terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

13º Capítulo “You belong with Me” – Entre o céu e o Inferno




Música You belong with Me da Taylor Swift, sugestão da leitora Kika

Minha mãe estava trancada no quarto chorando, nem mesmo meu pai conseguia entrar para acalma-la. Ele parecia calmo, talvez ainda acredite que eu irei mudar de ideia, Rachel ainda me aceitaria, ela se mostrou disposta a perdoar. “Eu ainda te amo e quando você voltar a por a cabeça no lugar, eu estarei aqui” – disse ela aos prantos.

Já sem o terno, após tomar um banho demorado, para tentar relaxar-me, eu vestia penas uma blusa simples de malha branca, era antiga e larga, tinha até mesmo alguns furos por culpa do desgaste e uma calça de moletom preta com bolsos, também simples, mas menos destruída...

Uma batida na porta e nem mesmo esperou um resposta para entrar. Nicholas havia ficado aqui o tempo todo, tentando intermediar entre as duas famílias, como padrinho e tecnicamente neutro, ele ficara encarregado de enviar as ameaças – do pai de Rachel a mim. – de pedir desculpas – desculpas das quais não fui eu que enviei, mas que minha mãe e meu pai fizeram questão de por em meu nome. – aparentemente telefonar era uma péssima ideia, ouvir a voz um do outro poderia causar uma discussão maior ainda, e acabou que sobrou para meu amigo.
_ Qual é a ameaça desta vez? – perguntei.
_ Eles estão se acalmando. – comentou. _ Mas não te aconselho chegar muito perto deles por um bom tempo. Sabia que ele tem uma espingarda belga? – pareceu assustado.
_ Ele fez questão de me mostra-la quando comecei a namorar a Rachel. 
_ E você ainda tem coragem de dá um fora nela. – riu.
_ haha, engraçadinho.
_ Demetria não está mais na casa. – falou, olhei para ele. Ela já tinha ido? Sem se despedir? _ Ela ainda está em Utah, Joe, não voltou para casa ainda. – disse, ao perceber minha tristeza com a notícia.
_ Porque?
_ Ela tem parte nessa história, JJ, ela não estava se sentindo bem ficando lá. – falou. _ A mãe dela ainda está aqui, mas a menininha foi com ela. Parece que elas voltam para Vegas amanhã.
_ Isso ia acontecer. – tentei dar de ombros, mas na realidade isso me fazia triste, Demetria não iria ficar; mesmo eu tendo renunciado ao meu casamento, ela ainda não ficaria por mim e não sei se eu poderia ir por ela.
_ Ela está no Days Inn Central. – disse.
_ Você acha que eu deveria ir lá? – perguntei indeciso.
_ Você por acaso acha que não?

Days Inn Central é um hotel simples, apesar de estar localizado na parte central de Salt Lake City, não é exatamente no centro mais movimentado, a maioria dos hospedados são caminhoneiro ou viajantes aventureiros, fica entre a W 3300 S e a S 300 W, perto de uma rodovia interestadual e uma estação de trem.
Assim que cheguei à recepção vi que o local estava vazio, já era noite e todos os hóspedes já deveriam estar dormindo, a recepcionista falava no telefone, não prestei muita atenção na conversa, mas parecia que ela estava agendando uma futura reserva.

_ Boa noite, eu posso ajuda-lo? – perguntou com um sorriso simpático, comum de pessoas que trabalham em recepções e outros trabalhos que envolvem certo contato humano.
_ Boa noite, eu queria saber se tem uma pessoa chamada Demetria hospedada aqui?
_ Demetria de quê? – perguntou. Hesitei.
Como que isso poderia estar acontecendo? Eu cancelei meu casamento por uma mulher da qual eu não sei o número do celular e nem mesmo o segundo nome!
_ Demetria Black? – perguntei. Levando em consideração que ela é parenta de Rachel e que o sobrenome da família era sempre ‘Black’ decidi arriscar. Ela parou para checar no computador.
_ Não senhor. Não temos nenhuma Demetria Black no hotel. – disse calmamente.
_ Mas tem alguma Demetria, certo? – perguntei. Ela olhou-me, desta vez um pouco desconfiada. _ Ela é prima da minha... Noiva. Eu preciso falar com ela. A filhinha dela, a Gabriela, não é? Eu não sou nenhum louco. – garanti, tudo bem que minhas vestes não ajudavam, a única coisa que eu tinha trocado era a calça de moletom para uma calça jeans de lavagem clara, a blusa era a mesma e eu estava de chinelo de dedo.
_ Qual é o nome do senhor? – perguntou. _ Verei se ela quer falar com o senhor. – explicou-me.
_ Joseph Jonas. – respondi, agradecido pela bondade e paciência da recepcionista.
Ela discou os números e enquanto esperava ser atendida, dividia sua atenção entre olhar-me e olhar a tela do computador a sua frente.
_ Senhorita Demetria Lovato? – perguntou. Lovato, então esse era seu sobrenome... Eu provavelmente teria que repensar minha relação com Demi, não é natural agir assim por alguém que se conhece há tão pouco tempo, não é natural se apaixonar por uma pessoa que nem mesmo conheço, por alguém que ao mesmo tempo em que sei bastante sobre, não sei quase nada. _ Joseph Jonas está aqui na recepção e quer falar com a senhora, posso autorizar a subida dele? – perguntou. Os segundos após a sua pergunta até ela desligar a ligação e dizer-me sua resposta, pareceram durar horas, como se tempo estivesse querendo me pregar uma peça e deixar-me louco.



Assim que Demi abriu a porta, pude ver que ela estava de pijama, era cinza com detalhes vermelhos, sem nenhuma maquiagem e com o cabelo em coque, ainda assim, continuava perfeita. Ela deu um sorriso fraco e abriu espaço para que eu entrasse.
A cama de casal estava coberta com um edredom meio brega e a TV estava ligada, em baixo volume, passava um filme da Disney. Gabriela estava quietinha na cama, com uma chupeta na boca e também já de camisola, florida e rosa, a pequena olhava para a TV com tanta atenção, que nem mesmo pareceu perceber minha chegada, sua bonequinha estava sendo espremida em seus bracinhos.
Entrei sem realmente saber como reagir.
Assim que Demi fechou a porta olhou-me paciente, sem dizer nada, esperava que eu reagisse.
_ Oi. – disse sem graça. Demetria riu.
_ Oi. – respondeu ainda risonha. _ Você veio só para dizer oi? – perguntou ao perceber minha hesitação.
_ Não, claro que não, é... Você foi embora.
_ É. – pareceu tímida.
_ Você nem se despediu.
_ Não tive oportunidade.
_ Você vai para Vegas amanhã?
_ Sim. – respondeu.
_ Você podia ficar mais um tempo. – sugeri. Demetria suspirou.
_ Sente-se. – disse apontando para a pequena mesa perto da janela que estava fechada. Fui e sentei-me, ela sentou-se, na outra cadeira, a minha frente. _ Joe, eu fico feliz pela sua preocupação e vou fingir que não estou assustada pelo fato de você ter descoberto onde eu estava e ter aparecido aqui às uma da manhã. Mas nós temos uma vida, e teremos que continuar.
_ Você pode vir para cá se quiser, deixe tudo pra trás...
_Joe...
_ Ou eu posso ir pra Vegas com você.
_ Joe...
_ Demi eu larguei tudo por você.
_ Você não amava mais a Rachel, não foi por mim...
_ Eu não amava mais a Rachel, porque eu te amo! – Demetria olhou-me meio assustada, meio emocionada, como se minhas palavras a tivessem pegado desprevenida, mas também, a tocado.
O momento fora atrapalhado pelo barulho de celular, era o de Demi, ela suspirou cansada, como se já estivesse de saco cheio daquilo. Ela se levantou e se fechou no banheiro junto ao seu celular. A pequena, na cama, ao ver a mãe se trancar no banheiro, desgrudou os olhos da TV e com dificuldade desceu da cama e foi para porta do banheiro, com a palma aberta, espalmou a porta, e Demetria gritou para que ela voltasse para a TV, a menina resistente continuou no mesmo lugar. Levantei-me e fui até a ela, ela olhou-me, deu um sorriso, que não apareceu muito graças ao bico que usava, mas logo voltou a ignorar-me. Peguei-a no colo, e ela reclamou, deu-me chutes, que não chegaram a machucar, apesar de saber que ela estava usando toda a sua força.
_Ei, calminha, vamos ver o filme. – tentei fazer com que ela parasse. Ela parou e olhou-me ainda emburrada. _ O que você estava assistindo? – perguntei, tentando quebrar o gelo, nunca fui muito bom com crianças, mas no momento, tentar era necessário.
_ “Blave”. – falou com a voz fina.
_ O que? – perguntei. _ Pode tirar sua chupeta? – Ela fez carinha tímida, e assentiu. Peguei seu bico e ela sorriu novamente. Seu sorriso parece com o da mãe. _ O que você estava assistindo mesmo?
_ Brave. – respondeu.
_ Oh, que legal, Brave é bem legal, vamos voltar a assistir? – perguntei, sem esperar sua resposta para começar a andar com ela até na cama.
_ Mamãe. – fez bico.
_ Sua mãe está falando no telefone, não vai poder vir agora. – a menina tinha agora uma carinha triste. _ Ela vai voltar logo. – tentei conforta-la.
_ Mamãe vai brigar papai. – ela parecia estar quase a chorar.
_ Não, ela só está falando no telefone.
_ Não. – quase gritou. _ Mamãe vai brigar papai. – insistiu. Só aí entendi o que ela realmente queria dizer, Demetria estava falando com o pai de Gabriela e eles iriam brigar.
_ Como você sabe? – perguntei. Pronto, agora eu estava fofocando com uma criança que nem mesmo tinha saído das fraudas.
_ Todo dia. – respondeu.
_ Todo dia é assim? – perguntei chocado. A pequena assentiu.
_ Papai e mamãe brigaram antes hoje. – disse, ainda mais triste, sua carinha destroçava meu coração.
_ Antes de eu chegar ou bem mais cedo?
_ Antes. – respondeu. E me abraçou, ainda em meu colo, eu não sabia como reagir. Sem perceber Demetria e a constante briga com o pai da pequena estavam traumatizando-a. _ Mamãe “chola”.

Coloquei a menina na cama, e ela estava com os olhos úmidos, pediu o pico de volta, e assim que eu a entreguei ela voltou a pô-lo na boca.
_ Eu vou olhar sua mãe, ok? – perguntei.
_ Não. – disse e esticou os braços, como se tentasse me pegar.
_ Ei. – aproximei-me dela. _ Está tudo bem, eu só vou ali, rapidão. Eu te dou um doce depois. – tentei negociar, não sei se ia funcionar, mas se eu fosse criança, essa tática seria infalível.
_ Não. – gritou.
_ Dois bombons? - ela começou a rir e logo percebi que ela estava era brincando comigo.
_ Não. – insistiu.
_ Três? – ela hesitou.
_ Não.
_ Uma caixa de bombom inteira. – ela abriu um sorriso.
_ É muito? – perguntou inocente.
_ Muito. – falei arregalando os olhos para dar mais ênfase.
_ ‘Vota lápidu’? – perguntou.
_ Volto.
_ ‘Plometi’?
_ Prometo.

Aproximei-me da porta e pude escutar Demetria, ela estava gritando agora, e pude ver que a pequena estava certa, os dois estavam brigando. A porta não estava trancada, como pensei que estaria, abri, e a vi, com os olhos vermelhos, ainda falando no telefone. Ela se virou de costas, como se pedisse privacidade, entendi e resisti aos impulsos de abraça-la ou de tomar o telefone de sua mão e dizer poucas e boas para o tal pai de Gabriela.

_ ‘Votô’?– perguntou Gabriela, assim que sai pela porta. Sorri para ela. Eu tinha que fazer algo pelas duas, elas merecem que alguém o faça.


Assim que Demetria saiu do banheiro ela não mais chorava, eu podia ver que seus olhos estavam avermelhados e meio inchados, mas ela parecia fingir que nada tinha acontecido. Eu estava deitado na cama de casal do quarto, ao lado de Gabriela, o filme já tinha acabado e agora passava The Suite Life on Deck, Gabriela alterava entre assistir, e rir como se tivesse acabado de escutar a piada do ano, e dar pequenos cochilos. Mas assim que a mãe apareceu no quarto novamente ela esqueceu se do sono e da TV, pôs se de pé na cama e começou a pular e falar tudo enrolado, já que estava com o bico na boca.
_ Gabi, tire o bico. – falou com um tom cansado, mas a menina não pareceu perceber, continuou alegre ao ver a mãe de volta. Tirou o bico e repetiu tudo o que havia dito, agora de maneira mais entendível.
_ Ele vai dar doce pra mim, um monte. – disse abrindo os braços, dando ênfase no “um monte”.
_ Ah é, que legal. – disse Demetria, rindo para a filha, ela olhou para mim e deu sorriso fraco.
_ Ele é legal. – disse sorridente.
_ O Joe é legal é? – pegou-a no colo.
_ Uhum. – disse assentindo com a cabeça.
_ Então você vai deixar-me falar com ele? – Gabriela assentiu. _ Então dorme, que já passou da hora de criança ir dormir. – falou, colocando-a na cama novamente. A menina não reclamou, acomodou-se com sua boneca nos braços e em poucos minutos simplesmente apagou, feito mágica, o que me pareceu assustador, crianças não são horríveis de se por para dormir?


_ Obrigada... Por cuidar de Gabriela. – disse.
_ Demi, sobre...
_ É melhor você ir... Vão pensar que você desapareceu novamente.
_ Eu não vou. – ela apenas me olhou, ela não tinha cara de quem tinha energias para brigar. Não mais. _ Eu não vou antes de realmente conversar com você.
_ Já está tarde, volte amanhã.
_ Se eu sair daqui, você fugirá de mim... Assim com eu costumava a fazer. – Demetria suspirou.
_ O que você quer falar? – perguntou desistindo.
_ Podemos sentar novamente? – perguntei. Ela assentiu e nos sentamos novamente. _ A Gabriela sabe o que está acontecendo entre você e o pai dela, ela está sentindo isso. – falei, Demetria olhou para filha, e eu juro que nunca tinha visto um olhar tão triste como o dela naquele momento.
_ Eu só queria que ele desaparecesse. – disse segurando o choro.
_ Venha para cá, ele nunca vai te encontrar. – falei, pegando em suas mãos por cima da mesa.
_ Joe, olha para mim, e só me diga que sim ou não, você realmente acha que se eu ficar em Lewis eu serei aceita como parte da família? Quando perceberem que você largou a Rachel pela própria prima, você acha que vão aceitar nosso relacionamento? Você acha que seus pais iram nos aceitar? Eles vão saber quem eu sou e o que eu faço, conhecendo eles como você conhece você acha que eu posso ficar e construir uma vida com você? – hesitei, talvez eu não tivesse pensado em tudo antes de lhe fazer a proposta.
_ Não... Mas eu não ligo. – deixei claro.
_ Mas eu sim! – falou separando nossas mãos.
_ Eu vou para Vegas com você. – sugeri em desespero.
_ E o que? Vai largar seu emprego? Se meter com mulher de bandido? Por acaso você está tentando suicídio? – perguntou. _ Joe nós não temos como construir uma história... Você não acha que eu quero? Eu me sinto bem ao seu lado, mas isso não é para acontecer. Você me conhece como ninguém, isso porque você entrou na minha vida mal faz uma semana, eu nunca vi algo assim acontecer, às vezes eu acho que estou sonhando, que a qualquer momento eu vou acordar para minha realidade, realidade na qual pessoas como você não aparecem do nada. Eu estou bem com isso...
_ Não! Você diz que está bem, mas não, você não está.
_ Eu sei que eu te aconselhei a não casar com a Rachel, mas volte para Lewis, tente reconquista-la, ela é bonita, não tem problemas como o meu...
_ Ela não me entende como você, ela não tem o seu sorriso, o sorriso mais iluminado que eu já vi, o sorriso que esse cara está tentando lhe roubar... Me diga que me ama e eu darei um jeito para nós dois.
_ Joe...
_ Eu juro que um dia eu vou poder parar e falar "Viu como é fácil?", é só você falar que me ama.
_ Eu não posso Joe.
_ Você acha que não pode... – falei, ela não disse nada em resposta, estava estampado em sua face que ela queria fugir, começar novamente, tanto quanto eu, mas que o medo lhe impedia de seguir. _ Eu já pertenço a você! Por que você não vê? Você pertence a mim.
CONTINUA

Primeiramente peço desculpas, desta vez nem foi culpa do pouco tempo, já que tive o mesmo tempo para os outros capítulos, meu problema mesmo foi a criatividade, que resolveu fugir de mim.
Acho que consigo postar nesse final de semana de novo, com a greve de ônibus aqui em BH, a maioria dos meus cursos foi cancelada e isso me dará mais tempo...
Comentem/avaliem
Bjssss

Kika: Bom, tentar ficarem juntos eles vão, conseguir é outra história :\ hahahaha we are one in the same ♪♫. Bjsss
Iza Morais: hahaha demorei mais postei, espero que tenha gostado. Obrigada por comentar. Bjsss
Erii: Realmente é difícil, Rachel não é uma má pessoa, e ela claramente não merece um final ruim, mas eu vou dar um jeito :p Obrigada por comentar. Bjsss
Cah s: Que bom que gostou. Obrigada por comentar. Bjsss                                             
Shirley Barros: hahah te entendo, é difícil mediar os sentimentos nessa situação... Bom, até que dá para usar suas ideias sim, não todas, mas algumas se encaixam na história, pode deixar que eu vou tentar alguma coisa aqui e te dou créditos depois. Bjsss

Mariana Miranda: AI MEU DEUS, EU VOU TAMBÉM !!!! Como é a foto do seu perfil? Obrigada por comentar. Bjsss

domingo, 16 de fevereiro de 2014

12º Capítulo “Heartless” – Entre o céu e o Inferno






Música Heartless do The Fray, sugestão da leitora Cristina.

A luz fraca da pequena lanterna na mão de Demi era a nossa única guia para que conseguíssemos sair daquele lugar, o barulho que nossos passos faziam, ao ‘amassagar’ os galhos e folhas caídas que se acumulam aos montes graças ao outono, ecoava pela noite, assim que chegamos à saída vi meu carro estacionado, mas o quê ele estava fazendo aqui? Eu não tinha vindo de carro, exatamente para que não me achassem facilmente. Demetria pareceu perceber minha surpresa.
_ O que? Você realmente achou que eu ia te procurar a pé? – perguntou como se fosse obvio que não.
_ Eu faria isso por você. – falei.
_ Você não usa salto. – contrapôs. _ Toma a chave. – jogou para que eu a pegasse no ar. _ Você deve querer dirigir. – concluiu.

(...)

_ Joseph! – Exclamou minha mãe assim que viu saindo do carro, varias pessoas estavam fora da igreja e não pareciam muito pacientes. _ Onde você estava meu filho? Alguém te machucou? – perguntava desesperada
_ Não, mãe, não há nada. – falei tentando fugir dos seus toques desesperados, como se estivesse tentando achar um buraco ou algo errado que justificasse meu desaparecimento. _ Mãe eu tó bem! – falei não tão paciente mais.
_Joseph. – meu pai saiu de seu carro, parado do outro lado da rua. _ Eu já ia te procurar na capital. – disse. _ Onde foi que você se meteu? Rachel está desesperada. – falou, tocando-me em minha costa e começou a me empurrar, sem muito cuidado, em direção da entrada da igreja. As pessoas que antes se acumulavam do lado de fora, entravam uma a uma na igreja.
_ Pai, não. – pedi.
_ O que foi?  - parando. Olhei para os lados e vi Demetria entrando na igreja vagarosamente, era claro que agora as coisas seriam comigo mesmo. Engoli seco ou ver sua expressão, por algum motivo eu acho que ele estava entendendo o que estava acontecendo, talvez não contando com todos os detalhes, mas acho que ele entendeu que meu desaparecimento não foi acidental e que minha recusa significava que eu desistira de me casar. _ Joe... – falou pesadamente. _ Filho, entre naquela igreja, se case com Rachel, acredite, é isso que você quer.
_ Eu quero conversar com Rachel, pai. – falei, ignorando seu pedido.
_ Joseph...
_ Eu não entrarei na igreja antes de falar com ela. – bati o pé.
_ Joseph? O que está acontecendo? Entre logo! – gritou o pai de Rachel da porta da igreja.
_ Acalme-se pastor Jasper, só estamos conversando um pouco, já entraremos. – respondeu meu pai. Jasper não pareceu muito convencido, com reluta nos deixou e entrou de volta a igreja. _ Entre pela porta de trás, Rachel está na sala de administração. – falou relutante.
_ Obrigada pai. – falei, dando-lhe um abraço forte, meu pai não correspondeu imediatamente, mas depois de alguns segundo envolveu-me em seus braços. _ Só não a machuque. – sussurrou.



Meus passos pareciam extremamente pesados agora, da parte de trás da igreja já se podia escutar o murmurinho das pessoas no salão do culto, claramente eram várias pessoas, que já deveriam estar cansadas de esperar, o piso de madeira em meus pés rangiam em certas partes e isso me impossibilitava qualquer maneira de fugir, a sala estava próxima, saberiam que alguém estava se aproximando.
Respirei fundo assim que cheguei à porta de madeira, bati duas vezes e esperei uma resposta.
_ Eu já disse que não quero ninguém aqui! – gritou uma voz chorosa, uma voz familiar demais, a voz de Rachel.
_ Rachel, sou eu. – avisei, minha voz não saiu muito alta, havia um nó em minha garganta que me impedia que aumenta-la, ainda sim, Rachel pareceu escuta-la.
_ Joseph? – perguntou, na sua voz, ainda chorosa, deixou-se transparecer um pouco de esperança. _ É você? – sua voz parecia mais próxima, não duvido nada que ela estava agarrada a porta.
_ Sim. – respondi.
_ Ah Joe. – pude sentir seu alivio. _ Espere só um pouco, vou precisar retocar minha maquiagem... Vá para o altar, eu não demoro mais que cinco minutos. – apesar da voz ainda estar fônica, por causa do nariz entupido, graças ao seu choro, ela estava realmente animada e aliviada. Meu coração se apertou mais ainda, eu não deveria estar fazendo isso a ela, não era justo, eu deveria ter ficado lá na mata e nunca mais ter voltado...
_ Rachel, eu preciso falar com você antes. – disse, calmamente.
_ Eu prometo que não vai demorar nada. – insistiu.
_ Rachel, eu realmente preciso falar com você.
_ Depois do casamento, Joe. – pediu
_ Não, Rachel, necessita ser agora. – falei com uma urgência. Eu conheço Rachel, conheço-a mais do que deveria e – nesse momento – mais do que gostaria, eu sabia que seu silêncio significava que agora ela estava lutando contra seu eu interior.
_ Olha, Joe, eu lhe entendo, eu estava histérica hoje mais cedo, acho que até ainda estou. – pude escutar um sorriso abafado. _ Eu entendo que esteja com medo e confuso, acho que isso é normal, casamento é um passo muito grande.
_ E talvez seja a hora de nós pararmos. – complementei sem nem mesmo pensar, se eu parasse para pensar desistiria de tudo. _ Rachel? – perguntei após um silêncio maior do que eu esperava.
_ Ver a noiva antes do casamento dá azar, não vai dar para você entrar. Vá para o altar. – agora a voz de choro estava mais forte.
_ Rachel.
_ Não faça isso comigo, Joe. – eu podia sentir seu medo e tristeza. O que eu estava fazendo? Ela nunca foi santa, mas não merecia o que eu a estava fazendo.
_ É só uma conversa.
_ Depois do casamento. Por favor. – eu podia ver que ela não desistiria, o que eu não conseguia entender era o porquê de tanta resistência, será que ela desconfiava de algo? Sempre escutei dizer que mulheres tem um sexto sentido bem apurado, mas será que é tão apurado assim?
_ Eu só estou tentando fazer o melhor para você, Rachel. – tentei pela última vez.
_ Então vá para o altar, Joseph. – disse, mais decidida do que eu acredito que ela podia estar.



Há duas semanas eu estava participando do ensaio para o casamento, naquele dia, a igreja, estava praticamente vazia, apenas os padrinhos, meus pais e os pais de Rachel, eu e ela estávamos presentes. Ainda sim eu já pude perceber a preocupação de Rachel com os detalhes.
Eu entraria com meu pai e minha mãe ao meu lado, ao som instrumental de uma música de Whitney Houston, música da qual eu não sei o nome, mas sei que é uma das preferidas de Rachel. Se ela visse o desastre que estava acontecendo agora, espernearia feito uma criança.
Minha entrada estava sendo ao ritmo de olhares surpresos e sussurros dos convidados, sozinho, já não tão mais arrumado, a sola do sapato estava um pouco suja de terra úmida da mata, e marcava meus passos no tapete vermelho de veludo; meu terno também não estava mais tão agomado nem mesmo tão mais limpo, mas, nesse momento, essa era a parte menos lamentável. Assim que cheguei ao altar pude sentir o olhar de todos sobre mim, não havia mais surpresa neles e sim de julgamento, e de todos, o pior, vinha de Jasper a minha frente com a bíblia na mão. “Na bíblia diz que devemos perdoar” tive vontade de dizer, talvez uma piadinha, mesmo uma ruim como essa, fosse capaz de melhorar o clima tenso, mas eu não sei se isso seria possível... Eu faria qualquer coisa para que o impulso de novamente fugir fosse embora.

_Tem certeza do que esta fazendo JJ? – perguntou Nicholas, ele, como foi escolhido para ser o padrinho, estava no altar atrás de mim. Apenas acenei que ‘sim’ com a cabeça, apesar de a resposta verdadeira ser ‘não’.
Aos poucos fui encontrando rostos familiares, Kevin e Edgar estavam no banco a esquerda, lado ao contrario do meu, sentavam no canto mais afastado do banco, ambos pareciam apreensivos, não sei se chegaram a falar com Nicholas e tampouco sei se Nicholas comentaria o acontecido comigo, talvez eles soubessem que algo de errado estava acontecendo.
Custei a achar Demetria, não que ela não chamasse atenção de qualquer maneira, mas sim porque estava afastada, sentada na última cadeira, perto da porta pela qual há pouco tempo eu havia entrado. Ela também já não estava tão arrumada como antes, uma mecha de seu penteado havia caído e ela não usava mais salto alto. Seu olhar era tenso, claramente sabia que quando tudo fosse à tona, ela também sofreria repressão.



A macha nupcial começou a tocar, todos se levantaram, ansiosos para ver como Rachel estava. Ela entrava devagar, dando tempo para que todos pudessem admira-la. O vestido era todo branco e rendado, sua cintura era marcada com um cinto trabalhado com detalhes em cristal. Seu decote valorizava seus grandes seios, para balancear, e não ficar vulgar demais, o vestido tinha alças grossas, mas delicadas, que seguia o mesmo estilo rendado do resto do vestido, o véu era simples, e era um pouco maior que o próprio vestido, que não tinha cauda, não usava coroa, havia apenas um prendedor, que segurava o véu no coque do seu penteado, que era também de cristais brancos e azuis bem clarinhos, - provavelmente era o detalhe azul da superstição de casamento (alguma coisa velha, alguma coisa nova, alguma coisa emprestada e alguma coisa azul) – nunca pensei que ela fosse supersticiosa, e duvido que ela continue a ser após o nosso casamento. Ou quase casamento.
Ela entrava com seu tio, Jacob, um homem já velho e grisalho, alto, - mesmo de salto Rachel batia em seu ombro. – ele divide seu tempo entre ser professor de matemática na única escola publica de toda Lewis e ser a administrador financeiro da igreja do irmão. Lembro-me da época de escola em que todas as meninas, salva apenas Rachel, sempre tinham uma queda, - algumas até um abismo mesmo. – por ele. Casado, tem dois filhos homens, já da minha idade, Jacob não parecia perceber as garotas se jogando a seus pés, ou, para que as protegessem da possível repressão que sofreriam, caso descobertas, preferia fingir que não via.

Assim que chegou ao altar, Jacob apertou minha mão com firmeza, não havia nenhum sorriso e seu olhar demonstrava desapontamento, Jacob sempre foi um tio bem presente, mesmo que Jasper tenha sido um excelente pai, Jacob exercia um papel de pai substituto com louvor. Ele claramente tomaria as dores de Rachel, e provavelmente me odiava naquele momento.
Rachel olhou-me receosa, mas sorriu assim que toquei em sua mão, ela entregou o buquê para sua madrinha de casamento, Lara, sua irmã.


Jasper começou a celebrar o casamento, mas eu nem mesmo o escutava, tudo o que eu podia pensar era em como eu iria seguir em frente, dispensar Rachel aqui? Na frente de todo? Eu realmente seria capaz disso?
Eu podia sentir o nervosismo de Rachel, suas mãos estavam frias e eu podia sentir que a cada parada do pai, ela tremia, como se temesse que eu fizesse algo durante esse espaço de tempo... Eu não podia deixar de pensar, se ela já percebeu que eu não quero seguir com o casamento, porque ela ainda insiste?
Ela me ama. É Claro, me ama ao ponto de perdoar a minha fuga, me ama a ponto de passar por cima da minha “crise do noivo amarelão”, que é provavelmente o que ela pensa que eu sou agora...
No fundo ela tinha razão, eu queria falar que ‘chega’, queria pedir para ‘parar’, mas eu não ganhava coragem, eu não sabia como fazer, eu só queria que tudo aquilo terminasse...


_ Rachel Marie Black, você aceita Joseph Adam Jonas como seu legitimo esposo. Prometendo respeita-lo e ama-lo, na saúde na doença, na riqueza e na pobreza, até que a morte vós separem?
_ Sim. – respondeu. Agora olhávamos um para o outro, frente a frente, eu podia ver sua maquiagem, que provavelmente havia sido refeita as pressas, aposto que a primeira maquiagem havia sido feita por Lea, a mais antiga cabelereira, maquiadora, manicure, depiladora, e seja lá o que mais uma mulher faz em um salão de beleza... Lea, apesar de já velha, tinha um espirito jovial e um rosto que nunca mudava, provavelmente sua pele negra ajudava nisso, já que pessoas negras costumam envelhecer mais devagar, como se o tempo para eles passasse bem mais devagar que para o resto do mundo, sempre muito simpática, provavelmente era a menos frequente a igreja de toda a cidade, mas ainda sim era um boa mulher, sempre fazendo festas para ajudar a arrecadar doações para instituições que ajudava os necessitados, eu nunca soube se ela fazia isso porque quer ou se era o jeito que arranjava para que as pessoas não a chamassem que ateia – o que aqui é um xingamento horrível. – e a excluíssem e boicotassem seu salão. Acredito que a segunda maquiagem não havia sido feita por ela, já que não a vi saindo do primeiro banco da igreja em momento nenhum...
A maquiagem de Rachel não estava forte, se via uma sombra clara, um lápis de olho e um batom rosa clarinho, não sei se ela estava de base, confesso que não sei identificar quando uma mulher usa base ou não, e não sei dizer se há algo mais, pois não entendo muito de maquiagem, tudo o que sei é o que passa nas propagandas a TV, se há algo mais, eu não conheço. Seus olhos ainda estavam um pouco avermelhados, provavelmente de chorar. Meu coração estava acelerado, e eu sentia minhas mãos suando, era agora o momento de decidir-me. Ou eu iria dizer ‘sim’ e viver uma vida infeliz ao lado de Rachel, provocando sua infelicidade, ou eu dizia que ‘não’ e que fosse o que Deus quisesse...
_ Joseph Adam Jonas, você aceita Rachel Marie Black, como sua legitima esposa. Prometendo respeita-la e ama-la, na saúde na doença, na riqueza e na pobreza, até que a morte vós separem? – a voz de Jasper ecoava em minha mente “Aceita Rachel... Até que a morte vós separem...”, a voz de Demi ecoava em minha mente “Então não case. Confie em mim, você não está sozinho nessa. Faça o que você tem que fazer e você será muito mais forte.” A voz de meu pai “Só não a machuque.” A voz de Rachel “Não faça isso comigo, Joe.”... Seu olhar esperançoso e, ao mesmo tempo, tristonho, me atingia como uma espada no coração... Ela percebeu minha hesitação e pude ver seus olhos enchendo-se de lágrimas. Não consegui manter meu olhar no dela, olhei para baixo e dei um passo para trás.
_ Não.



Eu não sei o que eu esperava sentir, alivio? Talvez fosse isso o que eu queria, afinal de contas, eu tinha feito o certo, não? Mas o que eu sentia agora estava bem longe de alivio, era algo ruim...
O espanto dos convidados, o choque de meus pais, o desespero de Rachel e a fúria de Jasper me assombravam e não saiam de minha mente, me paralisava, se não fosse por Nicholas. – que me empurrou para fora da igreja. – eu nem sei como estaria agora. Eu nem mesmo cheguei a agradecê-lo, apenas entrei em meu carro – o qual no calor do momento, havia deixado destrancado e com a chave na ignição (não que fosse problema, se houvesse algum ladrão em Lewis, ele provavelmente estaria dentro da igreja, assistindo aquela confusão como uma pessoa qualquer).
Agora eu estava no Buffet Lotus, eu já havia dispensado seus serviços e agora eles, vagarosamente, desmanchavam o trabalho de dois dias.
Eu estava sentado no lugar destaque, com uma grande mesa, a plaquinha na minha frente dizia: SR e Sr.ª Jonas.


_ Então é aqui que você veio se esconder? – perguntou Rachel, surpreendi-me quando a vi, ela agora já estava sem o véu, sem seu salto alto e sem a maquiagem, seu cabelo estava um pouco desarrumado, mas o penteado simples ainda estava lá, ela ainda usava o vestido de noiva, mas agora ele parecia desarrumado e sua barra estava suja. Eu não respondi nada. _ Porque você está fazendo isso comigo? O que eu te fiz? – perguntou. Ela se mantinha a certa distancia, eu podia perceber alguns funcionários, que estavam retirando os enfeites de mesa e o forro de cada um, cuidadosamente, pararem para olhar o que estava acontecendo, quem não gosta de um drama? Quem não ama uma briga entre casal? Para eles, provavelmente, essa seria a festa.
_ Não foi por você que eu fiz isso, eu sei que você não merecia isso que lhe estou fazendo.
_ Então porquê? – perguntou com urgência. Hesitei.
_ Eu não te amo mais. Não como antes. – respondi, sem conseguir olhar para ela.
_ Você conheceu outra? – perguntou. _ Foi durante esta viagem de trabalho?
_ Sim. – respondi baixo.
_ Você destruiu todas as minhas chances de ter uma vida normal.
_ Eu te salvei, eu não iria lhe fazer feliz, não estando com outra na cabeça. – alterei-me. _ Você agora vai poder encontrar alguém que realmente te faça feliz. – disse mais calmo.
_ Ah claro, claro que algum outro homem vai me querer... Você já me usou de todas as maneiras que você pode e depois me descartou, como se eu não fosse nada, no altar.
_ Se você está falando sobre sua virgindade, fique tranquila, ninguém sai virgem do colegial mesmo, não vai fazer diferença para você.
_ Você quer o que? Que eu volte para escola e comece a dar pra todo garoto até achar o próximo Joe?
_ Não confunda o que eu estou falando.
_ Joe, eu não tenho outra opção mais, você vai ter a vida que você quiser, ter seja lá quem seja a nova dona do seu coração. Eu não. Porque eu ainda te amo, eu me sinto estupida por sentir isso, eu deveria te adiar, mas não. – ela começou a chorar.
_ Você pode encontrar outro alguém, saia de Lewis. – sugeri. _ Fora daqui você vai encontrar homens muito melhores que eu e que realmente lhe merece.
_ Fazer igual minha tia? Sair de Lewis, me afastar da família? Casar com um louco, acabar viúva? E minha prima? Ela tem uma filha com um cara que só lhe dá problema! É isso que você espera para mim? – perguntou como se eu tivesse falado a pior coisa do mundo. Pensei em Demetria e em sua mãe, a sua história, será o que teria acontecido se ela tivesse sido criada em Lewis?
_ Não são todos assim, Rachel.
_ Você perdeu sua alma no momento que foi para essa viagem, eu deveria ter percebido, você voltou mais frio, eu pensei que era porque você estava cansado da viagem, mas não... Você por acaso se lembra de tudo que já falou para mim? De todas as declarações que você já me fez? Ou agora que você tem uma nova pessoa você se esqueceu de tudo? – Rachel estava nervosa e as lágrimas escorriam de seus olhos sem parar, eu a estava deixando de uma maneira que nunca a vi. _ Como que você pode ser tão sem coração?

CONTINUA

Demorei mais postei ainda no final de semana :D
E então, o que estão achando da Neon Lights Tour? Gostaram das músicas escolhidas? Do figurino? Do palco? Eu acho que nunca estive tão ansiosa para um show como estou pelo da Demi, apesar de saber que não vai vir nada daquilo para cá pro Brasil :\ nem mesmo o Nick, eu adoraria vê-los cantando juntos como eles fizeram nos dois primeiros shows... Mas o importante é que eu vou, com super produção ou não lá estarei eu dia 1º de maio \o/
O que acharam do capítulo? O que vocês acham que vai acontecer agora? Façam suas apostas.
Bjsss

Kika: Somos duas, tem alguns dias em que eu fico: “Caramba acho que ela estava pensando em mim nessa hora” confesso que acho que só fiz uma das coisas que ela botou como ‘objetivo’ até agora, ainda sim só naquele dia mesmo :p ainda sim eu gosto de ler o livro, porque é realmente muito inspirador e talvez no futuro, eu faça alguma coisa.... Espero que tenha gostado deste capítulo também. Bjsss
Erii: Obrigada por me esclarecer isso, confesso que nem desconfiei de Erii e Eriimiilsa são a mesma pessoa :p Fico muito feliz que tenha gostado tanto deste capítulo, espero que tenha agradado neste também. Isso mesmo, não suma mais não, você sempre foi uma leitora muito querida e seus comentários fizeram falta. Obrigada por comentar. Bjsss
Amanda Cyrus: Bom, aos poucos ele chega lá, por enquanto só cancelou o casamento mesmo, mais ainda tem bastante coisa para acontecer até que ele possa viver ao lado de quem realmente ama... Obrigada por comentar. Bjsss
Samara: Pois é, o Joe ainda vai aprender muito durante a história, provavelmente crescer em cidade pequena não o fez tão maduro e maturidade é algo que a Demi tem bastante... Bom, eu estou quase sempre no face, só que sempre off-line, sempre que quiser é só mandar um ‘oi’ que logo eu devo responder :D Espero que também tenha gostado deste capítulo, mesmo assim, obrigada pelo carinho. Bjsss
Shirley Barros: KKKK Não precisa diminuir não, caso queria escrever muito, não há nenhum problema :D Realmente, mas não fique triste não, não há necessidade der ser a primeira a comentar, não olho isso como prova de que é melhor leitora ou não, o que me importa realmente é quando vocês vem e comentam, seja a primeira ou a última, textos grandes ou pequenos, simples ou super elaborados, eu gosto dos comentários quando e do jeito que vem, me fazem sentir que vale a pena continuar a escrever... Claro que você pode me passar suas ideias quando você quiser, serão sempre muito bem vindas. Muito obrigada por comentar. Bjsss
Mari ;): Seja bem vinda, divulgado, pode deixar que eu vou ler lá também. Bjsss

sábado, 8 de fevereiro de 2014

11º Capitulo “Stronger” – Entre o Céu e o Inferno

                                                 Divulgação: http://costa-webnovel.blogspot.com

                       





Música Stronger de Jennette Mccurdy, sugestão da leitora Diana


O clima agora era frio, nem mesmo o paletó do terno parecia me ajudar, abracei-me para tentar disfarçar o frio, eu não tinha mais nada para vestir e eu não podia voltar para pegar algo.
O céu já estava escuro, se não fosse a lua, que estava cheia e o seu reflexo no pequeno lago a minha frente, eu provavelmente não iria enxergar um palmo a minha frente, não que minha visualização do ambiente estivesse ótima agora, apesar de que não séria algo necessário, eu conhecia esse lugar como a palma da minha mão, afinal de contas, qual lugar de Lewis eu não conhecia como a palma da minha mão? Eu poderia andar pelas suas ruas de olhos fechados e ainda chegaria são e salvo a meu destino. Olhei para meu relógio de pulso e já eram sete e meia da noite, nesse horário eu já deveria estar na igreja, recepcionando a todos, esperando pela entrada de Rachel, mas cá estava eu, longe de tudo, no meio do mato.
É, no meio do mato, no fim da cidade. Do lado contrario a capital de Utah, tem grandes áreas abandonadas, há tempos se havia planos de construírem casas e um ponto comercial por aqui, mas nunca dava certo, a população é pequena e vive confortavelmente na área já ocupada, não havia necessidade de mais construções, a não ser que fossem para ficarem largadas as moscas... No fim das contas, isso era um ponto para mim, aquela parte, totalmente desabitada, era onde eu podia encontrar minha paz, nos meus maus momentos, e hoje é um desses dias. Eu não podia casar com Rachel, não só por causa da traição, mas também por causa de que eu não tinha mais os mesmo sentimentos por ela, rever Demetria parecia ter me atingido gravemente, mais uma vez eu estava totalmente apaixonado por ela, e pior, eu sabia que ela também me ama. Casar-me com Rachel nunca me pareceu tão errado.
No completo silêncio, qualquer ruído se destacava, durante o dia eu não me importava muito, aqui é um pequeno pedaço do paraíso, com seu pequeno lago e com árvores grandes e chão de terra, o lugar não era tão frequentado pelos animais, vez ou outra se podia ver pássaros nas arvores, já vi um esquilo uma vez, borboletas, outra insetos pareciam comparecer em peso, mas não chegavam a me incomodar, porém eu nunca tinha passado por aqui a noite, não sabia se havia alguns animais noturnos, por isso a cada galho que estralava a cada folha que caia da copa meu coração disparava. Se tivesse algum animal peçonhento que resolvesse me atacar, seria péssimo, mas pelo menos eu não teria que encarar ninguém por ter faltado ao meu próprio casamento. Não que eu quisesse morrer, entre casar e morrer, casar não parecia tão má ideia, mas eu claramente não sei se conseguiria voltar para a cidade, todos conhecem a todos, todos me conhecem muito bem, todos estarão lá, no casamento e todos verão que eu não fui, eu claramente não conseguiria mais sair na rua sem receber um olhar de desaprovação, nem mesmo em casa eu me safaria, meus pais nunca me perdoariam eu não tinha para onde fugir.
Nesse momento comecei a pensar se o amor que sinto por Demetria faria tudo isso valer a pena, eu não sabia se ela me aceitaria de volta, apesar dela me amar, ela deixou bem claro que não queria mais nada comigo, que o nosso já havia acabado, e isso só me fazia pior, eu poderia ir para Las Vegas com ela, trabalharia em algo, a ajudaria com sua mãe e com sua filha, eu seria um pai para Gabriela, eu seria tudo o que ela quisesse que eu fosse, mas não, ela não queria nada disso, tudo o que ela me pediu foi para não fazer Rachel sofrer, nada mais. E é isso que eu estou fazendo, não deixando Rachel sofrer...
 Pode parecer bem estranho, eu deixarei Rachel plantada no altar, com todo mundo para testemunhar, destruiria todos os seus planos, destruiria a festa que com tanto carinho ela havia planejado, e ainda falo que isso é para seu bem?
Se eu casasse com ela, seria um péssimo marido, eu amo Rachel, mas não mais como antes, meu amor por ela é como o amor que sinto por uma amiga de infância, o que eu sinto por Demetria sim é amor, e agora eu podia diferenciar isso muito bem. Eu não seria o marido que ela merece, a faria sofrer sem ela ter culpa e no final ela acabaria descobrindo o motivo da minha mudança e todos saberiam que ela foi traída, pelo menos se eu a abandonasse todos me olhariam estranho, a ela os olharem seriam de pena e todos tentariam a confortar, a mim seriam pedras atrás de pedras, pedras das quais eu não me importo em carregar, já traição, ambos seriam culpados, mesmo que fosse apenas da minha parte. Uma mulher divorciada? Em Lewis? Acredite ou não, isso por aqui ainda é um ultraje aos bons costumes. “O que Deus uniu o homem não separa” simples assim, não sacrificarei a vida dela a mim. Ela sofrerá? Sim. Mas é melhor assim.


Olhei meu relógio novamente, oito e quinze, a esse momento todos já devem estar feito loucos me procurando, eu não me moveria dali, isso eu já havia decidido.

A ansiedade parecia querer a me dominar, quanto tempo mais eu ficaria ali? E se eles me achassem? Correria ou ficava? Não, não me achariam ali, todas as vezes que eu vim aqui nunca passou uma alma viva por perto, isso porque todas as vezes foram durante o dia, não seria hoje, durante a noite, que passariam, certo?


Folhas e galhos estralavam, o barulho era rápido e cada vez parecia estar mais perto, olhei em volta e nada via, comecei a pensar em ligar alguma luz, mas, que luz? De tão apressado não peguei nem meu celular nem uma lanterna, não havia nada que pudesse iluminar.
Como se fosse uma miragem eu vi sua imagens se aproximando de mim, ainda vestida mesma maneira a que eu a havia visto pela última vez, em sua mão tinha uma pequena lanterna, que não era muito forte, mas que era melhor que nada.
Sem dizer nada, com um pouco de dificuldades, sentou-se a meu lado, na grande pedra em que eu estava sentado, não era muito grande e nem confortável, mas daria para nós dois usarmos.
_ Acho que você deveria estar em um casamento. – falei.
_ Ah, o noivo não foi. – deu de ombros, ri, ela não parecia estar prestes a me dar uma bronca, o que para mim era ótimo.
_ A noiva deve estar desesperada. – supus.
_ desesperados estão seus parentes, que estão sendo obrigados a escutar seus gritos e, depois de horas de arrumação, e de terem colocado as roupas novas, serem obrigados a saírem a procura do noivo.
_ Devem estar odiando ele.
_ Não mais que ele próprio. – respondeu. É talvez ela tivesse razão. Eu me odiava por estar fazendo isso, mas era o melhor a se fazer.
_ E agora, o que você irá fazer? – perguntei.
_ Esperar. – falou, ela a todo o momento olhava para frente, assim como eu, apenas quando me respondeu virou-se para mim, em resposta também a olhei. Demetria ficava tão bonita a luz da lua, bom, ela ficava bonita que qualquer jeito. Eu já falei isso alguma vez?
_ Esperar o quê?
_ Que você decida o que fazer.
_ Eu já decidi. – respondi.
_ Você tem tempo para pensar, o pastor é da família, estará presente para celebrar o casamento a qualquer momento... Fora que duvido que Rachel deixe algum convidado sair da igreja, provavelmente terão que passar a noite dormindo no chão. – disse. Ri, ela podia ter ficado bastante tempo sem ver a prima, mas era obvio que ela ainda a conhecia muito bem.
_ Como você me achou? – perguntei. Tudo bem que ela já havia vindo em Lewis, mas não acredito que ela conhecia esse local, nem mesmo os que moram aqui há anos o conhece.
_ Seu irmão. – respondeu. _ Noah é um bom garoto.
_ Noah lhe contou? – perguntei boquiaberto. _ Como ele sabe desse lugar?
_ Não se culpe. – falou dando leves tapinhas em meu ombro. _ Você não é muito bom em guardar segredos. – riu.
_ Não é minha culpa se gostam de contar meus segredos a você. – já era segunda vez em dois dias, não estou muito interessado em saber o que vem depois.
_ Sou confiável. – deu de ombros.
_ Ele contou para mais alguém?
_ Ele não é idiota, sabe muito bem que se escondeu por alguma razão, ele não irá te dedurar. – falou como se fosse obvio. Como eu poderia saber, eu não conhecia meu irmão... Bom, nem Demetria o conhece como ela pode dizer isso com tanta certeza?
_ Seria o certo a se fazer.
_ O certo nem sempre é o melhor. – falou. _ Seu irmão contou a mim porque aparentemente sabe que há algo – hesitou. _ Houve algo – corrigiu-se. _ entre nós.
_ Como?
_ Não sei. – respondeu. _ Talvez ele tenha poderes psíquicos. – falou como se fosse à coisa mais normal do mundo.
_ Psíquico? – perguntei em baixo tom, mais para mim mesmo. É, talvez isso explicasse o porquê dele ser tão estranho. Ri sozinho com meu pensamento. _ Você pretende me esperar por muito tempo?
_ Eu já disse: esperar-te-ei até você decidir o que fazer.
_ E eu repito: eu já me decidi. Eu não irei voltar para lá.
_ Novamente você irá fugir.
_ Fugir? – do que ela está falando? Eu não estou fugindo.
_ Você fugiu de mim...
_ Eu não fugi de você. – interrompi-a. _ Eu tinha que voltar para cá. – defendi-me.
_ Você fugiu de me dizer a verdade a todo o momento, se não fosso por Nicholas você estaria se casando agora e eu estaria em casa junto a minha filha, pensando em você, em quanto você iria voltar e que quanto você voltasse seria para ficar junto comigo. – falou. Eu senti um pouco de irritação em sua voz, como se odiasse a si mesmo por pensar assim e me odiasse por fazê-la pensar assim, ainda sim, pude perceber seu esforço em mascarar esse sentimento de raiva, ao falar com volume de voz calmo.
_ Talvez eu não me casasse, mesmo que você não soubesse da traição, talvez eu desistisse da mesma maneira em que eu desisti agora. – falei.
_ Não, você não iria desistir se eu não tivesse vindo para cá. – garantiu-me. É talvez ela tivesse razão, como sempre, aparentemente. Eu tinha me conformado com meu destino, e estava disposto a recomeçar com o Rachel, ver Demi novamente tinha me feito sentir como em Las Vegas novamente, meus sentimentos por ela falaram mais alto, e por mais que eu tenha tentado abafa-los, tentando convencer a ela e a mim mesmo, que eu amava Rachel acima de qualquer coisa e que eu era o melhor para ela. Mas não era verdade, eu amo Rachel, mas não quero me casar com ela, já Demetria...
_ Então foi para isso que veio? Para estragar meu casamento?
_ Não. – respondeu. _ Bom... A princípio sim. – corrigiu-se. _ principalmente depois de conversar com você dentro daquele carro, você parecia aqueles homens cafajestes que tinham chegado ao fim da linha, totalmente desesperados, tentando qualquer jogada para tentarem se livrar mais uma vez das mancadas que deram. – falou. Senti-me péssimo, então era isso que ela achava de mim?
_ Nossa! Eu pensei que você estava me entendendo, você estava me escutando.
_ Praticamente todo o mundo pode escutar, mas muito poucos todos vão te entender, Joe. – falou. Seu comentário tocou-me, ela era jovem, mas às vezes soltava algumas frases de efeito bem profundas. Sorri ao perceber que novamente ela estava me chamando de Joe. _ Você deveria ter percebido algo na hora em que não deixei você me ajudar a entrar na casa de Rachel, naquele momento eu estava bastante estressada. – admitiu.
_ Eu não sou muito bom em perceber temperamento. Principalmente os femininos, vocês não costumam demonstrar o que verdadeiramente sentem. – reclamei.
_ Vocês que são óbvios demais e não conseguem enxergar pelas entrelinhas. – rebateu. Ótimo, agora estávamos entrando na clássica discussão da guerra de sexos.
_ Apenas somos simples, não há necessidade de tanta complicação.
_ Disse o homem que pretendia ter uma vida dupla, casado em Utah e namorado em Nevada. – touché
_ Bom, as vezes é legal correr seus riscos.
_ Ah! Sim, claro, principalmente ficar sentado horas em uma pedra dura e completamente desconfortável, no escuro com insetos te atacando, com risco de ter picado por uma cobra ou escorpião. – falou, claramente irritada, dando um tapa em seu próprio braço, provavelmente para matar algum inseto.
_ Não tenho culpa se seu perfume tem um cheiro doce, nenhum inseto ousou a me atacar ainda. – falei rindo. Concelho: Não faça isso com uma mulher. Isso não as deixa com um bom humor.
_ Sabe o que você deveria fazer? – perguntou. _ Parar de ser bunda mole e ir lá para igreja, encarar a Rachel e já que você não quer se casar, simplesmente dizer que ‘não’ na hora em que o pastor perguntar. – seu tom não era amigável.
_ Eu não tinha pensado nisso.
_ Claro que não! – gritou. _ Você prefere fugir, como eu já falei. Graças a você a cidade toda está trancada em uma igreja enquanto tem gente te procurando em cada buraco escuro da cidade atrás de você, fora que a Rachel acha que te aconteceu alguma coisa, que te roubaram, que você sofreu um acidente... Ela merece saber o porque vai ser deixada no altar.
_ Eu só queria não fazê-la passar pela humilhação...
_ E você acha que o noivo não aparecer no casamento não é a mesma coisa? – fiquei em silêncio. Será que Demi não se cansava de ter razão?  _ O que você vai fazer depois? Fugir para outro estado? Mudar o nome? Dar-se como morto e sair do país? Ela tem que saber o que está acontecendo, ela tem esse direito!
_ Eu, eu não tenho coragem. – desabafei, eu parecia novamente uma criancinha levando bronca da mãe, com medo de algo, querendo que ela entendesse, me desse seu concelho e me abraçasse, como forma de me dar confiança. Demetria suspirou.
_ Tem dias que eu acordo e tudo o que eu mais quero fazer é fugir, ir para algum lugar distante e nunca mais ser vista. Mas aí eu lembro, eu não posso deixar minha filha para trás, nem mesmo minha mãe, inda mais agora, que ela necessita tanto de mim. – fez uma breve pausa. _ Eu sinto como se todos a minha volta estivessem me julgando, por eu ser quem eu sou, talvez seja só implicância minha, não é sempre que me reconhecem da boate, só algumas vezes que eu tenho esse azar.
_ Isso é uma indireta?
_ Não foi intencional, mas se a carapuça serviu. – deu de ombros. _ Eu sou obrigada a ficar e passar por aquele dia e depois eu vou acordar e tudo vai recomeçar, não há um escape para mim. Não me formei em nada, o que não me dá nenhuma oportunidade de crescer na vida, a única coisa que eu estudei para ser é algo que eu não posso ser... Meu sonho era ir para o Royal Academy Of Dance, é a melhor escola de balé do mundo, mas para conseguir uma vaga você tem que passar por uma seleção, eu não tenho dinheiro para ir até lá, a minha sapatilha já não serve em meus pés, e há tempos eu não faço nem mesmo uma *passé, eles ririam de mim se me vissem dançar. Nunca fiz nenhum curso de especialização e não tenho mais tempo de fazer um, assim que voltar para Las Vegas terei que trabalhar três dias, direto sem descanso, pegando o horário da manhã e tarde na lanchonete e toda a noite na casa de stripper, só para pagar minhas faltas, isso se eu quiser receber algo no fim do mês, ou pelo menos não acordar com uma caixa na minha porta com a cabeça decepada do pai da minha filha... Joe, eu posso passar o resto da noite só falando quanta merda há em minha vida, e sabe de uma coisa, eu ainda estou aqui, viva, reclamo de vez em quando, quero desistir de vez em sempre... Mas você... Você foi um babaca e sabe de uma coisa? Tudo bem, você errou, mas não é o fim do mundo que você está achando que é, eu não vou morrer por sem enganada mais uma vez, e a Rachel te ama, sua família te ama, não é o fim para você. Você está receoso, arrependido, triste, mas vai lá, tira esse medo bobo da sua cara, você sabe que você tem que fazer algo, faça! Seja lá o que se passa em sua cabeça, é temporário, é como se diz, nada é eterno.
_ Eu não sou tão forte como você. – sussurrei.
_ Você só acha que já está destruído, Joe, mas você não está, se quiser pensar mais um pouco eu espero. – deu outra breve pausa, tocou em meu rosto, levantando-o para que eu a olhasse nos olhos, seu toque era delicado, sua mão estava fria, e seu toque contra minha pele me fez sentir arrepios.
_Eu não posso me casar com Rachel. – falei. _ Eu ainda te amo.
_Então não case. – disse.  _ Confie em mim, você não está sozinho nessa. Faça o que você tem que fazer e você será muito mais forte.

                               Passé - (pronuncia-se "passê"): O pé passa pela perna que está como apoio até chegar à altura do joelho. Forma a posição de um número "quatro” no ar. As duas pernas permanecem viradas para fora. (click aqui para ver imagem)

CONTINUA
Olá a todos, como prometido o capítulo foi postado, como já falei minhas postagens agora serão sempre nos finais de semana, a não ser que haja algum feriado durante a semana o que pode fazer com que eu poste mais rápido, mas o mais provável é só nos sábados ou domingos mesmo.
E aí galera, vocês irão nos encontros de Lovatics que vão tem em suas cidades? Eu acho que talvez eu consiga ir amanhã na que vai ter aqui em BH, bom, assim espero, vou tentar fazer tudo o que eu tenho para fazer hoje ainda, para amanhã não ter desculpas para faltar J
O que vocês acharam do capítulo? Comentem/avaliem
Bjssss

Kika: Bom, o capítulo de hoje não é tão triste, então espero que tenha compensado. Pois é, essas 3 músicas que escutei dele são bem legais e tem um ritmo bem contagiante, acho estranho ele não ter chegado por aqui... Tenho sim, comprei no final do ano passado, só para começar a ler no dia 1º :p confesso que nem sempre faço tudo o que esta escrito, mas tem alguns dias que as palavras dela e os objetivos me tocam profundamente. Bjsss
Amanda Cyrus: Olá, claro que me lembro de você, e aí? Suas apostas estavam certas? Espero que tenha gostado do capítulo, muito obrigada por comentar. Bjsss
Anônimo: Fico muito feliz que tenha gostado, a fic terá 25 capítulos ao todo, então ainda temos um bom caminho pela frente :D Muito obrigada por comentar. Bjsss
Káh Lovatic: Oi Káh, eu adoraria fazer isso, mas não posso, o tempo de postar sugestões de músicas já acabou e se eu começar a aceitar sugestões agora vai atrapalhar o cronograma, já que eu já tenho quais serão as ordens da músicas decidido, não me leve a mal, em breve eu pretendo fazer esse esquema novamente, bote essas músicas em sugestão, eu adoraria fazer um capítulo com elas ;) Muito obrigada por comentar. Bjssss
Shirley Barros: Digamos que a Demi ainda vai passar por maus bocados nesta fic, mas ela é um mulher bem forte e vai provar isso... hahah espero que nesse capítulo eu não tenha lhe feito sofrer tanto :p No próximo capítulo vamos ver o que vai acontecer, o Joe ainda pode mudar de ideia, então nada garante se vai ou não haver casamento... Bom, vamos ver o que me dá na cabeça ahahaha... Muito obrigada por comentar. Bjsss
Karol Rodrigues: A resposta só vai estar no próximo capítulo, ainda há espaço para as duas opções na história :p Muito obrigada por comentar. Bjsss
Eriimiilsa: Oi, que saudade! Pensei que tinha perdido você pra sempre :\ Bom, fico feliz em saber que você está de volta e que continua gostando das minhas fics. Muito obrigada por comentar. Bjsss
Samara: E tem como não gostar? Eu confesso que até pensei em fazer a Demi escandalosa, mas acho que quero fazer uma Demi mais forte nessa fic, mostrar me mesmo com todas as coisas acontecendo com ela, ela ainda se supera... Bom, sobre o Joe, ele vai acabar conseguindo superar-se... Sem problemas, só espero que você não comece a me achar chata :p sempre que quiser falar comigo, tanto por cá tanto pelo face, seja bem vinda :D. Muito obrigada por comentar. Bjsss
Natalia_Lovato: Fico muito feliz que tenha gostado. Eu também estou adorando sua nova fic, eu acho que hoje eu consigo comentar lá :D Muito obrigada por comentar. Bjsss
Erii: Divulgado, espero que dê tudo certo pra você, pode deixar que eu vou acompanhar sim. Muito obrigada por comentar. Bjsss 

domingo, 2 de fevereiro de 2014

10º Capítulo “Wrecking Ball” – Entre o Céu e o Inferno






Música Wrecking Ball da Miley Cyrus, sugestão de um leitor anônimo.

Eu estava petrificado, e Demetria continuava com o olhar raivoso, parecia que, para ela, ainda não havia passado nem um minuto da nossa discussão.
_ Você pretende só ficar me olhando com essa cara de idiota? – perguntou.
_ ‘Usinho’ mamãe, ‘usinho’ – falou a pequena em seus braços, apontando para um urso gigante que estava em um carrinho de carregar malas. Demetria olhou para a filha, que ainda sorria apontando para o urso que a cada vez estava mais longe da pequena, o seu olhar era de amor e calma, como se por um estalo ela tivesse entrado em outra dimensão, um na qual ela é feliz e que não havia ninguém para machuca-la. Ao olhar para elas eu pensei, e se eu tivesse conhecido Demetria primeiro? E se eu nunca tivesse me comprometido com Rachel? Será que poderia ser um pai para aquela garotinha, será que também receberia o mesmo olhar de amor que ela recebe de Demetria? _ Eu quero mãe, eu quero ‘usinho’.
_ Não fale assim, a Lali vai ficar enciumada. – disse Demetria, paciente e delicada, a pequena instantaneamente apertou a boneca no braço, como se dissesse: Eu amo essa boneca, não me separarei dela. Demi riu da reação da filha, mas seu sorriso logo se desmanchou, ela olhou para o chão, como se tivesse acabado de lembrar quem estava a sua frente e assim que ela olhou para mim, seu olhar era mais calmo, mas não havia amor, não havia nada, havia apenas um grande vazio.
_ Demetria, olha... – eu tentei começar a explicar, talvez ela voltasse a Las Vegas, ela não precisava ver Rachel. Ela não podia ver a Rachel.
_ Me poupe Joseph. – interrompeu-me dura. _ Apenas vamos, eu ainda tenho que começar a me arrumar. – concluiu.
_ Eu só...
_ Ah que seja, eu pego um taxi. – suspirou, revirando os olhos e dando menção de sair sozinha.
_ Não. – apresei-me para tocar em seu ombro direito, vi-a hesitando ao meu toque, como se tivesse nojo ou medo, ou talvez até a mistura dos dois, o fato era: ela não queria que eu a tocasse. _ Eu vim para te buscar. Prometo não te irritar mais. – falei. Demetria apenas olhou para mim, sem nenhuma reação, nem um sorriso, nada, eu não conseguia decifrar seu olhar, de repente, ela tinha vida um grande mistério, provavelmente ela reconstruiu o muro em volta de si, àquele que em tão pouco tempo eu tinha conseguido destruir, mas agora era diferente, esse novo muro é bem mais alto e bem mais forte, especialmente feito para resistir a mim. Sua frieza era apenas um aviso: Eu não cairei em seu jogo novamente.
_ Me ajude a pegar minha mala? – perguntou.
_ Claro. – respondi aliviado. Talvez eu conseguisse falar com ela depois, talvez ela não estivesse aqui para destruir meu casamento, talvez ela só quisesse ver o casamento da prima, mesmo que ela odiasse o noivo com todas as suas forças, e pior, com toda a razão de odiar. Demetria já passou por muito e não é a primeira vez que alguém a havia machucado, ela parecia passar por cima desses acontecimentos com maestria.


O silêncio dentro do carro era desconfortável, até mesmo a filha de Demetria estava quieta, o que é bem estranho para uma criança, quando olhei pelo retrovisor, eu percebi que era porque ela dormia como um anjo no banquinho de segurança posto no banco de trás. Mais calmo eu podia perceber o quanto ela parecia com a mãe, o olhar, a boca... Apenas o cabelo diferia, enquanto Demetria tem cabelos longos e castanhos, a pequena tinha cabelos cacheados, que batiam um pouco a cima do ombro, e loiros. Como eu disse, um verdadeiro anjinho.
_ Qual é o nome dela? – perguntei.
_ Gabriela. – disse e olhou para trás para a filha.
_ Lindo nome. – comentei. Demetria não disse nada, apenas um curto sorriso e voltou a olhar para frente, admirando a paisagem. Agora estávamos quase saindo da capital, os prédios altos e pomposos já haviam sido deixados para trás, agora a predominância era de casas pequenas, com quintais grandes, lugares vagos com uma quando natureza em volta. _ Demi. – chamei-a cuidadosamente, ciente que ela queria evitar conversas. _ Eu amo a sua prima. – falei. Pude vê-la suspirar, mas nenhuma palavra foi dita. _ Não destrua meu casamento, por favor.
_ Não sou eu que vou destruir seu casamento, Joseph.
_ Não conte nada a ela. Por favor.
_ Por que não? – perguntou, olhando-me. Olhando de canto de olho, para não parar de olhar a estrada, pude ver que ela estava disposta a escutar minha parte da história, isso já era um bom começo. Não é?
_ Eu sei que o que eu fiz foi errado. – comecei. _ Eu lhe enganei... Eu juro que eu nunca tinha feito algo assim antes, eu não tive a intensão de lhe magoar, foi um acidente. – eu disse, meu coração novamente se apertou, pois novamente eu estava errando na maneira de como falar com ela. Sim, foi um acidente, mas o melhor acidente que poderia ter acontecido em minha vida, eu ainda amava Demetria, mas eu já tinha aceitado que não poderia existir nós dois.
_ Você realmente quer continuar com isso? – perguntou.
_ Com isso?
_ Mentindo. – eu não falei nada, passei bem enfrente ao buffet, agora estávamos oficialmente fora da capital e dentro de Lewis, pude ver um arco de luzes sendo instalado do lado de fora, da mesma maneira que Rachel havia me descrito, as flores já estavam sendo postas do lado de fora e um grande tapete vermelho, que passaria por baixo do arco de luzes, já estava sendo armado. Sem duvidas seria uma grande festa, Rachel havia pensado em todos os detalhes com atenção, fazendo de tudo para que fosse uma festa inesquecível. Isso se Demetria deixar que haja uma.
_ Eu realmente a amo.
_ Ama mais não pode ser verdadeiro.
_ Ela jamais me perdoaria por tê-la traído. – justifiquei-me.
_ E deveria? – perguntou.
_ Me desculpa, ok? Eu não tinha a intensão de falar daquela maneira com você.
_ Mas falou! – gritou, pela primeira vez mostrando o quão nervosa ela realmente estava desde que chegou.
_ Eu sei, e você não faz ideia de como me arrependo por isso. Eu não sou assim. – eu queria olha-la, mas não podia tirar os olhos da direção, mas eu queria que ela pudesse me ver e perceber o quão sincero eu estava sendo com ela.
_ Que seja. – deu de ombros.
_ Não conte a ela.
_ Me convença.
_ O que eu devo fazer para convencê-la? – perguntei.
_ Você já sabe como funciona, você conseguiu me convencer antes, faça novamente, mostre que ainda há esperanças para você. – falou. _ Prova-me que você realmente a ama e que não irá machuca-la.
_ Eu a amo.
_ Foi dessa mesma boca que eu escutei que eu jamais seria deixada e que eu era amada. E olha no que deu?
_ Demi...
_ Não me dê palavras. As suas não me valem mais nada. – falou. Eu não consegui dizer nada. O que eu poderia fazer? Ela realmente tinha razão, porque ela deveria acreditar em mim, agora mesmo eu já estava mentindo, não que eu não amasse Rachel, mas eu não havia esquecido meus sentimentos a Demetria...

Chegamos à rua onde moramos, parei o caro bem a frente da casa de Rachel. Já havia vários carros parados a sua porta, provavelmente de parentes e das amigas que vieram se aprontar em sua casa.
Demi tirou o sinto e abriu a porta.
_ Eu te ajudo. – falei, enquanto ela abria a porta para pegar Gabriela.
_ Eu posso fazer sozinha. – falou sem humor. Obediente, apenas recostei-me no capô do carro, observando-a acordar a garotinha.

Quando ela estava prestes a entrar na casa de Rachel ela olhou para trás, a minha direção.
_ Você ainda tem mais seis horas para me convencer.

(...)

O bom de ser homem é que não se necessita muito para ficar pronto, enquanto as mulheres ficavam feito loucas arrumando cabelo, fazendo unha, maquiagens... Eu apenas tinha feito meu cabelo e barba e só faltava eu por meu terno, pronto, depois disso só faltaria subir ao altar...
Sozinho no meu quarto, eu tinha a vista para a rua, eu podia ver a movimentação de carros, movimentação que só ocorre quando tem alguma comemoração, provavelmente Rachel tinha convidado todo mundo que viu na rua, desde que eu pus o anel em seu dedo eu pude ver que o nosso casamento, não seria um casamento, ela não estava muito preocupado com nossa união em si, afinal de contas, de certa maneira, já tinhas nos unido há anos atrás, mas sim porque seria o seu momento de princesa, tudo bem que o mundo não estaria olhando por nós, nosso casamento não passaria na TV ao vivo, não haveria nenhum jornal falando sobre ele, mas para Rachel, justo ela que mal saia de Lewis, talvez só tenha realmente saído quando foi comprar o vestido do casamento, - já que de acordo com ela, os vestidos de Lewis não estavam a sua altura. – mas fora isso, Lewis não é apenas sua cidade, mas seu mundo, saber que todos iriam aparecer e apreciariam seu momento era o mesmo que lotar um estádio de futebol para um show...

_ Você poderia me dizer o porquê da pressa? – perguntou Nicholas entrando em meu quarto, ele já estava praticamente pronto, bem mais adiantado que eu, para ser sincero, só faltava abotoar a gravata borboleta, cabelo e barba feita, terno passado e engomado, se eu fosse do tipo de pessoa que acha homem bonito, eu até diria que Nicholas estava ‘pegavel’.
_ Preciso da sua ajuda. – falei, assim que cheguei em casa e pensei um pouco na merda que estava prestes a acontecer, liguei para Nicholas e o aprecei para me encontrar, coisa que sei que não estava no seus planos, chegar cinco horas antes da hora. Se fosse por ele, ele se atrasaria mais que a noiva. Não que Rachel lhe tivesse dado essa opção.
_ Que? Não sabe por sua gravata? A aliança sumiu? Seu terno sujou? – perguntava, como se estivesse indignado com meu apelo, talvez a impressão de tive, – de que o tinha acordado, ao ligar para ele. – estivesse certa.
_ Demetria. – falei e ele se endireitou instantaneamente, vendo que meu pedido de ajuda não era frescura. _ Ela está aqui.
_ Que?
_ Ela é prima da Rachel. – falei, Nicholas olhou-me com o queixo caído, sem dizer nenhuma palavra, nem mesmo reagia, como se minhas palavras o tivesse petrificado. Não o culpo, tive uma reação bem similar ao ver Demetria mais cedo. _ fala alguma coisa. – pedi, aflito, ao perceber que ele realmente não reagia.
_ Cara, não brinca comigo.
_ Eu queria estar brincando. – suspirei derrotado. _ mas não. Não é brincadeira.
_ Mas que merda é essa? – perguntou, começando a andar de um lado para o outro, com a mão na testa e a outra na cintura. _ Isso... Isso. Você é burro? Como que você não percebe uma coisa dessas?
_ Eu não a conhecia. – não depois de crescida, pelo menos, ela havia mudado bastante, se ela for a menina na qual e lembro.
_ Você se casa com uma mulher e nem mesmo conhece a família dela? – perguntou, parando de andar de um lado para o outro – para o meu alivio. – mas assim que terminou o mini sermão, continuou a dar voltas.
_ A Demetria e a mãe dela são meio brigadas com o resto da família, nem mesmo era para elas virem, não Demetria, parece que ela decidiu isso de repente. – falei. _ Se é que você entende.
_ Então ela veio atrás de vingança. – concluiu.
_ Ela me disse que eu tenho até a hora do casamento para provar a ela que eu realmente amo a Rachel. – falei. Nicholas novamente parou de andar e veio em minha direção, cheguei a ficar assustado com seu olhar. Parecia até mesmo psicótico. Será que ele tinha bebido?
_ Já sei, chega lá, faz uma declaração de amor, leva rosas. – disse.
_ Demetria falou que não adianta palavras, ela não crê mais nas minhas. – lamentei-me
_ Dê só as flores, mulheres adoram flores. Dê a flor preferida de Rachel. – olhei para Nicholas. Ele estava de brincadeira, né?
_ Isso não vai adiantar.
_ Não se forem flores quaisquer, mas se forem as preferidas dela...
_ Eu não sei quais são as flores preferidas dela. – falei.
_ Chocolate, toda mulher ama chocolate.
_ Ela está fazendo dieta, se eu chego com chocolate ela que me dará o fora.
_ O que não seria uma má ideia, tudo sai bem no final. – falou.
_ Nicholas!
_ Tudo bem. Já sei, dá um CD Gospel.
_ CD gospel? – aquela sem duvidas foi a ideia mais ridícula de todas e ele pode perceber isso pela minha expressão.
_ Ué, ela não é da igreja?
_ Nicholas, para.
_ A imagem do santo que ela é devota.
_ Nós somos protestantes, Nicholas. – falei já começando a ficar irritado com as sugestões ilógicas de Nicholas.
_ Uma tatuagem com o nome dela e escrito ‘para sempre’ com um coração, alguma coisa bem brega e romântica, mulher adoras essas coisa.
_ Nicholas...
_ Faz de rena. – falou como se tivesse acabado de ter a ideia do ano. – é rápido, sem dor e sai, sem arrependimentos, no máximo ela fica um pouco decepcionada com você no final, mas aí não tem mais salvação, os votos já terão sido trocados.
_ Eu já saí de Vegas, não é mais hora de fazer loucuras.
_ É, mas aparentemente o que se faz em Vegas, não fica em Vegas, quando se trata de você. – falou. Nessa parte ele estava certo.
_ Olha, vá à casa de Rachel e pede para a Demetria vir aqui, fala que minha mãe quer conhecer ela, inventa um desculpa, só a traga.
_ Joe!
_ Por favor, Nicholas, essa é a única maneira.
_ Você vai prender ela aqui? – perguntou. Até que não era uma má ideia.
_ Eu vou conversar com ela... Mas se for necessário... – deixei em aberto. Situações extremas pedem medidas estremas, Os fins justificam os meios, resumo, desculpas para isso eu tinha.


Não parei para contar o tempo que demorou, da saída de Nicholas à chegada de Demetria, mas posso garantir que não foi nada rápido. Provavelmente Nicholas teve problemas em inventar com uma desculpa ou talvez tenha sido difícil conseguir fazer com que Demetria viesse a meu encontro. Eu não sou a pessoa que ela mais quer ver no mundo e isso já ficou bem claro para mim, por mais que isso ainda me doa.



_ Eu não vejo razão para que você tenha me trago aqui. – disse com os braços cruzados. _ Você não vai me convencer.
_ Demetria, eu só quero conversar, me dê um tempo, uma oportunidade. – eu esbravejava, eu estava desesperado por uma oportunidade, uma chance de talvez amolecer o coração de Demetria, mesmo sabendo o quão difícil isso seria desta vez.
Demetria revirou os olhos e ainda com os braços cruzado, calou-se, mostrando a sua intenção de me escutar.
Só nesse momento relaxei um pouco e pude olhar as coisas com mais atenção. Bom, enquanto eu estava totalmente despreparado, Demetria já estava deslumbrante. Com um vestido vermelho e longo, um decote em V, não muito grande, mas que já era o suficiente para virar a cabeça de qualquer homem (incluindo a minha), estava levemente maquiada, ela realmente não precisava de muito para ficar fantástica, sua unha estava feita, com uma delicada francesinha, ela ainda calçava chinelo, mas eu sabia que logo colocaria um salto. Seu penteado era um meio preso, meio solto, apenas a parte da frente estava presa e a parte de trás estava solta e cacheado, simples, mas bonito... Alias o que não é bonito nela?
_ Eu sei o que eu fiz com você foi errado. – fiz um silêncio, Demetria não disse nada. _ Eu nunca tinha feito nada assim antes... O que eu senti por você foi totalmente real – ainda é (eu quis dizer, mas claramente não podia). _ Eu me arrependo muito do que fiz, eu nunca tive a intensão de machucar ninguém, principalmente você. – Demetria me olhava, sem nenhuma reação, eu não sabia o que ela estava sentindo em relação as minhas palavras. _ Eu só te peço que você me deixe fazer sua prima feliz. – falei. _ Não diga nada a ela, por favor. – quase implorei.
_ Quando eu cheguei aqui à primeira coisa que a Rachel me perguntou foi se eu gostei de você, não foi se eu estava bem ou como tinha sido minha viagem, mas sim o que eu achava de você. – Demetria parecia se segurar para não chorar. _ Eu vi um brilho no olhar dela, um brilho que só quem ama tem. – hesitou em continuar. _ Você tinha isso no olhar quando me olhava também...
_ Eu não menti para você quando disse que te amo...
_ E onde está esse amor agora? – eu não respondi. _ Eu te coloquei no topo, eu sabia que você não era perfeito, ninguém é, mas eu te colocava no topo, você era o mais perto do perfeito que eu conheci. – engoli o seco. _ Eu caí no seu feitiço. Eu me joguei em um amor que eu não deveria ter me jogado. Eu pensei que eu já tinha amado alguém, muito, mas não, não é do mesmo jeito que eu amo minha filha ou meus pais, mas é tão forte é algo que eu nunca senti... Quando eu descobri a verdade, tudo aquilo que eu achava, começou a cair, o perfeito já não era mais perfeito, você me destruiu. – Ela parou por alguns instantes. _ Eu ainda te amo. – falou. Senti meu coração dar um tranco ao escutar aquelas palavras, ela ainda me ama, assim como eu ainda a amo. _ Eu não queria que estas coisas estivessem acontecendo, eu não quero criar uma guerra, não quero brigar mais, eu não quero destruir as ilusões da minha prima, eu a amo, e você não a merece. – falou, ela tinha razão, Rachel podia ser tudo, mas ela sempre foi sincera comigo e nunca havia me enganado, ela não merecia um cara como eu, eu não a merecia mais, eu não era mais o cara perfeito para estar a seu lado, não mais. _ Eu quebrei minhas paredes por você, eu fui uma bola de demolição.
CONTINUA

Capítulo pronto e postado, e aí galera, haverá casamento ou não?
Nessa semana minhas aulas começam, isso quer dizer, se eu já estava demorando para postar, agora sim vai ficar pior L ... Mas não irei abandonar vocês, tentarei postar pelo menos uma vez por semana, provavelmente no sábado ou no domingo.
Queria muito agradecer aos seguidores do blog, 65? 6 deles só nesse começo de ano! É um crescimento bem grande para mim.
Ah, sim, não podia esquecer-me disso, quem está ansiosa? A bebê Jonas pode nascer a qualquer momento!!!!
Não se esqueçam de comentar/avaliar.
Bjsss

Kika: Pois é, desta vez eu surpreendi a todos :P escutei sim e adorei... O próximo capítulo que vai ter inspirado nele vai ser a música Sem ti. Bjssss
Silva: Não precisa pedir desculpas, eu te entendo completamente, também estou atrasada nas fics que leio. Não vou dizer que sou fã número um, mas confesso que gosto da Vanessa, sou da época de HSM, então acha que admira-la é meio inevitável :p até tenho algumas músicas dela no meu pc, mas confesso que gosto mais da atuação dela... Sobre o cabelo da Demi, eu também não sou fã de rosa, mas eu adorei a cor no cabelo dela *--* Muito obrigada por comentar. Bjsss
Carine Santana: Bom, você pode estar certa... Ou não hahaha, vamos ver, no próximo capítulo você verá :p. Muito obrigada por comentar. Bjsss
Samara: Wow, casa comigo? Hahahaha brincadeira... Sério, muito obrigada pelo comentário, você não sabe como é bom ler algo assim, é tipo, mágico, sério, muito obrigada mesmo. Bjssss
Shirley Barros: hahaha Surpreendi a você desta vem, em? :p Pois é, a Demi pode demolir ou ser demolida, vamos ver o que vai acontecer... Qual é a sua aposta? Obrigada por comentar. Bjsss
Karol Rodrigues: hahaha, sem problemas, quais são suas apostas para o próximo capítulo? Muito obrigada por comentar. Bjsss