sexta-feira, 29 de março de 2013

25º CAPITULO “Ela estava feliz” - AMOR EM GUERRA.


Talvez por ver que tudo está ficando cada dia pior, ou por uma maré de desanimo, agora eu apenas espero meu fim.                                                                                                                                        
Desde a cirurgia, já se havia passado duas, torturantes, semanas, tudo continuava da mesma maneira. Minha vida era do hospital para casa, assim como a de Denise, meu pai e Logan. Miley agora ia dia sim, dia não, pois essa rotina estava começando a ficar cansativa para ela. Os tios de Joe tiveram que voltar para o Texas, mas o avô continuou aqui. Paul agora nem sempre ia ao hospital conosco, pois sua licença do trabalho havia espirado e ele precisara voltar. Eu estava tendo sorte, pois até agora não tinham exigido minha volta ao trabalho, mas outros professores que me conhecem, já me deram a noticia de que em breve pedirão que eu volte a dar aula, mesmo sabendo que em questão de poucos meses eu terei outra licença para a maternidade. Kevin e Nick, agora estavam em alguma missão com o exército, e não podiam mais vir, Rick não voltou mais, mas Thomas, que sempre que podia vinha visitar, me informou que ele ainda estava em Fort Bragg. Eu estava fazendo o monitoramento da minha pressão, que, graças a Deus, não voltara a me dar problemas, mas está é a única noticia boa, pois o que mais me importava, que é Joe, ainda não tinha dado sinal de vida e tampouco voltara a tocar-me.
Minha vida já tinha se transformado em um buraco negro, que sugou toda e qualquer felicidade que eu pudesse ter. Eu apenas sobrevivo. Sei que isso é o horrível, eu ainda tenho uma família, eu tenho um bebê que necessitará inteiramente de mim, mas Joe levou uma parte de mim que se nega a curar, por mais que as vezes eu pense em ser forte, em fingir que não me importo mais, até que meu cérebro se convence disso e minha melhora se torne natural, eu desisto depois das primeiras horas.
Eu não sou forte.

Apenas espero o meu fim.


JOE

Se a vida é difícil, a morte pode se mostrar tão difícil quanto, principalmente quando ela está do seu lado, mas não te leva e nem te deixa ficar. É como se tivesse uma guerra entre a vida e a morte, e eu fui o infeliz que teve a "sorte" de ficar entre elas. Eu não estava morto, pelo menos não na maior parte do tempo. Mas também não estou vivo, eu não me sinto mais vivo, eu estou perdendo minhas forças e minhas habilidades cada vez mais. O que demonstra o quão doente eu estou.
Pode parecer burro da minha parte, por várias vezes, nestes últimos dias, eu pensei isso de mim mesmo, mas eu, ao ver meu estado, decidi que talvez fosse hora de me afastar.
Minha decisão não foi tomada de uma hora para outra. A cirurgia me ajudou muito decidir assim. Por quê? Por várias vezes eu fui para aquele mesmo lugar que vi quando fui atingido pela bala, vi a mesma luz que me atraia, mas que não chegava a mim, eu senti a mesma paz, e de maneira tão dolorosa quanto na última vez, eu voltei.
Voltei a tempo de ver os médicos loucos tentando retomar minha vida, voltei a tempo de ver minha mãe com os joelhos vermelhos pelo tempo em que ela ficou ajoelhada, rezando por mim, eu cheguei a tempo de ver Demi sendo hospitalizada após passar mal.
E tudo isso por quê? Todo este sofrimento foi causado por quem? Só há uma resposta. Eu. Eu sou o causador de toda esta confusão. Eu sou o que impede que todos possam seguir em frente. Para meu pai ou para Eddie, meu afastamento não traria grandes diferenças, mas para Demi e minha mãe seria algo que demonstraria que eu me afastei, no começo sei que elas sofreram muito, mas sei que esta foi a melhor solução.

Eu não me afastei completamente, acho que não sou capaz de fazer algo assim, fora que não é muito fácil se afastar após ficar escutando suas suplicas para que eu volte todos os dias, a única coisa que fiz foi me controlar para não ter nenhum tipo de contato físico, não é fácil, eu vejo suas lágrimas e escuto seus lamentos, o que eu mais quero fazer e consola-las, cuidar delas, responder seus pedidos, mas se sedo agora, sei que depois, se o pior acontecer, será pior ainda.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                   
Eu tinha que me conformar. Eu não sou mais um deles, eu estava vivendo num outro “lado” do universo, um lado desconhecido e que apavora, mas este é o meu novo lugar.

--
As horas passavam lentamente, não só para Demi, mas também para Joe. Ambos estavam tristes e sem esperanças, ambos sofriam com a possibilidade de um fim.
Demi tentava se manter bem, tentava esquecer o fato de estar perdendo Joe, tentava esquecer de Rick, tentava se concentrar em ficar bem e saudável pelo seu bebê, mas por varias vezes falhava, todos podiam ver que Demi havia mudado muito, a Demi de hoje de nada se parecia com a Demi de um mês atrás, sua aparência estava mais frágil, seu tom de voz sofrido e seu olhar perdido, mesmo que por varias vezes ela tenha tentado forçar um sorriso, quem parasse para observa-la saberia muito bem que era puro fingimento. Denise também havia piorado bastante, até mesmo sua fé vinha sendo abalada, isso não ajudava nada, pois Paul começara a ficar desesperado.

Teste e mais testes, exames e mais exames, mais operações foram marcadas, os médicos estavam travando uma guerra contra a morte. Joe estava piorando, sua saúde começou a ficar mais fraca e, por consequência, suas chances menores.


_ Demi. – disse Miley. _ Você já vai completar quatro meses e meio, e ainda não preparou nem pensou em nada. Poderíamos sair um pouco para olhar roupinhas, objetos para o quarto... – sugeriu.
_ Eu não acho que seja um bom momento. – respondeu Demi. Ambas estavam no hospital, assim como Eddie e Denise.
_ Ah Demi, seria bom você sair um pouco desse hospital. – insistiu. _ Talvez isso te ajude um pouco.
_ Eu não estou muito animada para isso. – falou Demi. _ E se algo acontecer, eu prefiro estar por perto.
_ Demi, se alguma coisa acontecer eles vão nos avisar. E nós corremos de volta para cá. – continuou Miley. _ E também, não iremos muito longe, vamos a uma loja daqui da capital mesmo.
_ Miley...
_ Vai Demi, por favor, eu não aguento mais te ver trancada aqui. – pediu. _ Vamos, vai ser bom. – Demi pensou um pouco, respirou fundo:
_ Aqui perto? – perguntou.
_ Juro, eu fiquei sabendo de uma loja que é muito boa, que deve ficar a umas duas quadras daqui. Se acontecer algo nós voltaremos correndo. – confirmou Miley.
_ Ok. – Demi deu-se por vencida. No fundo ela também queria sair daquele lugar e realmente já estava na hora de começar a pensar sobre as coisas do bebê.  Com Joe vivo ou não, acordado ou não, aquela criança nasceria e Demi não poderia deixa-la desamparada.

Demi avisou a Eddie e Denise que iria junto a Miley para a loja de bebês. Eddie ficou muito animado, atreveu-se a dar um largo sorriso, coisa que já não dava há muito tempo, primeiro por causa do momento em que está vivendo e depois pelo cansaço que seu novo estilo de vida o esta deixando. Denise também ficou muito animada, tanto que decidiu ir junto a elas. Assim como Demi, Denise precisava de um tempo longe daquele hospital, precisava tentar preencher sua mente com algo que a fizesse esquecer que seu filho estava em coma no hospital, comprar as roupas para seu futuro neto seria uma boa opção.

A loja era realmente perto do hospital, assim como Miley disse, apenas duas quadras de distancia. A loja é grande e vende de tudo, roupas, brinquedos e moveis para montar o quarto, uma coisa mais fofa que a outra, os preços eram bem variados, com coisas que poderia ser acessível para todos até coisas que Demi, com seu salario de professora, jamais conseguiria comprar.
Era uma coisa mais fofa que a outra, os bercinhos, as roupinhas, os sapatinhos, os brinquedinhos, era de se encher os olhos. Ver tudo aquilo mexeu com Demi, ela já sentia amor pelo bebê desde o primeiro dia, se sentiu realizada desde o primeiro ultrassom, mas agora, naquela loja, enquanto mexia em um par de minúsculos sapatinhos para bebê se sentiu mãe. Agora tudo parecia bem mais real bem mais intenso e certo. Agora Demi agia como uma mulher gravida, ela estava se preparando e ansiando pelo dia do nascimento da criança. Isso era bom. Demi se sentiu leve e feliz. Ela estava feliz.

                CONTINUA...    

Desculpa a demora, minha internet esta me deixando na mão nestes últimos dias, mas eu não deixei vocês na mão, como prometido mais um capítulo postado hoje.  
Estou aproveitando este feriado para poder escrever o máximo que posso e acho que domingo já posto o próximo capítulo.
Não se esqueçam de comentar/avaliar.
Bjsss.

Juh Lovato: Obrigada por comentar. Que bom que gostou, em poucos capítulos você poderá ver se você está certa ou não...
Eu vou mandar de novo.
Bjss linda.

Eriimiilsa: Que bom que você está bem. Eu realmente fico até sem saber como lhe responder a este comentário, não o quão feliz eu fico ao ver que consigo causar este sentimento em alguém que lê minha fic. Realmente, muito obrigada mesmo.  Saber disso me dá animo para continuar a escrever, mesmo quando eu não estou tão bem.
Enquanto sobre sua suposição, pode ser que sim ou não, quem sabe? Nesta historia tudo pode acontecer J
Muito obrigada. Bjss.

24º CAPITULO "Apenas espero meu fim" - AMOR EM GUERRA


Em um dia eu passei de ansiedade para nervosismo, para culpa, para tristeza, para culpa novamente e agora para medo. Muita coisa para um dia só. Coisa demais para mim.
 Eu senti uma dor forte atrás do pescoço. Forte até demais para o meu gosto. _ DEMI. - foi a última coisa que eu escutei e depois nada além da paz.
                                                                               
Aquela risadinha sínica, agora tinha som, e ela ecoava em minha mente, de maneira estrondosamente alta enquanto lentamente eu perdia todas as minhas forças. Seu rosto ia ficando distorcida em minha visão, mais longe e imperfeita, mas sua risada continuava lá, mais alta e mais alta, continua, sem pausa, ele não parava para tomar folego, o seu entusiasmo em me ver cair frente a ele fazia com que sua necessidade de ar fosse colocada em segundo plano. Eu sabia que ele aproveitaria este tempo para extravasar todo o ódio que depositara em mim após eu ter lhe desafiado.
Parecia uma tortura, eu não tinha nenhuma força, toda ela tinha sido sugada, sei lá por quem, sei lá onde, sei lá como. Mas como se fosse teimosia ou falta de sorte, meus olhos não se fechavam totalmente, meus sentidos, já fracos, não paravam totalmente, eu gastava uma energia desnecessária para manter-me consciente, mas porque? Se o que eu mais queria agora era apagar completamente, porque raios eu continuava lutando? Eu já estava no chão, Rick tinha vencido, e já dava sua risada de vitória. Acabou.



Acordei em uma sala branca igual a que Joe ficava quando estava internado, eu nem mesmo me lembrava de o que tinha acontecido só me lembro de que em algum momento apaguei completamente, não sei por que nem por quanto tempo.
Soro estava sendo injetado em meu braço e havia maquinas monitorando meus batimentos cardíacos.
_ Demi? - escutei alguém me chamar, meus olhos ainda estavam lutando para se acostumar com a claridade do quarto. _ Ah minha filha, graças a Deus você acordou. - eu pude ver o alivio em seu rosto, a partir do momento em que meus olhos começaram a conseguir focalizar melhor os detalhes.
Meu pai estava bem do meu lado, em pé, se dobrando sobre minha cama, para poder me tocar. Ele me tocava com se eu fosse a pedra preciosa mais rara do mundo.
_ Onde eu estou? - perguntei, como se não fosse obvio. Não me juguem, a pergunta foi idiota, mas digamos que minha consciência ainda estava na luta, tentando se decidir se eu deveria acordar ou não. Pessoas nesta situação, ou fazem ou falam coisas retardadas.
_ Você está no hospital filha. Você teve uma alta de pressão. - explicou-me. Alta de pressão? Desde quando eu tenho pressão alta? Pior, casos de morte no parto, tanto a mãe quando a criança acontece por causa da pré-eclâmpsia, que é o aumento exagerado da pressão.
_ E meu bebê? - perguntei, o nervosismo estava presente em minha voz e também na maquina que monitorava meu coração, que começou a bater mais rápido.
_ Calma filha. Esta tudo bem agora, os médicos conseguiram normalizar seu caso antes que o pior pudesse acontecer. Só que tiveram que lhe deixar de repouso para que pudessem monitorar tudo. - falou. _ Você não pode ter estas altas de pressão desde jeito, isso não irá lhe fazer bem. - enquanto eu assimilava tudo aquilo que meu pai me disse, fui me acalmando, porem o efeito de calma foi passageira assim que me lembrei de Joe.
_ E Joe? Onde ele está? Como ele está? - perguntei, mesmo que eu tentasse controlar minha voz, aquela maldita maquina ligada a mim denunciava a minha excitação. Deu-me uma vontade louca de desconectar aquela parafernália de mim, eu já estava bem o suficiente para não ficar mais ligada a elas, e aquele barulhinho de "pib" que se acelerava cada vez que eu fazia uma pergunta já estava me irritando. Só não o fiz porque sei que meu pai iria me impedir ferozmente. Eddie é um doce de pessoa, mas em casos extremos ele pode ser bem violento. Só em casos extremos, tipo impedir que a filha arranque aparelhos de si.
_ Demi acalme-se. - pediu. Como se fosse fácil... _ A cirurgia já acabou, digamos que você está a quase um dia desacordada. - falou. Merda, eu queria tanto ter visto o doutor saindo da sala de cirurgia e dando a boa noticia de que Joe estava bem.
_ E então? - perguntei, eu ansiava por mais noticias. Meu pai realmente acreditava que eu me contentaria apenas com um "A cirurgia já acabou"? _ Pai? - ele não dizia nada.
_ Os médicos disseram que ocorreu tudo bem, que o principal objetivo que era tirar o projetil de sua cabeça foi concluído com sucesso. - falou. _ Só que nem tudo saiu como o esperado. - falou ele. Esperei que ele fosse mais claro. _ Ele ainda não acordou Demi. - disse ele olhando para baixo, como se ele se sentisse mal por isso ter acontecido, mas não o 'mal' por estar triste, mas como se ele tivesse falhado em algum momento. _ Eles fizeram os testes e nada deu certo, e os exames continuam apontando uma porcentagem muito pequena de chance de que alguma coisa vá mudar. - concluiu.
Eu não precisava escutar mais nada, eu não queria escutar mais nada, minha vida estava desmoronando e não tinha nenhuma previsão de que o fundo do poço chegaria rapidamente, enquanto isso eu me deixava afundar, só esperando que meu limite chegasse. Só esperando o fim.
_ Ele está vivo Demi. - disse meu pai, eu continuei em silêncio. _ Ainda há esperança.
Esperança... Esperança de quê exatamente? O que eu devo esperar? Por dias eu esperei por esta cirurgia, esperançosa de que dela sairia um Joe acordado e que questão de poucos dias estaria montando nossa vida. Fui burra? Iludi-me? Talvez sim. Eu sei, os médicos em nenhum momento falaram que a cirurgia lhe daria garantia de acordar, mas eu me lembro bem de escutar eles dizendo que as possibilidades aumentariam consideravelmente. Então porque tudo continuava da mesma maneira? Porque Joe ainda estava preso àquela cama, com chances de não sair vivo? Do que me adiantou acreditar em Ian? De que me adiantou encher-me de esperança, se no final ela só me fez ficar decepcionada?
E agora outra coisa me intriga. Não faz muito tempo que eu acordei, mas até agora eu não senti nada, assim como não senti desde que Joe entrara naquela sala de cirurgia. Porque ele não está mais aqui? O que realmente aconteceu?

Meu pai estava do meu lado, dentro de mim há uma criança, que se demonstra tão forte - mesmo após todos os meus problemas, continuar viva e saudável -, sei bem que aqui no corredor há familiares e amigos, que estão preocupados, tanto comigo quando com Joe. Mas mesmo rodeada de pessoas, eu nunca me senti tão sozinha.

Não foi muito fácil convencer os médicos que eu estava bem o suficiente para sair daquele quarto, eu tive que passar por uma bateria de exames e conversei com o mesmo médico que havia me consultado um dia antes da cirurgia de Joe. O doutor me recomentou ficar atenta a esta dor me deu antes do desmaio, pois isso já é um sintoma de que minha pressão está alta. Depois ele me fez prometer que todos os dias eu iria à enfermaria tirar pressão, para que ele pudesse fazer um controle. Como eu não tinha alta da pressão antes do doutor acredita que ela surgiu graças à gravidez, já que a mulher automaticamente tem a pressão alterada neste momento, conciliada com o estresse de todos estes últimos acontecimentos.
Agora, mas que nunca, eu preciso fazer o que me parece quase que impossível. Acalmar-me. Eu teria que manter-me calma, mesmo com todos os motivos para me desesperar. Quando eu enfim acho que já chegou o meu limite, aparece mais alguma coisa para me ajudar a cair mais ainda. 
•             Joe não tinha acordado;
•             Joe não me tocava mais;
•             Eu estava correndo risco de vida, graças ao meu atrevimento frente a Rick;
•             Eu estava com pressão alta, pondo em risco a minha vida e também a do meu bebê;
•             E para completar a minha desgraça, Paul esta querendo considerar a opção de eutanásia.                                                                                                                                                                                                                                           
Agora eu me pergunto o que eu fiz de tão mal para merecer tudo isso? Foram as minhas fugidas de casa? Foram os meus pensamentos maldosos contra o governo, quando Joe fora mandado em sua primeira missão? Devo eu acreditar que isso é Karma? Se fosse Karma, por acaso é justo eu pagar por algo que fiz na vida passada, na qual nem mesmo sei se acredito ou não?

Assim que fui liberada meu pai me permitiu entrar no quarto em que Joe estava, sua aparência de nada tinha mudado, ainda tinha vários tubos e máquinas conectados a ele, sua cabeça continuava enfaixada, agora por causa da recente cirurgia, e ele se mantinha tão imóvel quanto uma estatua.
Desta vez tudo seria diferente. Eu sempre chegava no quarto de Joe, me sentindo péssima, começava a chorar, mas logo eu o sentia e era como se toda minha dor fosse substituída por uma paz e uma força para seguir tendo esperança de que talvez no próximo dia ele acordaria de seu coma e as coisas voltariam a ser como eram. Porem hoje, eu estava me sentindo péssima, eu comecei a chorar, mas não houve toque, nada, nada que tirasse a dor de mim e a substitui-se pela paz e força que eu tanto preciso.

Voltei para casa juntos com Miley, Logan e meu pai. Denise e Paul também voltariam porem mais tarde, os tios de Joe passariam a noite lá desta vez. Fiquei feliz por Paul também voltar para casa, ainda gosto dele, ele sempre foi um ótimo sogro para mim, mas eu não confio nele mais, eu sei que falta pouco para convencê-lo de fazer o pior, o que faz com que a recuperação de Joe se torne um caso de urgência maior ainda.

Logan e meu pai iriam ficar comigo em casa, e como era de se esperar, papai ficou encima de mim, cuidando de mim como se eu fosse uma criancinha de dois anos, toda hora perguntava se eu precisava de algo, se eu sentia alguma dor, se eu estava com fome. Não o jugo, pois logo sei que me tornarei mãe, e serei da mesma maneira com a minha criança. 
_ Logan. - chamei-o, enquanto meu pai tomava banho, eu e Logan ficamos na sala, assistíamos a um programa de calouros a cantores, na qual ainda estava na primeira etapa, eu não estava prestando muita atenção, pois havia uma duvida que não fora tirada pelo meu pai, quando eu o perguntei no hospital, que não me deixava em paz.
_ Sim. - respondeu, parando de prestar atenção na TV e olhando para mim.
_ Aconteceu alguma coisa de errado? - perguntei.
_ Como assim?
_ Algo de errado com Joe? ... Na cirurgia? - especifiquei-me
_ Porque você está me perguntando isso? - perguntou Logan, na defensiva. Para mim já era uma resposta, Logan não era de enrolar muito, a não ser quando escondia alguma coisa.    
_ O que aconteceu? - perguntei.
_ Nada.
_ Logan, por favor, não minta para mim. - pedi.
_ Eu não estou mentindo. - falou, virando sua atenção para a TV novamente.
_ Logan, você engana o papai, não a mim. - deixei claro. De tanto cair em suas mentiras e de vê-lo mentir, acabei ganhando a capacidade de decifrar os sinais que ele dá quando esta mentindo, como por exemplo, enrolar demais em uma resposta, ou não conseguir manter o olhar no seu.
_ Demi, o Joe está vivo, isso é o que importa. - falou ele, já um pouco estressado, por estar sendo interrogado.
Mas será que minha vida agora será baseada na frase "O Joe ainda está vivo, ainda há esperança, isso é o que importa"? Havia algum problema em apenas me falar o que está acontecendo?
_ Qual é o problema de vocês? - perguntei indignada. _ Qual é o problema de me falar a verdade? Eu só escuto esta frase! - calei-me. Logan, ao ver minha indignação virou-se para mim.
_ Demi, só tem coisas que talvez seja melhor deixar como está. - falou.
_ Ah claro, bem legal da parte de vocês, eu sou mulher dele Logan, isso não me dá o direito de saber o que está acontecendo com ele? - Logan respirou fundo, eu provavelmente o tinha feito pensar no caso.
_ Se eu lhe contar, você jura que não contará nada para papai?- perguntou ele.
_ Prometo.
_ O Joe sofreu três paradas cardíacas durante a cirurgia. - Falou ele. _ Digamos que isso só piorou a situação dele.
Então era isso que estavam me escondendo, Joe praticamente morreu por três vezes durante a cirurgia. Seria este o motivo pelo qual ele não me toca mais? As paradas cardíacas o havia incapacitado de se comunicar comigo? Sei que isso não é brincadeira, mas seria capaz este ser o único motivo que o impedia? Poderia ter algum outro motivo, mais grave, que todos estavam me escondendo, achando que isso é o melhor para mim?
 Eu não disse nada, eu não sabia o que dizer, eu não posso fazer nada. Eu estava me sentindo tão incapaz, o Joe lentamente esta se escapando das minhas mãos, não sei o que fazer e não se a quem eu posso recorrer. Minhas forças estavam se esgotando, prova disso é que em pouco tempo eu já tinha desmaiado mais de uma vez, minha esperança já agoniza, há um buraco em mim, algo incompleto, me fora arrancado uma parte importante de mim, há uma cicatriz que não se cura, que espera que o que lhe fora arrancado volte. Se algo acontecer com Joe, será o meu fim.
Talvez por ver que tudo está ficando cada dia pior, ou por uma maré de desanimo, agora eu apenas espero meu fim.      
                                                                                                                                  
                   CONTINUA...

Como prometido, capítulo postado, mas tarde eu posto o outro, as respostas aos comentários também ficará para o capítulo de logo mais.
Bjss.
#DemiWhiteOut

terça-feira, 26 de março de 2013

23º CAPITULO "Nada além da paz" – AMOR EM GUERRA


_ Desde que começou a cirurgia que eu não o sinto mais. – disse Denise, aparecendo do meu lado e me assustando. Então ela também o sentia? Ela ainda segurava seu terço na mão. _ Eu acho que ele se foi.

E se? E se o fato dele não estar aqui ao meu lado agora realmente significar que ele morreu? Eu não queria me desesperar agora. Eu tentava achar uma explicação logica para tudo isso, mas, como achar uma logica em algo que por si só já é ilógico? 
Apenas uma de uma coisa eu estou certa. Aconteceu algo.
Podemos dizer que ele tenha se recuperado graças a cirurgia e por isso não esta mais aqui, para mim esta é a explicação que eu mais gostaria que fosse real; poderíamos dizer que por causa da cirurgia ele ficou incomunicável, improvável, mas é uma hipótese; e por último, na mais devastadora hipótese, Joe havia morrido e com isso seu espirito não estaria mais conosco. Mas, se a última opção fosse real já teriam nos avisado, certo? Na verdade não sei, mas pensar assim é melhor.  
Luto contra as palavras de Denise. “Eu acho que ele se foi”. Não! Eu não quero acreditar que ele tenha ido. Ian prometera que faria seu melhor para tentar salvar Joe e eu confiei nele. Confiei e ainda confio, eu confio que ele não deixará Joe falecer em suas mãos.

Eu e Denise conversamos mais um pouco, na esperança que nossa conversa fizesse com que o tempo passasse mais rápido e nos fizesse esquecer o pavor que esta tomando conta de nós.
Denise me confidenciou que sentiu o toque de Joe no primeiro dia de visitas, assim como eu, porem pensou estar louca, ela até tinha falado sobre isso a Paul, na esperança de não ser a única, mas ele a reprimiu, dizendo que ela estava ficando louca. Paul não é uma má pessoa, mas desde que Joe fora internado ele tem se mostrado bem menos controlado, sempre quieto, pouca conversa e estressado na maior parte do tempo, porem todos sabem que é coisa do momento, o terror de perder o único filho o fez ficar assim, mas eu sei que assim que Joe acordar ele ficara melhor, ele nunca irá mudar, ele nunca se transformará em alguém como Rick.
Denise também me disse que achava que eu também sentia Joe, pois, ao contrario do que eu mesmo achava, ela me observava e disse que não importava se eu saia com os olhos vermelhos de tanto chorar do quarto do hospital, eu sempre saia mais animada, como se mesmo triste houvesse algo em mim que dissesse que não há motivos para desistir. Mesmo considerando a hipótese de eu também senti-lo, ela não falou nada comigo, pois temia que minha reação fosse a mesma de Paul.
Não a condeno, eu mesmo escondi de todos isso, conheço muito bem meus amigos e familiares, sei que eles jamais acreditariam em minha palavra. Esconder me pareceu melhor, pois eles poderiam começar a tentar me afastar de Joe com o intuito de manter minha mente sana.

Talvez, nos fim das contas, Denise e eu sejamos loucas.

Ficamos naquele jardim por quase duas horas, até que a tranquilidade começou a ser torturadora. Estava claro que Joe não apareceria, nossa conversa já não ajudava em nada a nossa distração, já que os assuntos variavam em Joe e como eu criaria nosso filho caso ele venha a falecer.
Voltamos para o corredor da espera e pouca coisa havia mudado.
Meu pai ainda estava sentado, mas lia uma revista, Logan estava em pé, encostado na parede, Paul, Carlos e os tios de Joe continuavam da mesma maneira, assim como Miley, que só tinha mudado de posição, cruzando sua perna direita. Kevin e Nick haviam sentado e junto a eles tinha alguém que eu conhecia muito bem, e tinha até me surpreendido por não ter vindo antes.
Thomas.
Assim que ele viu eu e Denise chegarmos, prontamente se levantou de seu lugar e nos abraçou forte, nenhuma palavra, apenas um abraço, que por si só já significava muito.
Thomas é um capitão aposentado do exercito, ele foi o capitão de Joe nos primeiros 9 meses dele no exército, porem depois que aposentou Rick tomou seu posto.
Thomas é uma pessoa totalmente diferente de Rick. Velho, com uma careca bem visível e rugas que não o deixa ocultar seus 64 anos de vida, Thomas, apesar da crueldade e da tristeza que já teve que presenciar no exército, é a pessoa mais pacifica, calma e gentil que eu já conheci.
Não sei como ele era como comandante, mas é de se duvidar que ele conseguia alguma coisa, seu tom de voz é bem fraco para o normal, sempre fala em um tom de voz inalterável, baixo, suficiente apenas para quem esta ao seu lado escutar e mais ninguém. Sabe escutar como ninguém e em poucas palavras pode fazer você rever toda sua vida. Apesar da idade e das rugas ele ainda apresenta uma saúde invejável, nenhuma bengala ou óculos para auxilia-lo. As únicas marcas da guerra estão em seu braço esquerdo que tem manchas da queimadura que o deixou internado por quase 6 meses no hospital, ainda sim, com o braço todo queimado, ele voltou para o exército e se tornou capitão. Só se aposentou quando percebeu que era melhor parar, ele era o mais velho da corporação e sabia que já havia chegado o momento de parar, coisa bem difícil no exercito, primeiro, soldados morrem cedo ou então se aposentam com pouco tempo de serviço. Thomas foi um caso a ser estudado.

_ Admiro sua força. – falou ele, ele já havia parado de conversar com Kevin e Nick e agora viera falar comigo, aproveitando que meu pai fora fazer uma refeição, junto a Logan, Miley e Denise. Prometi que iria depois e consegui convence-los depois de muita discussão.
_ Obrigada. – eu disse. Eu não me via com muita força, mas se eu estava conseguindo mostrar para todos uma força inexistente, era melhor, pois assim ninguém ficaria preocupado comigo.
_ Sabe Demetria, quando eu vim, eu havia trazido uma pessoa comigo, porem esta desistiu de entrar depois de ter sido derrotado. – falou. Olhei para ele com uma cara de desentendimento, o que ele queria dizer? _ Rick. – esclareceu. Virei os olhos e ele riu. _ Mas uma para a lista de “Pessoas que odeiam Rick”. – falou humorado. Eu não pude deixar de dar uma leve risada.
_ Ele não é uma pessoa muito agradável. – falei, por fim.
_ Concordo plenamente. – disse ele. _ Mas ele tem seus motivos. – falou.
_ Você não vai me fazer gostar dele. – deixei claro. Thomas é uma pessoa muito boa e amiga, claro que acabaria sendo amigo de Rick, e provavelmente agora tentaria me convencer de que ele era uma boa pessoa, assim como Joe havia me dito uma vez. Não me importa se a mulher dele morreu. Minha mãe também morreu e meu pai nunca chegou para uma mulher gravida dizendo que queria que ela perdesse o seu bebê. Ninguém me fará rever meus conceitos contra Rick.
_ Acredite, não é esta a minha intensão. - falou ele. Houve um tempo de silêncio. _ O que você disse exatamente a ele? - perguntou Thomas.
_ Eu disse que ele era frio do jeito que é porque havia sido traído pela mulher. - resumi. Não foi preciso dizer nada, apenas a cara de dor, misturado com pena que inundou a rosto de Thomas, dizia tudo, eu tinha feito uma grande borrada. _ Eu não sabia ok? Eu não sabia que ela tinha morrido. - tentei me defender, mesmo sabendo que isso de pouco adiantaria. Thomas respirou fundo antes de começar a falar.
_ Eu conheci Rick antes dele ir para o exército, eu o conheci bem antes disso. Eu pude conhecer o real Rick. Tanto ele quanto eu morávamos aqui em Fort Bragg, eu já estava em treinamento para me tornar soldado quando Rick se casou. Eu mesmo tive o prazer de ser padrinho de seu casamento. - falou com um sorriso de canto no rosto, a lembrança do antigo Rick parecia fazê-lo bem. _ Eu já tinha sido enviado para a guerra, mas quando tirei licença recebi a noticia de que Rick e sua mulher tinham se mudado para Nova York, ela trabalhava como secretaria e ele havia se tornado bombeiro.
 _ Ironia. - falei, interrompendo-o. _ De salvador de vidas a matador. - disse pensando alto, esquecendo-me de que tanto Thomas quanto Joe eram soldados e poderiam ter tirado vidas de outras pessoas também.
Para qualquer um, que tenha orgulho de ter sido ou ser soldado, minhas palavras feririam o ego e provavelmente eu receberia uma palestra de sermões de volta, sobre como os soldados são heróis e toda aquela coisa que todos dizem. Mas Thomas é diferente, ele até mesmo ri. Será que ele não percebeu que minha critica também o afetava ou ele não ligava tanto quando eu achava que poderia ligar?
 _ Eles estavam construindo uma vida solida por lá. - disse, continuando a contar a historia. _ Mas como não temos o controle dos acontecimentos o pior aconteceu. - falou, tirando todo o humor que estavam em seu rosto a segundos atrás, ele também sentiu a dor da perda de Rick.  _ Ela trabalhava em um escritório que tinha nas Torres Gemeas. – outra parada. _ Rick fora obrigado a socorrer pessoas que ele não conhecia, a cuidar de pessoas que ele jamais vira, mesmo sabendo que sua mulher estava em algum lugar, pedindo socorro, perdida ou já morta, ele não podia negar ajuda para salvar a sua mulher, ele teve que esperar que seus outros colegas a achassem. Infelizmente já morta. - falou ele.
Eu já me senti culpada e fiquei com a mente pesada por varias vezes, como por exemplo, a primeira vez que fugi de casa para me encontrar com Joe, quando eu voltei para casa eu me senti a pior filha do mundo, pois estava descumprindo regras impostas por meu pai e ainda estava mentindo para ele. No final das contas ele descobriu, mas a culpa me torturou por pelo menos cinco dias seguidos. Outra vez foi quando no momento de estresse gritei com um dos meus alunos, não xinguem nem mesmo bati, claro, mas gritei de uma maneira que nunca gritei, tudo isso porque eu já tinha chamado a atenção dele mais de duas vezes, pode parecer bobo, mas eu fiquei mal, porque depois vi que ele ficou realmente assustado comigo, demorou para ele tornar a ter confiança em mim. Resumindo, eu já tive o sentimento de culpa por varias vezes, mas eu posso garantir que nunca foi tão forte como agora. Não, ainda não gosto dele, mas talvez eu tivesse passado um pouco dos limites, talvez ter parado no momento em que ele ameaçou ir embora tivesse sido a melhor opção.
_ Eu fui no enterro dela e, assim como todos os presentes em seu velório, eu pude presenciar a promessa de Rick. - Thomas tornou a falar. _ Ele jurou que não iria para enquanto não vingasse sua morte. - falou com um pesar presente na voz. _ Naquele dia Rick não enterrou apenas a mulher, mas também qualquer tipo de sentimento que ele pudesse ter. - falou. _ Eu vi o Rick, boa gente, feliz, realizado se transformando em um homem frio, calculista, perigoso e sozinho. Talvez eu seja o único amigo que o restou. - parou um pouco e depois tornou a falar. _ Rick agora respira a guerra, ele vive pela guerra e pela vingança que ela pode proporciona-lo, não há mais Rick, o Rick que existia já foi enterrado, agora existe um ódio, apenas isso. - concluiu. _ Eu não estou tentando fazer você gostar dele. Longe de mim. As vezes nem eu mesmo gosto dele. - falou, deixando o humor voltar, nos dois rimos de canto. _ Só quero que saiba que um dia existiu um Rick bom e com sentimentos e que você conseguiu pegar no único ponto fraco que ele tem.
_ Eu ainda não gosto dele. - confessei. _ Mas eu estou me sentindo muito culpada por ter agido daquele jeito, se eu pudesse consertar as coisas eu faria. - falei.
_ Olha Demi, é melhor deixar tudo como esta. - falou ele, me olhando fixamente.
_ Porque? Talvez eu devesse pedir desculpas. - sugeri. Eu levantaria a bandeira branca, ele poderia vir ver Joe, desde que ele se mantivesse longe de mim e não me provocasse, eu prometeria não irrita-lo, nem mesmo contar para alguém sobre este trágico acontecimento em sua vida.
_ Não Demi, você deve abrir bem seus olhos. - avisou ele. O que ele estava querendo dizer com isso? Eu estava correndo perigo? _ Um homem firo, calculista e perigoso. - repetiu. _ Você cutucou a onça com vara curta. Eu não sei se ele irá realmente fazer algo, mas eu posso te dizer que eu tenho 90% de certeza que ele irá tentar fazer algo contra você por ter chegado tão fundo. Eu não sei o quê, nem quando, mas pode acontecer. - avisou.
Estremeci.

A ideia de correr risco de vida não é nem um pouco emocionante quando vista da maneira em que eu estou, isso não me proporcionava nenhum sentimento de adrenalina ou entusiasmo, principalmente por saber que com Rick não teria aquele joguinho para ver quem era mais esperto ou quem conseguiria se livrar das armadilhas um do outro por mais vezes. Talvez acabar comigo ajudasse ainda mais Rick em seu plano, se ele tirasse meu filho e eu do caminho, no caso de Joe acordar, o único caminho que lhe restará será voltar para o exército, assim como Rick deseja. Não teria mais pedras em seu caminho, nada que lhe impedisse.
Havia um caçador, que é Rick e uma presa, que sou eu. 
_ Cuide-se Demetria. - falou Thomas, se levantando e dando lugar a meu pai que acabara de chegar da lanchonete, junto a Logan, Miley e Denise, como era de se esperar meu pai trouxe algo para eu comer.

_ Você está bem morena? - perguntou Miley, provavelmente eu deveria estar branca de medo, pois era isso que sentia. Em um dia eu passei de ansiedade para nervosismo, para culpa, para tristeza, para culpa novamente e agora para medo. Muita coisa para um dia só. Coisa demais para mim.
Eu senti uma dor forte atrás do pescoço. Forte até demais para o meu gosto.  _ DEMI. - foi a última coisa que eu escutei e depois nada além da paz.

CONTINUA...

Peço desculpas pela demora em postar, eu poderia enumerar um monte de razões que justificariam a minha demora, mas por razões pessoais eu prefiro não comentar agora.
Bom, capítulo postado, espero que tenham gostado, o próximo capítulo só será postado no dia 29 (que é feriado) e para compensar neste dia postarei dois capítulos.
Não se esqueçam de comentar/avaliar.
Bjss

Juh Lovato: Todo mundo com raiva do Rick hahahaha, bom, ele vai dar um tempinho agora, mas não garanto que ele não irá voltar depois. Muito obrigada por comentar.
O meu nome lá é Fernanda Carolina.
Bjss linda.
Eriimiilsa: Oi linda, mas agora você já está bem né? Digamos que a forma que Rick encarou a morte da mulher não foi  a melhor, mas vamos ver o que acontece. Pode ser que seu palpite esteja certo, mas pode ser que não, talvez nos próximo capítulo você já tenha a resposta. Muito obrigada por comentar. Bjss.
Diana (DSP): Fico feliz que eu tenha conseguido passar tanto sentimento através da historia. Muito obrigada por comentar. Bjss. 

terça-feira, 19 de março de 2013

22º CAPITULO “Ele se foi.” – AMOR EM GUERRA



Parei no lugar em que eu estava, esperando que o seu percurso se encontrasse com a minha localidade. Eu, com todo o prazer, lhe daria as boas vindas.
Eu não faria nenhum escândalo, não que eu não quisesse, minha vontade mesmo era de tira-lo daqui a tapas, nem me importaria se isso atrairia o olhar de todos, o importante era afasta-lo da minha vida e do da de Joe. Porem não seria tão fácil, provavelmente o soco mais forte que eu posso dar, seria o mesmo que um carinho de uma criança nele, ele é alto e forte, não é fácil derruba-lo.
Como não poderia ir para violência, decidi que usaria minhas palavras, deve haver algo que possa desmonta-lo, todas as pessoas tem seu ponto fraco, Rick não é exceção e eu irei descobrir que ponto é este.

_ Chegou tarde para visita-lo. – eu disse assim que ele se aproximou o suficiente para me escutar. Ele me olhou como se estivesse surpreso por eu estar falando com ele.
_ Tudo bem, eu terei outras oportunidades. – respondeu com sua voz de rosno. _ Você deve estar feliz por isso.
_ Quanto mais longe do meu marido, melhor. – falei, confirmando sua teoria. Ele jogou seu sorriso sínico para mim, como se o que eu falara fosse exatamente o que ele queria ouvir.
_ Não adianta ficar com raiva senhorita Demetria, você sabe que o que eu disse é certo. – falou.
_ Ah sim! É claro que eu acho que se meu marido acordar eu deva perder meu filho, porque ele ficará muito feliz com isso. – eu disse irônica.
_ Me diz uma coisa senhorita Demetria, qual sempre foi o grande sonho do seu marido? – perguntou. Eu sei muito bem onde ele queria chegar com isso. Com medo de entrar em seu jogo, hesitei em responder, porem seu olhar, quase que ameaçador, me fez responder, sem nem mesmo pensar direito.
_ Ser soldado.
_ Isso mesmo, ser soldado, antes de pensar em namorar, casar, ter filhos, a primeira coisa que ele pensou foi em ser soldado...
_ Porem quando fora necessário fazer uma escolha, ele optou pela família.
_ Tudo bem, sim, ele escolheu a família, mas me diga o que Joe faria? Ele viveu e treinou para ser soldado, nunca fez outra coisa, me diz senhorita Demetria, o que ele faria? Como você acha que uma pessoa acostumada com a ação, vai se virar para viver uma vida tranquila, numa cidade quase que perdida no mapa?
_Nos iriamos dar um jeito. – respondi. Eu precisava tentar mudar o jogo, pois até agora ele estava ganhando.
_ Joe poderia escolher vocês por amor, mas iria sofrer muito para se acostumar com esta vida. Eu já vi muitos soldados se arrependendo de fazer tal escolha, muitos acabam voltando e vários outros acabam enlouquecendo na tentativa de se acostumar com tal forma de viver. – falou ele. Fiquei sem respostas. _ Você não se acha egoísta não? Você estará privando-o da realização do sonho dele por puro capricho.
_ Isto não é capricho e a vida do meu filho. – eu disse dura.
_ Será mesmo? – perguntou ele, cruzando os braços frente ao peito. _ Realmente existe uma criança?
_ Claro que existe. – quase gritei. Como ele ousava a achar que minha gravidez é uma farsa? _ Eu já fiz vários ultrassons, o Joe inclusive viu um. – eu não sabia por que eu continuava a me justificar, ele não tinha nada a ver com isso, eu sei que estou gravida, não tenho que ficar provando nada para pessoas como ele.
 _ Tem muitas maneiras de fraudar algo assim, não é?
 _Não tem! – disse dura. Eu provavelmente já estava vermelha de tanta raiva.
_ Olha senhorita Demetria, foi um prazer falar com você, mas eu acho melhor acabar por aqui. – disse ele. Ele já tinha ganhado, já tinha me tirado do serio, esgotado com minha paciência, mas não, eu não podia deixa-lo sair mais uma vez como a satisfação de me fazer mal nas mãos.
Ele já estava saindo quando eu disse:
_ Sabe capitão Rick. Eu fico me perguntando como que você se transformou nisso que você é hoje. – Ele me olhou sem respostas. _ O que aconteceu na sua vida para você ser alguém tão sem coração? – perguntei, mesmo sabendo que não teria respostas, pelo menos não a que eu desejava.
_ Eu tenho um coração, se não eu não estaria vivo. – falou ele. É claro que ele estava levando minha fala como se fosse uma grande brincadeira.
_ Eu estou falando de sentimentos, a onde foi para os seus? – insisti.
_ Acredito que não seja do seu interesse. – respondeu. A maneira que ele respondeu eu percebi que estava conseguindo baixar sua guarda.
_ Foi o exército ou uma pessoa? – agora que eu tinha começado eu não iria parar, era minha vez de provocar.
_ Você só pode estar brincando comigo. – disse ele, virando-se para continuar seu caminho rumo ao corredor do quarto de Joe.
_ O que ela te fez? - perguntei. O nervosismo dele quando eu toquei no assunto acabou entregando-lhe, havia uma pessoa, que o magoou. Seria motivo o suficiente para ele ter virado o monstro que ele é? Provavelmente não, mas eu sei que esse era a razão da sua frieza.
Ele logo parou de andar assim que fiz minha pergunta, virou-se para mim e me olhou com raiva, confesso que fiquei com medo, ele mata, ele é forte, e eu sou o mesmo que uma formiguinha em comparação a ele. Se eu tivesse chegado fundo de mais, ele poderia muito bem partir para violência, e mesmo que todos os seguranças do hospital viessem me defender, quando conseguirem para-lo, provavelmente já estarei machucada, poderia até sobreviver a um ataque daquele monstro, mas provavelmente sairia tão machucada quando uma pessoa que fora pisoteada por um touro bravo.
O olhar raivoso dele em cima de mim deve ter durado uns 10 segundos, mas para mim foram os mais demorados e assustadores 10 segundos da minha vida.
Ele começou a andar em minha direção.
Gelei.
Ele iria me atacar?
Não.
Ele passou por mim, esbarrando, indo em direção da saída.
  _ Não vai ficar capitão Rick? – falei irônica, ao perceber que ainda estava viva.  
_ Volto quando você não estiver. – respondeu, parando de andar um pouco e me olhando novamente com aquele olhar aterrorizante.
_ Então não volte nunca. – eu disse, com um sorriso de vitória no rosto. Ele deu de ombros e voltou a ir para a saída.
Talvez isso já me desse a vitória, talvez isso já fosse o suficiente, eu já tinha o deixado sem respostas, eu tinha o enfrentado, mas o meu ódio por ele ainda estava vivo dentro de mim e me dizia para continuar provocando. E assim foi.

Ele ainda andava a passos rápidos para a saída, tive que dar uma pequena corridinha para alcança-lo, já que não tenho pernas tão longas e muito menos a rapidez dele.
_ Você realmente acha que depois de tudo que você disse para mim eu vou deixar por isso mesmo? – perguntei, quando eu juguei estar perto o suficiente para ele me escutar.
_ Talvez seja melhor. – falou ele sem para de andar. Eu continuei.
_ Ah! É porque eu falei dela não é? - perguntei.
Ele parou e tornou a me olhar.
Descobri seu ponto fraco. Ela. Seja ela quem for, algo fez com aquele homem, que o desestabiliza completamente.
_ Você não sabe do que diz Senhorita Demetria, por isso é melhor calar a boca. – falou rosnando. Ele estava tão nervoso que faltava sair espuma de sua boca. Provavelmente nunca ninguém fora tão longe com ele, a raiva dele era visível, se minha raiva não fosse tanta eu já teria parado a muito tempo, mas agora já era tarde, comecei e não irei parar até que eu perceba que foi o fim.
_ O que ela te fez? Te traiu foi? – perguntei provocando um pouco mais.
Confesso que não a jugaria caso ela tenha o traído, quem aguentaria ficar ao lado daquele homem?
_ Cala a sua boca imunda. – disse ele entre dentes. Cheguei fundo.
_ Por quê? Você pode falar sobre mim, sobre Joe, pode desejar a morte do meu filho, mas não pode falar dos seus cornos. – falei. Ah! Como é bom sair ganhando.
_ Não ouse a repetir isso. – ameaçou.
_ Por quê? O que te dá o direito de falar o que fala? O que te dá o direito de me fazer mal? Porque eu não posso mexer com você também? – continuei a provocar.
_ Você não sabe do que esta falando. – eu sei que ele está sentindo o mesmo que eu estava sentindo agorinha mesmo, ele estava querendo reverter o jogo, mas estava tão desestabilizado por mim que não conseguia dizer nada ao não ser ficar na defensiva.
_ O que a torna diferente do meu filho e de Joe? – perguntei com um tom um pouco mais alto.
_ O fato de eles estarem vivos! – gritou ele, alto o suficiente para que todos que estavam no saguão pudessem ouvir. Assim que disse, Rick saiu as pressas, sem me dar tempo de reagir.
Ah! Merda, merda e merda! Ele é um otário e eu ainda o odeio, mas ele tem sentimento, ele só esconde por que já sofreu demais.
Mas também, como eu poderia imaginar? Meu pai também perdeu minha mãe e teve que cuidar de mim e meu irmão sozinho, e nunca se tornou frio, muito pelo contrario, às vezes é sentimental até demais...
Sei que agora não adianta sentir culpa, eu já tinha falado.

Me sentindo triste, culpada e ansiosa, voltei a ir em direção ao jardim na qual estava indo antes de me encontrar com Rick.


Quando cheguei estava completamente vazio. Melhor ainda, pois não me chamariam de louca, caso eu começasse a conversar com o nada.
O sol está alto, procurei um lugar mais fresco, eu me sentei embaixo da mangueira.
Esperei um pouco, na maioria das vezes quem tentava entrar em contato era sempre Joe, sempre que eu estava sozinha ele me tocava, mostrando que eu não estava tão sozinha como poderia imaginar.
Um minuto.
Dois minutos.
Quatro minutos.
Sete minutos.
Dez minutos.
Nada.
_ Joe? – chamei-o. Talvez ele realmente tivesse achando que eu queria um descanso, talvez ele por algum motivo estivesse achando que era melhor me deixar sozinha. _ Meu amor, você está aqui? – perguntei. _ Joe? – levantei-me do chão, mas continuei embaixo da mangueira. _ Joe, por favor, me toque. – pedi. _ Eu preciso de você. – um desespero começou a tomar conta de mim, ele estava com raiva? Ele não queria me tocar? Eu não conseguia mais senti-lo? O que estava acontecendo? Eu sempre fiz muito menos do que isso para poder senti-lo, ele nunca me negou um toque, ele sempre me deu respostas rapidamente, porque agora ele não estava aqui ao meu lado? Ele tinha me abandonado? Onde que ele estava? _ Joe, por favor, aparece amor. – implorei.
_ Desde que começou a cirurgia que eu não o sinto mais. – disse Denise, aparecendo do meu lado e me assustando. Então ela também o sentia? Ela ainda segurava seu terço na mão. _ Eu acho que ele se foi.

 CONTINUA...
Como prometido postei, o próximo está completamente sem previsão, mas prometo tentar postar o mais rápido possível.
Não se esqueçam de comentar/avaliar.
Bjss.

Juh Lovato: Bom, era ele mesmo, acredite isso é só o começo. Postado. Bjss linda.
Eu pedi lá, acho que você ainda não aceitou. 

sábado, 16 de março de 2013

21º CAPITULO “Boas vindas” – AMOR EM GUERRA




Existe uma criança que em cerca de 6 meses nascerá, e esta criança pode não ter a oportunidade de conhecer o pai pessoalmente, teria que se contentar com fotos e historia de como ele era, de como seus pais eram felizes juntos. Ela seria mais uma órfã da guerra.

O tão esperado e temido dia havia chegado, a última visita havia se acabado e os médicos agora já se preparavam, a sala de cirurgia já estava pronta. A cirurgia que poderá ser a salvação, ou não, de Joe iria acontecer.

_ Nesta primeira cirurgia será retirada a bala...
_ Ela já não tinha sido retirada? – perguntou Denise, interrompendo o doutor Ian.
_ Não senhora Denise, ela não havia sido retirada, no estado em que seu filho chegou aqui não era possível retirar o projetil. – respondeu, pacientemente.  _ Sabemos que a bala está localizada na parte superior da cabeça de Joe, e que ela ultrapassou o crânio e está a alguns centímetros do cérebro.
_ Então se não atingiu nada, porque ele esta em coma? – atrapalhou Denise novamente, ela estava ansiosa e não parava de fazer perguntas.
_ Como eu havia dito, a bala chegou a ultrapassar o crânio, os pedaços danificados dele que atingiram o cérebro. – falou. _ Após esta cirurgia poderemos fazer alguns testes e induções de despertar. – Denise já iria lhe interromper, para perguntar o que significava “induções de despertar”, mas antes que a primeira palavra saísse de sua boca, Ian explicou. _ Indução de despertar e o mesmo que tentar fazê-lo acordar, induzir ao corpo a voltar a trabalhar por si. – começou a explicar. _ Não é algo muito complicado, mas seria impossível de fazer antes da cirurgia. Consiste em apenas diminuir a potência de algumas maquinas por um curto espaço de tempo...
_ Vocês vão desligar as maquinas? - perguntou Demi, deixando sua preocupação transparecer sua voz. 
_ Não iremos deligar a maquina, iremos abaixar a potência de alguns, para ver se o corpo dele reage. – explicou, mas ao olhar para Demi viu, pela sua expressão, que ela não estava acreditando. _ Minha intenção não é matar seu marido senhorita Demetria, estou aqui para salva-lo. – falou.
_ Desculpe, mas não é o que parece. – falou dura.
_ Demetria. – Eddie chamou sua atenção.
_ Eu só estou falando o que eu acho. – respondeu, sem se importar em abaixar o tom duro, ignorando o fato de estar respondendo o pai.
_ Eu sei que talvez você tenha ficado um pouco assustada por eu ter dado a opção de eutanásia, mas você precisa entender o meu lado. – pediu Ian.
_ Para você é só mais um paciente, se ele morrer será apenas mais um. – falou Demi, se segurando para não chorar. _ Para mim é meu marido, pai do meu filho. Tente entender o meu lado. – finalizou.
_ Quando eu me formei, eu prometi salvar vidas, seja ela de quem for. Muitos em meu lugar poderiam já ter desistido, eu não vou mentir, a situação do seu marido não é animável para ninguém. – falou Ian. _ Mas eu sou persistente, eu não irei desistir de tentar salva-lo. – finalizou. Talvez fosse por ter sentido a sinceridade em sua voz, ou talvez por que é melhor se agarrar a palavras boas, de esperança, do que deixar-se afundar em seus medos e insegurança, mas Demi acabou concordando e dando um voto de confiança a Ian. _ Não podemos garantir que só com esta primeira cirurgia o corpo dele reagirá ao processo, mas se tudo ocorrer como o previsto, as chances de sobrevivência aumentarão consideravelmente. – avisou, para não haver cobranças depois. _ A cirurgia é grandiosa e arriscada, mas, além de mim, terão outros médicos, bem experientes, ajudando na cirurgia. – Encerrou. _ Eu darei o melhor de mim para trazê-lo de volta. – disse Ian.


DEMI

Já haviam se passado 10 minutos, para mim, foi tempo suficiente para que o desespero mais ansiedade dominasse meu corpo por inteiro. A cirurgia é bem complexa, o tempo mínimo dado por Ian é de 10 horas de cirurgia. Se em 10 minutos eu já estava prestes a entrar em colapso, imagina em 10 horas de espera?
Apesar de todos saberem que cirurgia de Joe era hoje, poucos compareceram no hospital, além de mim, Denise, Paul, Logan, Miley e meu pai, aqui estavam apenas o avô paterno de Joe, Carlos, um dos tios dele, no caso Daniel e sua mulher, Marcelle, um amigo de infância de Joe, na qual o nome é Nick e um soldado, que ainda não havia sido mandado para uma missão desde então, Kevin. Pode parecer muito, mas assim que a notícia se espalhou pelos telejornais o saguão perto do quarto do Joe ficava mais movimentado que um show gratuito de um artista muito famoso, chegava até ser um pouco claustrofóbico. Joe acima de tudo sempre foi um bom amigo, por isso o número grande de visitantes não era tão surpresa assim, mais mesmo sendo bom ter todas aquelas pessoas por perto, isso me prejudicou, pois nestes últimos dias pouco falei com Joe, senti-lo eu sinto muito, praticamente todo o momento eu sentia seu toque, mas quase nunca posso ter meu momento de falar com ele, sempre tem alguém em cima de mim, nem mesmo em casa eu estou tendo os meus momento sozinha.

Nick e Kevin conversavam de pé, Kevin estava escorado na parede, já Nick não. Eu não sei se ambos já se conheciam, mas pelo jeito em que conversavam dava a impressão que sim. Meu pai e Logan estavam sentados, meu pai bem ao lado da minha cadeira e Logan ao lado dele, meu pai estava sentado apoiando os cotovelos na coxa e a cabeça entre as mãos, ele estava cansado, a rotina de passar noite em claro no hospital, cuidar de mim – mesmo eu insistindo que não precisava – e, quando Logan não conseguia manter sozinho, trabalhar na oficina, estava esgotando com toda sua energia, ele não tem mais idade para uma vida tão agitada, ainda mais que ele sempre teve uma forma bem calma de vida, com regras e horários seguidos a ponta da letra – daí que eu puxei a mania de seguir uma rotina – de repente ser obrigado a largar todo aquele confortável ritmo de vida, quase pacata, tendo que dar conta de três coisas, consideravelmente estressantes, não era fácil para ele, mesmo ele falando que está bem.  Eu sei que se ele pudesse dormir por quatro dias seguidos, ele faria de bom grado.
Logan, sentado ao lado de meu pai, está sentado da maneira mais esparramada possível na cadeira. Normal. Talvez eu devesse agradecer só pelo fato de, durante estes últimos dez minutos, ele tenha se mantido quieto. Para ele quietude nenhuma é bem vinda, isso desde o tempo de escola, em que as professoras sempre reclamavam que ele não conseguia ficar sentado na sala de aula, sempre começava a zanzar de um lado para o outro. Teve uma vez que até sugeriram a meu pai para leva-lo para um psicólogo para ver se ele tinha algum problema mental. Meu pai até chegou a levar, mas acabou constatando que ele só tem uma personalidade muito agitada, tem muita energia acumulada, nada que se deva preocupar muito. Eu sei que ele está odiando ficar aqui e estou um pouco curiosa para saber como ele vai ficar até o fim da cirurgia.

Miley está do meu outro lado, em silêncio, eu sei que ela quer falar algo, algo que possa me confortar ou me tirar do nervosismo que eu estou, ela sempre está muito preocupada em me consolar e manter minha mente no lugar, mesmo que algumas vezes eu acabe descontando um pouco nela. No fundo agradeço por ela não estar sabendo o que dizer, a conversa de que tudo vai dar certo só me deixava mais ansiosa.
Paul estava do outro lado do corredor, sentado com uma expressão vazia, no fundo penso que ele já perdera as esperanças de ver o filho acordar, as vezes, a maneira que ele fala deixa esta impressão, o que não é nada bom, pois se ele quiser desligar as maquinas e conseguir convencer, ou melhor, obrigar Denise a autorizar também, aí não terá mais volta, mesmo Joe sendo maior de idade e casado, a voz dos pais dele que está valendo agora, minha objeções pouco seriam escutadas diante das deles.
Denise, visivelmente, é a mais desesperada, por assim dizer, assim que doutor Ian deu suas explicações e fora para a sala de cirurgia, ela pegou seu terço que sempre carrega em sua bolsa e ajoelhou-se no corredor, que por sorte é largo o suficiente para que, mesmo ela estando ajoelhada e tendo cadeira nas duas extremidades, possa haver um trafego de pessoas, sem incomodar ninguém. Ela já estava ajoelhada e rezando o terço, tão fielmente que rezava de olhos fechado, a dez minutos e mesmo não sendo muito jovem mais, eu posso apostar que ela ficará daquele jeito durante as dez horas da operação. 
O tio e o avô de Joe estavam sentados do lado de Paul e conversavam em alguns momentos, já Marcelle, um pouco alheia a toda situação, a todo o momento mexia no celular. No primeiro momento eu achei ofensivo. Oras, todos lá estavam sofrendo e ela para pra olhar o celular? Mas depois acabei descobrindo que ela estava resolvendo coisas da empresa deles, Marcelle e Daniel tem uma pequena fabrica de peças automotivas no Texas, a empresa anda crescendo bem ultimamente, provavelmente o tempo que eles estão ficando aqui poderá ser sentido no futuro.


Eu precisava de alguém para seu meu pilar durante este tempo, alguém que não me repreendesse, que não tentasse me distrair, eu não quero distrações, eu só preciso de compreensão.  
Miley? Melhor não, ela mesma não sabia o que dizer agora, eu não posso exigir mais do que ela esta me dando todo este tempo. Paul? Definitivamente não é uma boa ideia. Kevin, Nick, Daniel, Marcelle ou Carlos também estão fora de cogitação. Meu pai? Não seria uma má ideia se ele já não estivesse esgotado demais. Logan? De todas as opções até agora ditas, é a melhor, ele até iria gostar, já que assim faria algo, porem Logan, como sempre, acabaria sendo uma fonte de distração, e como eu disse, eu não quero que me distraia, eu quero apenas compreensão. Denise até seria uma boa, ela, assim como eu, estava desesperada, a única diferença é que eu estou tentando esconder, enquanto ela em nenhum momento deixou de demonstrar o quanto tudo vem lhe afetando, porem eu jamais seria capaz de atrapalha-la agora. Ela sempre foi uma pessoa muito religiosa, não seria agora que ela não seria.
Olhei novamente no relógio em meu pulso. Tempo transcorrido da operação: 13 minutos. Oh céus! Eu já estava achando que tinha passado no mínimo uns quinze minutos da minha última olhada a aquele mesmo relógio e apenas tinha passado três minutos?

_ Aonde você vai? – perguntou Miley ao ver-me levantar.
_ Eu vou tomar um ar fresco. – respondi.
_ Quer que eu vá com você? – perguntou.
_ Não. – respondi. _ Desculpa, mas eu estou precisando de um tempo sozinha. – Miley concordou, ao olhar meu pai, que levantara a cabeça para observar o que estava acontecendo, vi que ele não ficou muito satisfeito, mas não interferiu.

Na verdade eu não estava a procura de ar fresco, como disse a Miley, eu estava procurando um local em que eu pudesse entrar em contato com Joe, com o passar do tempo percebi que ele é o único que pode me acalmar agora.

O Hospital é muito grande, mesmo já estando aqui há muito tempo e aqui tendo virado quase que minha segunda casa, eu ainda não tinha conhecido todos os cantos deste hospital. Porem eu sei que existe uma área, que se parece com um jardim, não é muito grande e fica na parte de trás do hospital, não é nada fantástico, tem algumas cadeiras parecidas com as que se encontra nas praças, e seu chão é todo gramado, tem apenas uma árvore, uma mangueira, que esta carregada de mangas nesta época do ano.
O local não é muito frequentado, apenas alguns pacientes que necessitam tomar um pouco de sol e podem sair da área do hospital vão para lá, mesmo sendo um espaço aberto a todos. Acabei encontrando o lugar por puro acidente, quando tinha muita gente querendo visitar o Joe e me impediram de ter meu tempo normal de visita, acabei ficando estressada e sai andando pelo hospital feito um desequilibrada, só parei quando achei este local.
Provavelmente tem uma maneira mais fácil de chegar neste jardim, mas o único percurso que eu conheço se é necessário atravessar o saguão de entrada, nunca reclamei, mas hoje definitivamente ir por aquela direção me proporcionou uma desagradável surpresa.
Andando entre todos e indo em direção de onde eu havia acabado de sair.
Ele e seu sorriso sínico.
Ele me viu, mas não parou sua caminhada.
Hoje não tem Miley e ninguém que me possa impedir de o pôr em seu lugar.
Parei no lugar em que eu estava, esperando que o seu percurso se encontrasse com a minha localidade. Eu, com todo o prazer, lhe daria as boas vindas.

             CONTINUA...


Capítulo postado. Provavelmente só postarei o próximo na terça.
Não se esqueçam de comentar/avaliar.
Bjsss.


Eriimiilsa: Aww obrigada, digamos que não foi o melhor que eu já escrevi, mas fico feliz que tenha gostado.
Quem sabe no próximo capítulo a Demi põe o Rick em seu devido lugar?
Fico lisonjeada com os seus elogios e demonstração de envolvimento com a historia. Bjss linda.
Diana (DSP): Que bom que você gostou, talvez não tenha ficado tão ruim... Mas poderia ter ficado melhor. Muito obrigada linda. Bjss. 

quarta-feira, 13 de março de 2013

20º CAPITULO “Órfã da guerra” – AMOR EM GUERRA


Eu preciso encontrar a minha salvação, o mais rápido que eu puder, eu não tenho tempo a perder.
Demi parecia mais saudável, porem assustada quando entrou para me ver, ela já sabia sobre os planos dos médicos, sabia que eu poderia sofrer uma eutanásia, ela não queria isso, mas pouco pode fazer contra, já que nunca falei nada sobre isso, eu nunca considerei estar nesta situação.

_ Joe, eu não sei o que fazer. Eu estou com muito medo de lhe perder, eu não quero lhe perder. – falou Demi entre lágrimas. _ Eu sei que você esta aqui comigo, mas... Não é a mesma coisa... Eu nem posso te ver... É irracional. – falou. Eu a intendia perfeitamente, digamos que minha presença agora não mudava muitos as coisa, eu não posso me ajudar a melhorar, eu não posso ajuda-la, eu sou um inútil por aqui. _ Porque que as coisas têm que ser tão difíceis para nós? – perguntou depois de uma pausa. _ Sempre que estamos felizes tem algo que nos atrapalha. – falou. _ E nos ainda estamos aqui juntos, provando o quão forte é o nosso amor. – não pude deixar de dar um sorriso com esta fala, várias vezes alguém foi contra no nosso relacionamento ou brigamos por causa de pensamentos diferentes, a distancia sempre fora um tortura, mas mesmo assim nunca deixamos de amar um ao outro, nem se quer por um momento.
Outra pausa.
Demi estava como sempre, sentada na cadeira de visitantes, tocando minha mão e falando sempre perto do meu ouvido, como se isso fosse maior garantia de que eu a escutasse, eu posso escuta-la perfeitamente, estando ela sussurrando ou falando em um tom normal, mas eu nem ligo pelo fato dela estar falando tão proximamente, sempre amei sua voz, por vários meses era a única coisa que eu tinha dela, quando eu estava no exército um telefonema era como uma dadiva divina, escutar sua voz sempre foi motivo de alegria.
_ Uma vez, quando eu era pequena, me disseram que amar, além de tudo é sofrer, não tem como ser só feliz, sempre haverá um momento em que lágrimas nascerão por quem ama. Eu achei aquilo uma bobagem, amor é felicidade, é algo bom, eu nunca derramaria lágrimas por estar amando. – confessou. Ela nunca tinha me dito esta historia. _Aí eu te encontrei, foram tantos momentos de alegria, tantos momentos inesquecíveis, mas eu já derramei tantas lágrimas, por simplesmente te amar... Joe eu te amo demais, eu estou disposta a chorar o quanto for preciso, mas não por ter que te enterrar, mas sim por te ter aqui comigo, por favor, se você puder fazer algo, eu não sei, nem que seja se manter forte, nem que... Eu não sei... Eu... Só não me deixe sofrer por te perder, eu não resistirei. – falou, as lágrimas não paravam por um momento, ela estava desesperada, o medo de me perder já lhe havia dominado novamente, mal ela sabia que eu não podia fazer nada, me manter forte? Como? O que é preciso para fazer isso?
Aproximei-me dela e toquei sua mão, ela sentiu, mas de nada adiantou, ela continuou com seu choro incessável. Para mim o toque que eu a dei, tinha um significado, eu não sei o que fazer para me recuperar, isto é fato, porem prometo não desistir de procurar respostas ou soluções. Já que ela não pode me escutar, toca-la foi a maneira que encontrei para respondê-la, espero que ela tenha entendido.

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O resto do dia foi bem tumultuado, os parentes e amigos de Joe chegaram para visita-lo, o que levou os enfermeiros a loucura, já que não podiam permitir tanto estresse ao paciente, o resultado foi que nem todos conseguiram vê-lo e tentariam no próximo dia, isso provavelmente atrapalharia a Demi e aos pais de Joe, já que fora dado um limite de cinco visitantes por dia, e na espera já tinha umas 13 pessoas. Parentes, colegas de escola e do exército, todos lá torcendo pela sua melhora.
Era bom saber que Joe é tão querido, ter a presença de outros lá deu um animo, pouco, porem deu um animo a mais a todos.
 Porem uma visita em especial não alegrou a ninguém, principalmente a Demi.
Rick.
_ Eu não acredito que este homem veio. – falou Demi, a raiva tomou conta de seu ser.
_ Calma Demi, ele só veio visitar o Joe. – falou Liam, tentando acalma-la. Ele e Miley também estavam lá.
_ Ele nem liga para ele. – falou Demi furiosa.
_ Não é assim Demi, ele...
_ Nem tente Liam. – falou Demi, interrompendo-o. _ Nem você, nem Joe, nem ninguém me fará gostar dele.
_ Desculpe amor, mas nessa eu concordo com a Demi. – posicionou-se Miley.
_ Não é questão de gostar é só...
_ Cala a boca Liam. – ordenou Demi, que mantinha seu olhar em cima de Rick, observando cada passo dado por ele. Em uma situação normal, uma pessoa ficaria chateada com sua atitude, mas Miley e Liam acabaram rindo da situação e deixaram tudo quieto. Todos sabem muito bem que não se mexe com uma gravida, principalmente uma irritada. 
Rick percebeu o constante olhar de Demi e como resposta deu sorrisinho a ela, como se estivesse provocando. Se Demi tivesse uma arma em mãos, Rick seria um homem morto.
Demi queria gritar, expulsa-lo, mas não queria fazer escândalo, tendo que segurar todo o seu ódio por aquele homem em si.
_ Demi, eu acho melhor nos irmos para a lanchonete. – sugeriu Miley.
 _ Eu não estou com fome. – falou Demi, grossa, ainda com o olhar em Rick.
_ Mas eu estou. – disse, puxando a amiga pelo braço e a obrigando a ir junto. Os tempos são diferentes, mas a amizade “delicada” que uma sempre teve com a outra continuava a mesma.

Aos protestos de Demi, Miley conseguiu arrasta-la para a lanchonete do hospital.
_ Você não deveria ter me tirando de lá. – bufou Demi.
_ Mais um minuto lá e você explodiria. – disse Miley.
_ Eu queria ficar de olho naquele homem. – falou Demi, ignorando o último comentário da amiga.
_ Custa você se acalmar um pouco? Eu também não gosto dele, mas não vou ficar da maneira em que você fica ao chegar perto dele. – falou Miley.
_ Claro! – berrou Demi, sem se importar com os outros que estavam na lanchonete, que atraídos pelo seu berro começaram a olhar para elas. _ Não foi a você que ele disse que queria que perdesse o filho. – concluindo ainda com o tom alterado.
_ Agora você vai discutir comigo? – perguntou Miley indignada ao perceber a ação da amiga. Desde o começo queria Miley queria apenas ajudar a amiga, sabia que ela estava irritada, mas custava se acalmar um pouco?
Enfim levando em consideração a fala da amiga, Demi parou um pouco e respirou fundo.
_ Desculpe-me. – pediu Demi, abaixando o tom de voz.
_ Não esta sendo fácil para ninguém Demi. – disse Miley, com a voz doce. _ Eu sei que para você está sendo muito difícil, mas eu estou aqui, viu morena? – falou. Mais calma Demi se permitiu dar um sorriso fraco.

(...)

A semana parecia se arrastar. Nenhuma notícia, nenhum sinal de melhora. Os soldados já haviam voltado para suas respectivas missões no exército, dos parentes de Joe, os que tinham trabalho e escola acabaram tendo que voltar para suas casas, deixando para trás apenas os que já eram aposentados e os que eram donos do próprio negocio, o que permitia a eles que tivessem o luxo de não ir trabalhar quando assim decidissem. Miley sempre ia para o hospital depois de fechar o restaurante e ficava lá até a hora em que a amiga voltava a Fort Bragg, Logan acabou ficando responsável de cuidar da oficina, já que o pai se negava ficar sem ir para o hospital. Os noticiários já tinham parado de anunciar sobre a guerra, e as cartas, presentes e até dinheiro, dos americanos agradecidos pelo heroísmo de Joe, que começara a chegar depois de anunciado o coma de Joe, em cadeia nacional, haviam parado de chegar. A América já havia esquecido os heróis da pátria.
O dia da cirurgia de Joe se aproximava e com ela a tensão. Denise já havia começado uma novena para Joe, e incluiu todos nessa, e também fez promessa. Se a cirurgia fosse bem sucedida iria doar quilos de alimento para uma instituição de caridade, ela já fazia isso pelo menos uma vez no ano, mas como a idade não lhe permitia fazer penitencia física – apenas de que, se neste momento, isto fosse necessário, sem pensar suas vezes, ela faria – e a saúde, que se debilitou muito desde que recebeu a notícia da internação do filho, não lhe permitia uma restrição alimentar – apesar dela também ser capaz de fazer, caso soubesse que isso salvaria o filho.
Paul, apesar de ter acompanhado a mulher nessa, já tinha jogado tudo para o alto. Demi seguiu tudo com fé, a única coisa na qual ela podia se segurar naquele momento era em sua fé.

_ Eu fiquei sabendo de um caso em que um homem ficou em coma por 18 anos. – comentou Logan, hoje era a vez dele de ficar com Demi, enquanto o pai descansava um pouco, nessa noite quem iria ficar no hospital era Paul e, pela primeira vez, depois de muito insistir, Denise.
_ Sua intensão era de melhorar minha situação? – perguntou Demi, a fala do irmão dava a esperança de que mesmo que demore, ele pode acordar. Mas, 18 anos? Demi não sabia se conseguiria se manter 18 anos apenas com a esperança de que ele um dia possa acordar, e a criança que ela carrega? Joe não a veria crescer.
_ Acho que era. – falou ele, coçando a cabeça.
_ Ajudou. - mentiu ao ver que o irmão ficara chateado por não estar conseguindo ajuda-la.
_ Você sempre foi uma péssima mentirosa. – comentou. _ Por isso que o papai sempre descobria quando você fugia de casa para se encontrar com Joe. Eu nunca precisei te dedurar. – ambos riram.
_ Já você... – disse Demi, sugestiva.
_ Eu sempre fui esperto, somente isso. – disse Logan, agora feliz por ter conseguido amenizar o clima ruim.
_ Uhum.
_ Fala sério, eu mentiroso? – perguntou ele, fingindo indignação, mas acabou rindo no final, Demi também acabou dando uma risada.
_ Eu sou espero não ter que esperar todo este tempo. – falou Demi, depois de um tempo de ambos em silêncio.
_ Você não precisar esperar tanto. – afirmou Logan, mesmo sabendo que ele não estava em condições de afirmar nada. _ Ele irá acordar em breve.

(...)

Eddie, preocupado com a filha, marcou um médico para ela, já que ele agora estava com três meses de gravidez.
Aproveitando que o próprio hospital em que Joe está internado tem uma área reservada para fins da maternidade, levou Demi até lá.
O que se viu foi uma cena de se emocionar e talvez rir também.
Um homem, com quase 1,90 metros, chorando junto a filha, vendo o ultrassom do neto. Ah, como Eddie podia ser fofo quando queria.
 Sua altura poderia assustar muitos, pois poderiam achar que ele é muito bravo ou violento, mal sabem o quão sensível ele é, fazê-lo chorar não é tão difícil quanto possa parecer, mas ainda sim foi uma surpresa para Demi, quando olhou o pai chorando, sem sentir-se envergonhado por isso, porque conseguiu, assim como Demi, identificar onde estava a cabecinha do bebê.

_Você sabe que eu sempre vou estar aqui por você, não sabe? – perguntou Eddie a Demi, assim que saíram do consultório do médico, com a feliz notícia de que mesmo com todo o estresse que Demi estava passando, o bebê se desenvolvia bem.
_ Sei sim, você sempre esteve e eu sei que sempre estará. – confirmou Demi.
_ Saiba que no caso de Joe vier a faltar, eu prometo tentar ser o melhor avô possível para esta criança. – falou.
_ Você será de qualquer jeito. – respondeu ela. Pensar que talvez Joe viesse a faltar não era nada agradável, Demi tentava tirar esta possibilidade de sua mente. Porem para todos os outros esta preocupação já atormentava, e muito.
Existe uma criança que em cerca de 6 meses nascerá, e esta criança pode não ter a oportunidade de conhecer o pai pessoalmente, teria que se contentar com fotos e historia de como ele era, de como seus pais eram felizes juntos. Ela seria mais uma órfã da guerra.

                 CONTINUA...

Como prometido, postei. O capítulo não ficou muito bom, mas espero que ainda sim vocês gostem.
Se eu não postar um novo capítulo até sábado, eu só poderei postar na terça-feira.
Não se esqueçam de comentar/avaliar.
Bjsss.


Juh Lovato: Tudo bem linda,  comente quando quiser, sem pressão, sei que você é minha fã numero 1 :D. Postado. Bjsss
Eriimiilsa: Bom, se os pais dele irão decidir por desligar as maquinas ou não, só com o desenrolar da historia que vamos descobrir.
Não sei se fico mal por estar te fazendo chorar ou se fico feliz por saber que você fica mexida pela minha historia, é sempre bom saber que alguém se “prendeu” a sua historia. Bjsss.
Polly Jones: hahaha, só futuro dirá o que vai acontecer. É bem triste para ela e ainda podem acontecer mais momentos tristes spoiler. Postado. Bjss.