 vocês já terão a resposta ;)
Muito obrigada, feliz páscoa!

Kika: Que bom que você gostou, eu te entendo, escola também está tomando grande parte do meu tempo, tanto que eu também desapareci das fics que eu comento, vou ter que fazer uma super maratona para ver se consigo me atualizar em alguma :\ Jura que foi seu aniversário? PARABÉNS!!! Felicidades J Foi a primeira sim, parabéns. Muito obrigada por comentar. Bjssss
Erii: hahahahaha tudo bem, o importante é que você comentou ;) Muito obrigada, a viagem foi ótima, mas agora estou de volta, esse capítulo talvez esteja no seu agrado, já que teve um momento jachel aí, não é? Espero que tenha gostado. Muito obrigada. Bjssss 

sexta-feira, 11 de abril de 2014

18º Capítulo “Till I Collapse” – Entre o Céu e o Inferno





Música ‘Till I Collapse do Eminem, sugestão da leitora Diana.


Se há algo que aprendi, é que o tempo nem sempre é seu amigo. Nem mesmo percebi o tempo passando quando Demi levantou-se e começou se arrumar para ir trabalhar novamente.

_ Tem certeza que não pode faltar mesmo? – perguntei. Ela já estava pronta para sair. Vestia suas roupas normais, porem já se via um pouco da diferença, já estava um pouco maquiada, não com todos os brilhos que ela usa na boate, mas já era bem mais forte do que costumava ver nela.
_ Joe... Você não se cansa de receber um ‘não’ como resposta? – perguntou sorrindo.
_ Tentar não custa nada. – respondi.
_ Mas se eu falar que ‘sim’, irá custar muito para mim, e você deveria entender isso...
_ Eu entendo, mas eu queria ficar mais tempo com você, amanhã de tarde já terei que voltar para casa...
_ Eu vou tentar sair mais cedo hoje, talvez dê para aproveitarmos mais um pouquinho.
_ Bom, você sabe meu telefone, eu te direi onde estarei.
_ Você não irá ficar aqui? – perguntou com surpresa.
_ Na sua casa?
_ É. – falou. _ Bom, você já está aqui não está? – disse com certa timidez. _ Eu sei que não é muito chique, não chega nem perto da comodidade de um hotel, mas você não precisa gastar dinheiro, tem tudo o que você precisa para passar uma noite.
_ Mas... E sua mãe? – perguntei.
_ O que tem ela?
_ Ela não parece me querer aqui...
_ Ela te falou isso? – perguntou.
_ Não, mas...
_ Você tirou conclusões por si só. – concluiu.
_ Eu só...
_ Fique, Joe, converse com ela se achar melhor, ou não fale nada se preferir. Ela não é uma má pessoa. Ela não vai te morder. – hesitei. _ Você vai ficar? – perguntou novamente.
_ Se acontecer algo...
_ Você poderá ir. – interrompeu-me. _ Se você quer construir uma vida ao me lado, saiba que ela irá comigo, e tentar evita-la não ajudará em nada. – suspirei.
_ Tudo bem, eu fico. – Demi sorriu grande. _ Você não se cansa de estar certa? – perguntei.
_ E você não se cansa de estar errado? – riu. _ Brincadeira. – riu novamente.

...

Assim que Demetria saiu, eu fiquei parado, sem saber o que fazer.
A mãe de Demi estava na cozinha, parecia preparar algo para Gabriela. Que estava junto a ela, sentada em uma cadeira própria de criança e rabiscando a um papel.
Sentei-me no sofá e fiquei por lá, tentei mexer em meu celular, mas nada atraia minha atenção, não estava nem um pouco a fim de ligar para minha família e ligar para meus amigos não era o meu plano principal, apesar de saber que, pelo menos com eles, eu não seria julgado e talvez até tivesse um apoio.

_ Está com fome, Joseph? – perguntou ela, nem mesmo a vi se aproximar, mas ela já estava com ao meu lado e com Gabriela no colo quando me fez tal pergunta.
_ Não, eu estou bem. – falei. Eu não estava com o que se chame de fome, mas uma comida agora não me faria mal... Eu me sentia novamente como uma criança na casa de um amigo, em que você fica com vergonha de dizer que esta com fome ou de dizer que não gosta de tal tipo de comida e acaba comendo assim mesmo, só para não parecer folgado ou mal educado.
_ Eu fiz apenas uma sopa simples, ela ainda está quentinha, se você quiser é só falar que pego para você. – falou e se retirou com a pequena nos braços, novamente para a cozinha.
Talvez eu estivesse exagerando, talvez ela não vesse problemas em mim, talvez até me aceitasse.
Eu deveria fazer tudo o que estivesse em meu alcance para poder me aproximar dela, eu sabia que Demi tinha total razão quando disse que se eu a quisesse em minha vida, eu automaticamente deveria incluir sua mãe, elas são realmente bem unidas e separa-las não faria bem a ninguém.

Levantei-me do sofá e a passos lentos segui em direção da cozinha, Gabriela novamente estava sentada em uma cadeirinha especial, com uma mesinha própria na frente, na mesinha havia uma baciazinha rosa. A fumaça que saia era perfumada e fez meu estomago roncar.
Gabriela olhou-me e deu um sorriso. Era incrível como se parecia com a mãe quando sorria, provavelmente ela tinha alguns trejeitos do pai, mas eu, mesmo sem conhece-lo, podia ver que tinha mais a ver com Demi do que com ele.
A mãe de Demetria olhou-me, e ao contrario da neta, não esboçou nenhum sorriso. 
_ Quer algo? – perguntou. Na sua voz não havia nenhum gesto de sentimento, não parecia feliz ou triste, apenas perguntava. Isso me deu certo receio de continuar, e se sua gentileza não fosse real, mas sim por pura educação, já que não havia escapatória para ela?
_ Acho que vou repensar sobre a sopa. – falei hesitante. _ Tem um cheiro tão bom que abriu meu apetite só de sentir. – falei dando um sorriso, tentando parecer mais amigável e, quem sabe, despertar um pouco da sua simpatia.
Ela não disse nada, largou a colher que usava para alimentar a Gabriela, se levantou e pegou uma vasilha para por para mim, colocou duas conchas cheias de sopa na vasilha.
_ Quer mais? – perguntou.
_ É... Acho que está bom... – falei. Ela pareceu perceber um pouco da minha hesitação e se virou, colocando mais duas conchas cheias. Fui até a ela para pegar a vasilha. _ Não, vá para a mesa, eu o sirvo lá. – falou, com um tom calmo, mas que lembra muito da ordem de uma mãe, firme.
Obedeci-a, andei pela frente até chegar à mesa e sentei-me. Ela pôs a vasilha na mesa e fez menção de sair.
_ Dianna. – chamei-a.
_ Sim. – respondeu, voltando-se a mim.
_ Eu gostaria de lhe fazer uma pergunta...
_ Pode falar. – disse calma.
_ O que você acha da minha relação com a sua filha? – perguntei, senti-a ficar tensa. _ Eu quero que você seja honesta na resposta. – completei. _ É muito importante para saber sua opinião sobre isso... – Dianna hesitou mais um pouco antes de falar.
_ Eu espero que você não ache que eu estou feliz com isso. – falou dura. Um silêncio incómodo se instalou na sala, meus piores temores estavam lá, prestes a se concretizar.
_ Eu queria que você soubesse que eu amo a sua filha.
_ Eu sei.
_ Eu não quero machuca-la...
_ Você já a machucou. – respondeu. Meu coração acelerou, senti minhas mãos ficarem frias.
_ Eu já resolvi tudo, não a farei sofrer mais.
_ Jonathan disse a mesma coisa quando voltou da cadeia. – falou. Acho que ela percebeu minha confusão e completou. _ Jonathan é o pai de Gabriela.
_ Eu não sou o Jonathan. – defendi-me.
_ E eu agradeço a Deus todos os dias por isso.
_ Eu jamais faria o que ele fez com Demetria.
_ Eu sei. – respondeu. _ Você não me conhece, mas eu te conheço, quando saí de Lewis você ainda era um bebê de fraudas, mas eu conheci seus pais antes deles se casarem e eu sabia muito bem que seus filhos seriam criados com mãos de ferro, como manda a tradição da boa família tradicional de Lewis. Sei muito bem que não és Jonathan e que não faria o que ele fez, mas eu também sei que não é de sua índole fazer o que fez com Demetria e Rachel.
_ O que indica que não farei novamente, que foi um erro único. – falei.
_ Se Rachel lhe beijasse agora, você a afastaria ou corresponderia? – perguntou.
_ Eu... Afas... – fui interrompido por ela.
_ A verdade, Joseph, eu não contarei nada desta conversa a Demetria, apenas se você quiser. – hesitei.
_ Eu... Não sei. – falei por fim. Dianna não sorriu, mas por algum motivo me pareceu satisfeita com a resposta.
_ Conheço muito minha sobrinha, posso ter perdido muito da vida dela, mas presenciei o suficiente para saber que ela é tinhosa, não vai desistir tão fácil, nem mesmo aceitar a traição da prima. E me perdoe, mas não acho que vá consegui-la afastar... Se ela insistir demais... – deixou a continuação no ar. Lembrei-me do meu encontro com Rachel, e em como caí em suas investidas sem muita resistência, era claro que Dianna conhecia tanto a mim quando a Rachel. _ Infelizmente Demetria me puxou no quesito dedo podre no que se diz a homem. Sofri muito com o pai dela, e infelizmente ela sofre o tanto quanto com o pai de Gabriela... Eu só espero que você o faça feliz o suficiente, para que compense o sofrimento que virá depois. – falou e novamente fez menção de sair.
_ Isso quer dizer que vai aprovar meu relacionamento com ela? – perguntei, levantando-me da cadeira, ela não olhou para mim, continuou de costas em direção da porta da cozinha.
_ Não aprovo, mas não impedirei nada. – disse e voltou para a cozinha.

Eu tinha muito a pensar, a sopa estava ótima, mas meu estomago estava revirando junto com minha mente. Se eu e Demetria fossemos ficar juntos, não seria nada fácil, dos dois lados da família tínhamos resistência, a Dianna parecia disposta a me aturar, mas isso não tornaria a nossa convivência agradável e Demi um dia perceberia isso, e provavelmente me largaria pela sua mãe, não que eu a jugue por isso, mas é claro que é algo que não quero que aconteça.
Tomei a sopa e lavei a vasilha, Dianna estava pondo Gabriela para dormir. Olhei pela janela, que dava direto para a parede do prédio ao lado, porém, ao se aproximar, era possível ver uma pequena brecha da rua, nessa pequena brecha vi um homem, escorado em um carro velho, olhando diretamente para a janela em que eu estava. Seus braços estavam cruzados e sua expressão estava séria.
_ Se eu fosse você, sairia daí. – falou Dianna, surgindo do nada, como, pelo jeito, sempre. Olhei para ela assustado, mas após o susto desaproximei da janela. Ela me olhava, novamente com uma expressão vazia. _ Aquele é Jonathan. – falou. Demorei um pouco para perceber o que ela estava tentando me dizer.
_ O homem lá fora? – ela apenas assentiu. Gabriela não estava ao seu lado, por isso concluí que ela já havia adormecido. _ Temos que chamar a policia, não? – perguntei preocupado, Dianna riu fraco e foi em direção a janela, acompanhei-a com o olhar. Queixo erguido e expressão raivosa, essa era a sua mensagem corporal enviada a Jonathan.
_ Ele não fará nada a você, não aqui dentro.
_ Mas ele pode fazer algo a Demi...
_ Ele faz algo a Demi e morrerá logo depois, a vida de Jonathan depende da Demi continuar na boate, morta ou ferida, ela não irá e ele morrerá.
_ Mas porque Demi não para?
_ Porque ele seria apenas a primeira vitima. A cabeça de todos que ele um dia conheceu esta em perigo, e a única que nos salva é minha filha. – saiu da janela e foi se sentar na cadeira de balanço ao lado do sofá.
_ Eu quero falar com ele. – falei, após uns segundos de silêncio.
_ Não seja tolo, Joseph.
_ Eu só quero conversar.
_ E você acha que ele só vai querer conversar com você? Reze para sair vivo dessa. – falou.
_ Mas ele não pode fazer nada comigo, pois isso afetaria também a Demi que iria tomar as minhas dores e desistir de poupa-lo e assim fugiríamos mais rápido. – falei.
_ Você realmente nasceu em Lewis. – falou e ligou a TV. _ Jonathan foi estupido o suficiente para ficar devendo um traficante perigoso, mas isso não significa que ele não seja perigoso. Você nem nunca deve ter visto uma arma na sua frente, irão rir da sua cara, enquanto lhe chutam no chão. – falou tranquila. _ Eu, velha, doente, os causaria mais medo, pelo simples fato de morar aqui e ainda estar viva.
_ Eu já senti muito medo em minha vida, está no momento de parar.
_ Péssimo momento pra ser corajoso.
_ Não senhora Dianna, este é o meu momento. – respondi com uma convicção que nem mesmo eu sabia que tinha.

...

A medida que me aproximava de Jonathan comecei a repensar em toda essa coragem, ele não era mais alto que eu, mas sem duvidas era mais musculoso e tinha uma cara fechada de dar medo, eu podia sentir minhas entranhas tremendo, mas agora já era, eu estava ali, frente a frente com o ‘inimigo’, eu tinha que encontrar a minha força interior, jogar todo meu medo fora e ter motivação para não desistir. Eu não iria sair dali sem lutar, perdendo ou não eu deveria continuar tentando, pois eu não sei se um dia terei a mesma oportunidade novamente.

_ Então você é o novo brinquedinho da minha mulher? – perguntou assim que me aproximei.
_ Se você está falando da Demi, sim... Só que você está meio mal informado, pois ela não é mais sua mulher e eu não sou apenas um brinquedinho. – Jonathan continuou com uma cara de superioridade, me encarando de cima a baixo.
_ Você não é daqui, não é?
_ Não, algum problema? – perguntei com a mesmo sonoridade superior que a dele.
_ Se fosse você teria mais cuidado ao falar comigo. – disse se desencostando do velho carro e dando um passo para frente, se aproximando de mim.
Pelas sombras eu vi pessoas se aproximando, não muitas, mas o bastante para aumentar a tensão. Na sua maioria homens, com típicas roupas largas, cuecas a mostra e bonés de aba reta, comuns em guetos. Eles pareciam ameaçador, mas sua aproximação não pareceu amedrontar Jonathan, o que me dizia que, em uma possível briga, eles ficariam do lado dele e não do meu.
_ Eu não vou ter medo de um homem que depende de uma mulher para manter-se vivo. – falei. Foi o primeiro momento que vi a sua cara superioridade dar sinais de abalo, ele deu mais um passo para frente, e cuspiu no chão, quase pegando em meu pé.
_ Acho que você não sabe com quem você está falando. – disse.
_ Eu tenho certeza com quem eu estou falando, você que não sabe com quem fala. – a ‘plateia’ em volta de nós, se agarrava a cada palavra, fazendo ruídos baixos, mas ainda assim auditáveis, de vaia, de riso ou de uma falsa ‘dor’ quando a tirada era pesada.
_ Sei o suficiente para saber que você só sai daqui de duas maneiras: correndo, cagando de medo, ou morto.
_ Isso é uma ameaça? – perguntei.
_ Se você entende isso...
_ Vou te ajudar com uma coisa... Eu não dou a mínima para você. – falei, bom, metade disso era verdade, eu não dou a mínima para ele, mas isso não significa que não temesse o que ele poderia fazer, o cara é perigoso, mas perigoso que eu, mas eu já estava nisso, tentando conseguir o máximo possível, e quando acabar eu saberei dizer que é o fim.
_ Aé? Então vou fazer você se importar agora. – falou arregaçando as mangas da blusa. Ali eu já soube o que vinha depois. Mas eu não arredei o pé. Se ele quiser me atacar eu irei revidar, até o telhado sair fora, até as luzes se apagarem, eu, eu não vou cair, eu vou ficar de pé, me sentir como se ninguém me atingisse, eu iria lutar até eu ter um colapso.
CONTINUA

Olá galera, primeiro quero dizer porque não postei no final de semana passado, bom no final de semana eu não estava em casa, mas sim no interior daqui de Minas, e lá estava sem sinal de internet, por isso não foi possível postar, fora que o capítulo ainda não estava todo finalizado, ainda faltava algumas partes aqui e ali.
Porque eu estou postando hoje? Porque amanhã novamente eu iriei viajar, só que desta vez será para São Paulo (capital) só voltarei na terça e como já que estou bem atrasada com vocês é melhor postar agora mesmo.
Bom, esse capítulo foi um pouco complicado de fazer, a música me dá muitas oportunidades e opções, e eu tentei aproveitar a maioria das ideias, mas ainda assim ficou coisa faltando, pois fiquei com medo de ficar grande demais e eu acabar me perdendo no meio do caminho, eu estou pensando em fazer uma parte dois desta canção, mas isso eu ainda olharei, por isso não colocarei ‘parte 1’ ou ‘parte 2’.
Não se esqueçam de comentar/avaliar.
Bjssss

Erii: Pois então se prepare, que essa música do Anselmo será daqui a dois ou três capítulos, tudo depende se farei parte dois ou não desta música. Kkkk pois é estas arrasando, sempre em primeiro aqui :D Muito obrigada por comentar. Bjsss
Kika: Ei Kika, que saudade, já ia até mandar uma mensagem no face perguntando se estava tudo bem, mas que bom que você voltou. Muito obrigada por comentar. Bjsss
Samara: Bom, vontade de continuar postando por muito e muito tempo eu tenho, temos que ver se o tempo vai permitir, já que próximo ano já vou estar na faculdade, então não sei como vai ser minha vida, mas fique tranquila que eu vou tentar postar sempre que puder, mesmo quando eu já estiver velhinha se possível kkkkkkk como sempre, fico muito agradecida com seus elogios e nem mesmo sei como responde-lo. Muito obrigada mesmo por tudo. Bjssss

Shirley Barros: KKKK e então como esse capítulo lhe deixou? Tá feliz? Está triste? Tenho vontade sim, e claro que você pode dizer suas ideias, estarei sempre a escuta-la. Meu face é: https://www.facebook.com/fernanda.carolina.3133?ref=tn_tnmn e meu whasapp é: 51 31 75957000. P.S.: Também amo essa música *-* . Muito obrigada por comentar, Bjssss.