terça-feira, 29 de janeiro de 2013

9º CAPITULO “Um ruidoso tiro e um fatal grito” – AMOR EM GUERRA


_ Tudo bem. – falei e comecei a abrir a carta. Li e reli por varias vezes, forçando o minha visão para enxergar pela fraca luz da lamparina, eu podia sentir a dor de suas palavras e de sua decisão de me deixar livre para escolher o que eu achava melhor, isso, eu não posso mentir, me fez pensar em ficar, afinal ela mesma escreveu que me apoiaria, não é? Mas toda hora que via foto do ultrassom, meu coração logo se derretia, se eu já amava aquele ser que nem se quer eu podia ver com muita nitidez ou pegar, seria eu capaz de ficar longe depois que nascesse? Esta era uma duvida que eu tinha, era um outro embate que eu enfrentaria, mas, por agora, eu teria de deixar esta duvida de lado, pois amanhã seria o grande dia.
O dia amanheceu chuvoso em Fort Bragg, parecia mais um pressentimento do que poderia acontecer...
Demi, mesmo sem querer, acordou cedo, como sempre. O clima frio e a chuva eram como um convite para ficar um pouco mais na cama, mas era sua obrigação despertar.
--
Já era tarde na base do exercito e todos estavam ansiosos, os comandantes repassavam o plano varias vezes, com medo de que uma falha ou brecha pudesse ter sido ignorada, a maioria dos soldados ainda descansava em suas barracas para ficarem mais descansados para a batalha que enfrentariam assim que o sol se posse, Joe era um deles, já outros ansiosos de mais para conseguir ficar mais tempo no colchão, levantaram e se alongavam pelo batalhão.

_ Acorde homem! – berrou Drew, bem no ouvido de Joe. _ Saia deste colchão!
_ Ah. – resmungou Joe, virando para o outro lado.
_ Ande. Acorde! – tornou a gritar. _ Os outros já chegaram, não vais ver seus companheiros?
_ Me deixe!
_ Ande homem, pare de preguiça! – tornou a incomodá-lo. Vendo que não tinha saída, Joe começou a abrir seus olhos vagarosamente enquanto espreguiçava-se no colchão.
_ Será que você poderia ser menos chato? – perguntou Joe, enquanto se levantava a contragosto.
_ Já é tarde Joe, pare de ser preguiçoso. Os outros soldados que estavam de licença voltaram, venha! – disse pegando um dos braços de Joe e puxando, ajudando-o a levantar.
_ Eu os veria mais tarde de qualquer jeito e eu não sou o único a dormir. – falou Joe olhando em volta e vendo alguns poucos homens que também ainda dormiam.
_ Não é por isso que tens que continuar a dormir. – falou. E assim os dois saíram da barraca e foram para fora da barraca e lá encontraram os companheiros recém-chegados.

_ Joe seu dorminhoco.
_ Oi para você também Liam, que bom vê-lo novamente, não esperava lhe ver tão cedo. – disse Joe.
_ Oi dorminhoco, eu também não estava querendo voltar tão cedo. – confessou Liam. _ Mas um bendito ataque me obrigou. – Joe riu da cara de indignação do amigo. _ Se não me bastasse voltar mais cedo, passarei o dia inteiro vendo os planos de ataque, nem terei tempo para descansar.
_ Quando voltarmos você vai se jogar na cama assim como eu e eu quero ver você continuar a me chamar de dorminhoco. – disse.

                               (...)

O dia para Demi parecia se arrastar lentamente e sem nenhuma pretensão de ajuda-la a passar de bom humor, definitivamente nada estava dando muito certo para ela.
1º No primeiro horário de aula Demi teve que sair de sala para falar com um pai, de um dos alunos da 3º serie, que foi reclamar de uma nota ruim recebida pelo filho e começou a xinga-la como se aquilo fosse culpa de Demi.
2º No único momento do dia que parecia que iria ser legal foi outro desastre, assim que chegou à lanchonete de sua amiga, Demi a viu triste pela partida antecipada do marido e ainda descobriu que haveria uma grande batalha, em que tanto Liam quanto Joe enfrentariam.
3º Pela primeira vez, desde que ficara gravida, Demi se sentiu enjoada o dia inteiro, tendo de ser obrigada a ir para casa mais cedo por não conseguir ficar mais que cinco minutos sem ir ao banheiro vomitar.
4º Ao saber da batalha Demi sentiu-se com um  frio na espinha durante todo o dia, o medo estava visível em seu olhar.

JOE
O sol já começava a se pôr os últimos detalhes já tinham sido repassados. Os ingleses ficariam com a parte aérea, seriam os responsáveis de pilotar os helicópteros e de atacar e vigiar por cima, nós, americanos, ficaríamos com a parte terrestre, entraríamos em seus esconderijos e tentaríamos prender o líder do grupo.

_ Preparado? – perguntou Gabriel, nós dois iriamos no mesmo tanque de combate e estávamos nos dirigindo em direção a ele.
_ Mais impossível. – respondi. O que eu mais queria era que isso terminasse logo, eu queria que tudo isso se resolvesse e que minha última batalha como soldado fosse um sucesso, eu queria voltar para casa. _ E você? – perguntei.
_ Sei lá, acho que estou. – respondeu. Eu estranhei sua resposta, ele costumava ser sempre o mais animado, mas animado que eu inclusive.
_ Está acontecendo alguma coisa? – perguntei, agora entravamos dentro do tanque.
_ Não, eu não dormi muito bem, acho que é isso. – falou, acreditei, ele realmente parecia cansado.

Assim que o tanque começou a se dirigir para o local que seria invadido, meu coração começou a disparar, não que fosse meu primeiro ataque, eu já estava há dois anos no exercito já vi muitas coisas, já perdi gente, já matei e já quase morri, mas é sempre assim, não importa quantos ataques, quantas invasões, quantas missões eu já fiz, sempre me dá um nervosismo, um medo de que algo possa acontecer...

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Caos, naquele momento esta é a única palavra que poderia ser descrever o que estava acontecendo, os ruídos dos tiros, gritos, explosões, o ataque estava sendo maior do que se esperava, havia mais pessoas que o que fora calculado, a resistência a invasão era mais forte do que se pensava, um caos tinha se espalhado em todos e por todos os lugares. Havia fogo, era um fogo intenso, o calor era grande, a fumaça tampava a visão dos soldados, isso de nada ajudava, tinham muitas coisa pelo caminho, moveis, caixas, corpos, em alguns lugares, na qual a fumaça era mais forte, os homens na ânsia de sair para um local com mais amplitude de visão acabavam tropeçando pelo caminho, tornando-se possíveis vitimas quase que indefesas.
“Recuem, recuem” Esta era a única ordem do comandante inglês Philippe, “Ataquem, nós estamos conseguindo, ataquem!” era a ordem de Rick, havia um conflito, os que respeitavam o comandante Philippe acabavam tendo que voltar para o combate, ao perceber que a luta ainda continuava, já os que respeitavam as ordens de Rick se lançavam de corpo e alma na luta, mesmo desejavam com todas as forças que as ordens de Rick fossem as mesmas de que Philippe.

Joe estava no meio da confusão, estava dentro da casa em que lhes foi indicado que vivia o líder do grupo, a fumaça por lá era menos densa, mas ainda sim existente e forte o suficiente para lhe cegar um pouco. Por mais treinado que Joe fosse, nesse momento ele estava vulnerável a qualquer tipo de ataque fatal, junto a ele estava Macus, outro soldado, eles pouco se conheciam, mas precisaram de juntar forças para que houvesse maior chance de sobrevivência.
_ Acho que é melhor voltarmos Joe, não dá para ver nada aqui, vamos acabar morrendo. – gritou Macus.
_ Ainda não, acho que tem algo por ali, vamos. – insistiu Joe. _ Caso não tenha nada voltaremos. – disse. Mesmo não querendo Macus acabou seguindo Joe, porem antes mesmo de chegarem ao local a caminhada foi interrompida por um ruidoso tiro e um fatal grito.
                CONTINUA...

Você vê?
Os soldados
Eles estão lá fora hoje
Perdendo a areia de seus coletes a prova de bala.
                Hands Held High – Linkin Park

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Como prometido mais um capítulo foi postado, espero que tenham gostado. Eu só voltarei a postar na sexta-feira ou no sábado, isso se não tiver nenhum imprevisto novamente.
Não se esqueçam de comentar/avaliar.
Bjss 

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

8º CAPITULO “O grande dia” – AMOR EM GUERRA


Ela sabia que para Joe seria difícil largar a guerra, ela não entendia muito, pois ela odiava a guerra e achava irracional ele ter duvidas de que decisão tomar, mas ela não podia fazer nada, ela sabia que Joe adorava o que fazia, e por isso decidiu dar-lhe uma chance para pensar, essa seria sua prova de amor.
Para Joe os dias estavam passando assustadoramente rápido, isso era bom, pois significava que logo o ataque aconteceria e que ele em breve poderia ver sua mulher. Ainda faltava um dia para o ataque, mas tudo já estava pronto, as táticas já haviam sido passadas, os treinamentos já haviam sidos feitos, agora só esperavam a hora certa para o ataque.
Hoje estava um dia atípico na base militar, o vento cessara um pouco, deixando assim que os soldados pudessem ficar fora das barracas com mais tranquilidade, aproveitando isso todos estavam reunido conversando ou jogando baralho fora das barracas, até mesmo os comandantes se permitiram ter um momento de folga e se divertiam junto aos outros soldados.
Joe, Drew, Rick e John, jogavam pife juntos. Eles estavam tão concentrados no jogo que mal falavam um com os outros, apenas assuntos rápidos.
_ Bati! – disse Rick.
_ Mais uma vez? – perguntou Drew indignado, está já era a quarta vitória de Rick, sendo que eles haviam jogado apenas seis partidas, e Drew fora o único que ainda não havia ganhado nenhuma vez.
_ O que posso fazer? Eu tenho sorte no jogo. – disse Rick. _ E digamos que você é bem ruim. – completou. Se Rick fosse qualquer um, Drew o daria uma resposta à altura, mas, mesmo estando se tratando de igual para igual nesse momento, todos ali tinham consciência de que Rick ainda era o superior.
_ Se contente com sua sorte no amor Drew. – falou John, tentando amenizar a indignação do companheiro.
_ Contentas com tão pouco? – perguntou Rick, menosprezando-o.
_ Como assim? – perguntou Drew.
_ Está historia de amor... Soldados deveriam ser como padres, se casam com o exército, um amor apenas atrapalha nas nossas ações. – falou Rick.
_ Discordo. – disse John. _ O amor que tenho em minha mulher e meus filhos que me fazem querer ser um soldado melhor, é por eles que estou vivo.
_ Pois você está enganado ao pensar assim. Eles podem até ser o motivo de você estar vivo, mas por que o medo de perdê-los que o faz agir menos, pensas demais, por mais corajoso que seja você não se arisca tanto em um combate, pois você sabe que tem família e não quer perdê-los. Isso nos prejudica, pois vocês perdem força no combate.
_ Ainda que você esteja certo, eu não me arrependo, antes um soldado covarde vivo e atacando do que um soldado morto e enterrado. – disse John, irritado com o comentário do comandante. Joe e Drew assistiam aquela cena sem silencio, os dois estavam de acordo com John, mas eles não tinham coragem de enfrentar Rick como John tinha.
_ Você está me desafiando soldado?
_ Não. Apenas digo que minha opinião não é a mesma que a sua. – respondeu tranquilo, o que enfureceu mais ainda Rick.
_ Pois eu acho que deverias deixar opiniões inúteis apenas consigo.
_ Não acredito que seja uma opinião inútil. – falou olhando para o comandante que estava sentado bem a sua frente. _ Me diz se não é verdade? Eu posso ser medroso, mas ataco, mato, aprisiono, faço exatamente o que me é mandado, isso porque tenho uma família que me espera, se eu fosse um soldado corajoso, despreocupado e sem razão para voltar para casa, provavelmente já estaria morto, crescendo o número de perdas do exercito.
_ Pois eu optei por não ter uma família e não estou morto. – disse Rick, orgulhoso. _ E por isso me tornei um comandante, ao contrario de você que continua apenas um soldado.
_ Se eu quisesse ser um comandante eu teria sido. – confessou. _ Me propuseram isso. Eu só não aceitei.
_ De burro que sois. – falou Rick, dando de ombros.
_ Para você é vantagem ficar indo de base em base, perder noite planejando batalhas, perder a voz gritando com os soldados em treinamento que não fazem o que você manda. Para mim não, eu prefiro apenas escutar e fazer, e como ganho eu volto para casa e recebo o abraço daqueles que eu amo, não há nada melhor que isso, eu jamais abriria mão disso para ficar aqui e levar criticas caso eu cometesse um erro. Você leva esse batalhão inteiro nas costas, eu admiro tal dedicação em você, mas eu não creio que seja compensador.
_ Se eu fosse você ficava mais quieto, mesmo sendo importante para o batalhão, se eu me irrito com você te jogo para fora sem me importar de como você vai ter que se virar lá fora. – ameaçou Rick, se levantando e saindo do jogo.
DEMI
O final de semana já havia chegado e, não sei se é bom ou não, eu não tive nenhuma noticia sobre onde Joe estava. O lado bom é que isso significa que está tudo bem, já que as más notícias correm rápidas, se algo de mal tivesse acontecido, provavelmente eu já saberia, mas é difícil ficar sem noticias dele, mesmo sabendo que ele está bem, eu queria saber como ele está, o que ele está fazendo... É difícil ficar longe de quem se ama.
Durante todos esses dias Denise sempre estava junto comigo, me enchendo de mimos, no começo eu confesso que odiei, mas tê-la por perto estava me fazendo bem, eu podia conversar com ela e nos aproximamos bem mais; meu pai estava sendo um amor comigo, sempre ligava e queria saber de mim e do bebê; Miley continuava me dando atenção, mas ela estava ficando um pouco mais com Liam, que realmente a fazia muito bem, já tinham tempos que não a via tão feliz.

_ Você já sabe quando vai tirar licença maternidade?- perguntou meu pai.
_ Pai, por Deus, eu ainda nem fiz três meses, você já quer que eu tire licença? – perguntei. Eu pensei que não tinha como, mas ele tinha se tornado um pai bem mais preocupado.
_ Ah, sei lá, eu acho que você tinha que descansar um pouco, você só faz isso quando Joe vem. Nem mesmo nas férias você se permite um descanso. – lembrou-me.
_ Eu gosto do que faço pai. – justifiquei-me.
_ O que não te torna incansável.
_ Espere um pouco mais, acho que eles me liberarão lá para os seis, sete meses, por aí... – falei dando de ombros.
_ Acho que isso vai demorar. – comentou.
_ Eu acho que não, estes dois primeiros meses estão passando tão rápido. – falei. Em tão pouco tempo eu já estava achando as coisas tão diferentes, meu corpo, meu jeito. Sei que ainda é pouco e que talvez as outras pessoas nem tenham percebido, mas eu já me sinto um pouco mais inchada, esfomeada e cansada, se eu sento por um segundo em um lugar silencioso, eu durmo, pode ser até por causa do cansaço, eu realmente nunca fui de tirar férias, só parava quando Joe vinha, mas sei que a sonolência é um dos sintomas da gravidez.
_ Pois eu acho que tem uma pessoinha aqui que está louco para se tornar vovô. – insinuou Logan.
_ Ah, então é isso. – falei divertida. _ Você está ansioso para ter seu netinho, por isso que está com essa pressa toda. – acusei-o.
_ Você que não vive 24 horas com ele que não sabe como ele está ansioso. – começou a dizer Logan. _ ele fala de você e desse bebê toda hora, sempre querendo saber se vocês estão bem, todo cliente que chega lá na oficina, ele começa a falar sobre sua gravidez, provavelmente a cidade toda já sabe sobre sua gravidez.
_ Pois eu acho que você está é enciumado. – falou meu pai, um pouco irritado com o comentário de Logan.
_ Awn pai. – falei me aproximando dele e dando um forte abraço. _ Isso é bem fofo da sua parte.
_ Ah, sei lá acho que ser avô vai ser uma experiência bem legal. – disse.
_ Em pensar que eu fiquei com medo de lhe contar. – revelei.
_ Jura? – perguntou, desfazendo o abraço. _ Não sabia que eu lhe dava medo.
_ Não é isso pai. – falei tornando a sentar-me no sofá, local em que eu estava antes. _ É só que você não lida muito bem com o nosso crescimento, não sei se você se lembra do drama que foi na época do meu casamento. – lembrei-o.
_ É, foi lamentável. – disse ele, envergonhado. _ Mas eu acho que tenho que me acostumar com isso, não posso fazer vocês ficarem pequenos para o resto da vida. – falou.
_ Você tem o Logan, isso é quase a mesma coisa. – brinquei.
_ Ei! – exclamou Logan. _ Não se esqueça de que eu sou mais velho. – indagou.
_ Ainda sim, ninguém diz isso. – falei. Todo mundo, jugando pela mentalidade, sempre achavam que eu era a mais velha, eu não gosto muito disso, prefiro ser considerada mais jovem, mas eu acho engraçada a cara que ele faz quando dizem isso.
_ Ainda sim eu sou o mais velho.

Passei o dia a tarde e até nem de noite nada casa do meu pai, pude fazer isso, porque também levei Oliver e com isso ele não ficara sozinho no apartamento. Quando voltei para casa, tomei um banho demorado e fui assistir TV, vi o jornal, como sempre, para saber se tinha algo de importante sobre a guerra.  Enquanto devorava dois pacotes de pipoca, uma latinha de coca e um barra de chocolate, nada muito saudável, mas foi o que me deu vontade de comer, fui assistir filmes, um deles foi Querido John, eu já havia lido o livro e é claro que eu não só me emocionei como também me identifiquei com a historia. Claro que minha historia com Joe não iria terminar daquela maneira, mas ainda sim, a comunicação entre cartas, o tempo distantes... De muito me lembra da nossa relação, concluindo, chorei quase que o filme todo.
JOE
Já era tarde da noite, eu ainda pensava sobre o que tinha acontecido durante a tarde, a discursão entre Rick e John repercutiu durante toda à tarde, muitos admiravam a coragem de Rick por falar daquele jeito, outros já tinham pena, pois provavelmente algum castigo lhe seria aplicado. Eu acho que fico com um pouco dos dois sentimentos.
_ Joe? – chamou-me Drew, entrando na barraca. _ As cartas chegaram, tem uma aqui para você. – falou entregando-me o papel, era de Demi.
_ Você não vai ficar? – perguntei, ao vê-lo tornar a sair da barraca.
_ Daqui a pouco venho, vou conversar com os outros mais um pouco. – respondeu.
_ Tudo bem. – falei e comecei a abrir a carta. Li e reli por varias vezes, forçando o minha visão para enxergar pela fraca luz da lamparina, eu podia sentir a dor de suas palavras e de sua decisão de me deixar livre para escolher o que eu achava melhor, isso, eu não posso mentir, me fez pensar em ficar, afinal ela mesma escreveu que me apoiaria, não é? Mas toda hora que via foto do ultrassom, meu coração logo se derretia, se eu já amava aquele ser que nem se quer eu podia ver com muita nitidez ou pegar, seria eu capaz de ficar longe depois que nascesse? Esta era uma duvida que eu tinha, era um outro embate que eu enfrentaria, mas, por agora, eu teria de deixar esta duvida de lado, pois amanhã seria o grande dia.
                CONTINUA...

Oi gente, HAPPY LOVATIC DAY!!!!
Gostaria de primeiramente pedir desculpas por não ter postado antes, é que, como eu havia falado, meu computador estava com defeito e o conserto demorou mais que o previsto. Sei que prometi dois capítulos hoje, mas acho que terei que passar para manhã, pois não pude escrevê-los, farei o máximo para conseguir postar mais um hoje, mas não garanto muito, porem de qualquer jeito eu pretendo postar amanhã.
Muito obrigada.
Bjssss.

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NINA: Muito obrigada por comentar, vai ter muita coisa ainda para acontecer com ela, algumas não tão boas L. Bjss.
Juh Lovato: Desculpa-me por não ter lhe respondido o comentário anterior, não deu mesmo, muito obrigada por sempre comentar. Bjss

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

7º CAPITULO “Prova de amor” – AMOR EM GUERRA


Os dois olhavam a lua nesse mesmo momento, eles estavam conectados mesmo distantes, mesmo estando quilômetros separados, nesse momento, eles eram um só.
Assim que o sol nasceu Joe recebeu autorização para dormir, porem não foi por muito tempo, antes mesmo de meio-dia ele foi acordado novamente, era hora do treinamento, eles precisavam estar preparados para o grande ataque que fariam em alguns dias. A constante correria estava deixando Joe claramente mais cansado, mas do que ele já ficara, pois agora não era só a pressão por parte dos comandantes que o estava torturando, sua indecisão também.
Na última noite Joe tivera muito que pensar e decidiu que iria ficar para esse ataque e depois que ele acabasse ele voltaria para casa, sabia que não seria fácil para sobreviver longe da batalha e também que teria que se virar para continuar a sustentar a família, mas ele ainda era jovem, ele poderia muito bem fazer isso, não é verdade?

_ Capitão Rick. – chamou Joe, entrando na barraca em que Rick estava. Rick é um homem alto e bem forte, sua aparência combinada com seu tom de voz alto e grosso, com o sua aparência bruta e seu tom de voz constantemente autoritária costuma fazer com que as pessoas se assustem, o que não é tão errado assim, ele está longe de ser a pessoa mais sensível ou mais gentil que Joe já conheceu, mas com paciência se pode descobrir um bom coração neste homem.
_ Sim soldado Joseph. – respondeu. _ O que lhe trás aqui? – perguntou, se afastando da grande mesa de madeira, não muito bem acabada, que rangia quando alguém colocava algo em cima ou a encostava, cheia de papeis, planos de batalha, mapas...
_ Eu só queria anunciar a minha desistência do exercito após este último ataque. – falou Joe.
_ Tem certeza? – perguntou Rick.
_ Sim senhor. – respondeu. Rick já era capitão do exercito há muito tempo, já havia visto muitas pessoas desistirem e ele odiava quando isso acontecia, porem ele nunca tinha ficado tão surpreso como agora, ele nunca imaginava que Joe seria capaz de se desvincular do exercito.
_ Eu duvido que tenhas tanta certeza. – falou Rick. Joe não o respondeu, no fundo ele não queria fazer aquilo, mas ele não poderia deixar Demi sozinha e não tinha como ficar com ela e no exercito no mesmo tempo. _ Eu vou lhe dar um tempo para que você possa pensar melhor.
 _ Desculpe-me capitão, mas eu já pensei.
_ Ainda sim, depois do ataque você me dará sua resposta definitiva. – disse Rick firme, não daria para Joe o contrariar, Rick era seu superior, sua ordem era lei.
_ Tudo bem senhor. – falou, dando o braço a torcer. _ Com licença. – falou se retirando da barraca. Tão pouco adiantou tomar coragem, ele continuava como no começo, ele sabia que com esse tempo lhe dado poderia o fazer mudar de ideia, mas ele tentaria manter-se firme com sua decisão.

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_ Não ria de mim doutor. – pediu Demi. _ Eu sei que ele ainda está pequeno, mas eu já consigo ver um pouco dos seus detalhes. – falou, se referindo à imagem no ultrassom, Demi jura que já pode ver seu rosto e seu corpinho bem miúdo.
_ Não estou rindo de você. – defendeu-se o médico. _ Todas as mães me dizem a mesma coisa. – falou. _ Vocês conseguem ver até melhor que eu, que passei anos estudando. – falou bem humorado.
_ Você deve nos achar loucas. – disse Demi.
_ Não, claro que não, vocês costumam estarem certas. Por exemplo, o ponto que você apontou como sendo a cabeça do bebê está certa, aqui realmente está à cabeça do bebê. – confirmou o doutor, apontando o ponto certinho, exatamente o que Demi havia apontado minutos atrás. Demi abriu um sorriso imenso.
_ Eu lhe disse que posso ver. – falou.
_ E eu não tenho duvidas de que possa.
                                               (...)
Demi havia dado todas as aulas no turno da manhã e um dos horários no turno da tarde, depois pediu permissão para ir ao consultório medico para fazer o exame. Esta era a vantagem de trabalhar na escola publica, quando ela precisava pedir licença, ou para aproveitar o tempo em que o marido estava em casa ou para, como hoje, ir ao consultório, ela podia, e isso sem por seu emprego em risco, isso se seus alunos continuassem a ter boas notas, ajudando para o crescimento da media educacional nas pesquisas que fazem no fim do ano.
Assim que saiu do consultório Demi voltou para a lanchonete da amiga, que já estava arrumando tudo, pronta para fechar.
_ Atrapalho muito se eu entrar? – perguntou Demi na porta da lanchonete.
_ É claro que não. – disse Miley, feliz por ver a amiga. _ E então como foi lá? – perguntou.
_ Nada de mais. – disse Demi, entrando no estabelecimento.  _ Ele deu os resultados dos exames que eu tinha deixado lá e fiz mais um ultrassom. De acordo com os exames eu estou muito bem. – disse rindo.
_ Isso é ótimo amiga.
_ Acho que alguém aqui deveria estar um pouco mais eufórica, afinal é hoje que uma pessoa muito aguardada chega não é?
_ Awn nem me fala. – disse se dando por vencida e extravasando toda sua euforia. Miley parecia uma criança, seu sorriso grande e apaixonado, seus olhos brilhavam e se ela estava parada, ela começava a dar pequenos pulinhos, isso se ela ficasse parada, já que para tentar se controlar ela fazia tudo o possível para se distrair, até mesmo ajudou na cozinha, coisa que como dona da lanchonete ela não fazia muito, apesar de cozinhar muito bem, ela preferia ficar perto do caixa, para ver se tudo estava indo bem ou andando pelo lugar, para saber se os clientes estavam satisfeitos ou não com o serviço. _ Meu coração está a ponto de explodir, eu quero tanto ver ele novamente.
_ Eu tenho certeza que ele deve estar tão ansioso quanto você. – disse Demi, abraçando a amiga.
_ Quando ele chegar eu vou agarrar ele bem forte e ninguém vai poder me separar dele. – falou ela, abraçando a amiga bem forte, como se demonstrasse como faria quando vesse o marido.
_ Eu também gosto muito de você, mas isso não faz com que eu não precise de ar. – falou Demi com um pouco de dificuldade, Miley realmente tinha posto força de mais no abraço.
_ Desculpa morena, eu me empolguei. - disse soltando-a
_ Percebi. Você quer que eu vá com você ou lhe ajude em algo? – perguntou Demi.
_ Não, pode ir para sua casa e ser mimada pela sua sogra tranquilamente, não irei lhe incomodar. – falou brincando com a amiga, já que sabia da dificuldade que Demi em receber mimos.
_ Digamos que eu tenho sorte de ter uma sogra carinhosa. – falou.
_ Ue, agora você está gostando dos mimos? – perguntou provocando-a.
_ No fundo é bom, estou ficando bem cansada ultimamente, Denise está sendo uma ajuda e tanto.
_ Cansada e fominha. – falou Miley rindo.
_ Mas respeito, eu estou alimentando duas pessoas. – falou Demi. As duas riram. _ Bom, vou deixar você fechar tudo aí para poder se preparar para rever seu amor. Tchau amiga. – despediu-se
_ Tchau morena.
JOE

Agora estávamos treinando junto com os ingleses, o grupo de Drew já tinha se juntado ao nosso, o que me fez ter com quem conversar nas horas em que tinham o tempo livre.
Passávamos as táticas do ataque, nós mostravam o mapa do local, era algo incrível, eles já tinham tudo muito bem planejado, provavelmente já sabiam deste esconderijo há muito tempo, porem só nos contaram agora, isso não é muito raro de acontecer, os lideres sempre tinham que ter muita certeza de tudo e precisavam de autorização por parte de outros lideres, bom... É uma confusão, nesse ponto até agradeço por ser apenas um soldado, pode parecer estranho eu dizer isso, mas minha função é bem mais fácil, treine e ataque, nada mais, quem pensa nas táticas, quem organiza tudo, quem encontra os inimigos são os lideres, apesar do trabalho deles ser menos ariscado é bem mais difícil e importante do que o nosso, de soldados.

Quando o treinamento enfim terminou o treinamento fui para minha barraca, desta vez eu não fui escalado para fazer a vigia noturna, aproveitaria para descansar o máximo possível. Meu braço doía, minha perna doía, meu pé doía, mas nada é mais forte do que minha vontade que lutar nesta batalha e voltar para casa para ficar junto a minha mulher e meu filho que em sete meses nasceria.


O cansaço fez com que Joe, assim que deitou-se em seu colchão começasse a dormir profundamente, ele nem mesmo trocou de roupa, apenas tirou sua botina, armas e colete, não foi tentar se limpar, coisa que não era muito simples, já que como eles estavam em um deserto com pouca água, não costumam disponibilizar muita água para eles se limparem, era o suficiente apenas para limpar o suor artificial, nada para deixa-los realmente limpos.

DEMI

Demi chegou em seu apartamento, e encontrou Denise limpando a casa.
_ Denise, não precisa ficar arrumando a casa, ela já está bem limpa. – falou Demi. Demi pouco ficava em casa, não havia muita bagunça, as únicas tarefas diárias era lavar os pratos e limpar a sujeira de Oliver, no resto uma vez por semana tirava a poeira, lavava a roupa...
_Tudo bem Demi, não tinha muita coisa para fazer, resolvi limpar um pouco. – falou. _ Você quer que eu te prepare um lanche? – perguntou.
_ Não, ainda não.

Demi foi para seu quarto, colocou uma roupa mais fresquinha, já que fazia quase 31°, voltou para sala e se se sentou à mesa, ela iria escrever uma carta a Joe.

Fort Bragg, 22 de janeiro de 2013
Querido Joe,
         Não faz nem mesmo três dias completos que você se foi e eu já sinto muito a sua falta, queria tanto estar do seu lado agora e me arrependo tanto por ter perdido o pouco de tempo que nós temos juntos brigando, fui um erro que cometi e peço desculpas por isso, não duvide de que eu te amo.
         Hoje novamente fui ao medico, ele me deu alguns resultados de exames que eu já havia feito, tudo está indo muito bem, eu e o bebê estamos com saúde. Eu também fiz mais um ultrassom. Eu sei que pode parecer bobagem, mas eu consigo vê-lo e é tão fofo, nosso bebê vai ser o mais fofo do mundo. Aproveitei e o pedi para tirar as imagens para eu poder lhe enviar. Está vendo esta foto aí em baixo? É o nosso filho.

         Não sei você, mas eu consigo enxergar seus detalhes sem dificuldades, mas caso você não consiga, está vendo uma setinha ali? É a cabecinha.
         Não vejo a hora de poder tê-lo em meus braços, espero que possa vê-lo e carrega-lo também, mesmo que não fiques todo o tempo junto comigo, já que tens o exercito, espero que deixem você me acompanhar o máximo possível. 
           Sei que serás o herói que tanto quer, sei que nosso filho se orgulhará do pai que tem, assim como eu me orgulho do meu marido.
         Eu te amo muito,
                   Beijos, Demi.

Demi ainda tinha medo do que poderia acontecer, tem medo de perder Joe, mas ela estava tentando com toda sua força controlar esse sentimento de medo e dar um espaço para que ele pudesse pensar, não era fácil, mas ela estava tentando. Ela sabia que para Joe seria difícil largar a guerra, ela não entendia muito, pois ela odiava a guerra e achava irracional ele ter duvidas de que decisão tomar, mas ela não podia fazer nada, ela sabia que Joe adorava o que fazia, e por isso decidiu dar-lhe uma chance para pensar, essa seria sua prova de amor.
                CONTINUA...
Me sinto só,
Mas sei que não estou
Pois levo você no pensamento
Cedo ou tarde – NX0

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Oi gente, ficarei um pouco de tempo sem postar, meu computador está dando um probleminha novamente, nada grave, vai ser consertado logo, mas isso me atrasará um pouco mais, acredito que entregarei o próximo capitulo até sábado, e no dia 28, em comemoração ao Lovatic Day eu tentarei postar 2 capítulos. J
Não se esqueçam de comentar/avaliar.
Bjsss

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

6º CAPITULO “Eles eram um só” – AMOR EM GUERRA


Nunca esqueçam homens, nós somos os heróis da pátria.
Voltar à rotina entediante não era nada animador para Demi, mas o que ela poderia fazer? Joe não estava mais com ela, não tinha motivos para ficar o dia inteiro em casa.
_ Como você conseguiu entrar aqui? – perguntou Demi, sobressaltada. Como era de se esperar Denise madrugou no apartamento de Demi, porem ela não bateu na campainha nem nada e isso assustou Demi, pois pensou que tinha dormido com a porta aberta, o que era um risco.
_ Fiz uma copia da chave para não precisar lhe incomodar. – respondeu. _ Fiz muito mal? – perguntou preocupada. Se fosse há alguns dias a trás, mas precisamente três, Demi, sem duvidas, responderia que ‘sim’, porem hoje Demi precisava de alguém ao seu lado, alguém que a entendesse, e que sem que ela precisasse falar muito, percebesse o que ela estava sentindo, e quem melhor que Denise para fazer isso? Denise assim como Demi sofria com a decisão de Joe, as duas se entendiam muito bem nesse assunto.
_ Não, você não fez mal. – respondeu Demi, se sentando no sofá e pegando Oliver no colo.
_ Fiz panquecas. – anunciou Denise.
_ Jura? Já faz tanto tempo que não como uma. – falou Demi, animada.
_ Que bom que gosta, vou trazer para você.
_ Denise não precisa, eu posso muito bem andar até a cozinha. – falou Demi, se levantando do sofá.
_ Não enquanto eu estiver aqui. – Demi respirou fundo, cedendo, o dia seria longo, teria que dar várias aulas e com o seu astral não muito alto, teria que se esforçar o dobro para dar aula como se nada estivesse acontecendo. Denise voltou com as panquecas e um copo com achocolatado.
_ Eu estou me sentindo uma criança agora. – as duas riram. Denise sentou ao lado de Demi. Como Denise havia madrugado tampouco tinha tomado café da manhã em sua casa e aproveitou para fazer o desjejum junto a Demi.
_ Não é muito bom passar a noite acordada chorando. – comentou Denise, se via que os olhos de Demi estavam inchados e levemente avermelhados.
_ Está tão na cara assim? – perguntou.
_ Dá para pensar que só foi uma noite mal dormida, mas eu sei o que foi o caso, então... 
_ Eu odeio quando ele tem que ir embora. – confessou.
_ Nem mesmo ele gosta. – falou Denise, olhando para o chão. _ Eu vejo o quão bem ele fica quando está perto de você. – disse, agora olhando para Demi, que já quase terminava o café da manhã. _ Ele te ama muito Demi.
_ Mas isso não é o suficiente. – falou fraco.
                               (...)
A primeira aula que Demi foi para a turma da segunda serie e passou longe de ser sua melhor aula, ela estava um pouco distraída, lembrando-se dos poucos dias que passou com o marido e se torturando por terem gastado esse pouco tempo que possuam com brigas. Porem depois de um tempo, como profissional competente, ela colocou seu emocional para segundo plano e tornou a atenção apenas para o seu trabalho.
Mesmo já estando acostumada com aquelas crianças, Demi hoje as olhou de maneira diferente, mesmo concentrada em dar uma boa aula, ela não pode deixar de pensar na criança em que ela carregava no ventre. Ainda era uma gravidez nova, apenas dois meses, mas ela já não via a hora de ter a criança em seus braços, de vê-la correndo pela casa... Mesmo com toda sua incerteza quando se tratava da presença de Joe, ela ainda sim se mantinha eufórica com o fato de que breve se tornaria mãe.

Demi já havia almoçado, e nesse momento esperava pela a amiga, Miley, que sempre que o movimento se acalmava vinha conversar com ela.
DEMI
Miley nunca foi de ser triste, ela era sempre animada, ou pelo menos sempre se mostra assim, mas, hoje, quando a vi se aproximando da mesa em que eu estava, para vir conversar comigo, eu pude perceber um brilho mais forte em seus olhos e uma força maior em seu sorriso. Ela se se sentou à mesa ao meu lado e o sorriso ainda estava em sua face.
_ Então que dia que ele chega? – perguntei direta.
_ Ai seu sem graça! – disse ela, dando um tapa de leve no meu braço. _ Eu queria fazer um suspense. – disse, fingindo seriedade, mas logo o sorriso voltou reinar em seu rosto.
_ E você realmente acha que com esse sorriso de canto a outro no seu rosto não entregou tudo. – falei.
_ Você podia disfarçar que me conhece tão bem. – rimos.
_ Mas então, você ainda não me respondeu. – lembrei-a.
_ Ah sim! Ele volta amanhã. – anunciou.
_ Já? Você por acaso já estava sabendo mais não me contou né loira. – os soldados costumavam a receber a noticia de quando seriam dispensados com no mínimo duas semanas e sempre que recebiam tal noticia escreviam uma carta  ou encontravam uma outra maneira para anunciar a chegada.
_ Claro que não, a carta foi enviada há duas semanas, mas só chegou hoje. – típico do exercito, se as cartas não chegam com a ordem errada, chegam atrasadas.
_ Awn amiga, eu estou tão feliz por você. – disse, dando-a um abraço de lado e ela retribuiu. _ E quanto tempo ele vai ficar aqui? – perguntei.
_ Bom morena, eu não queria me gabar, mas meu lindo vai ficar aqui por uma semana inteirinha. – disse feliz.
_ Como assim? – perguntei injuriada, mas ao mesmo tempo feliz por ela. _ O Joe nunca conseguiu uma licença assim, isso é muito raro acontecer com qualquer soldado. – falei.
_ Pois o meu deu esta sorte e eu estou explodindo por dentro, ele vai chegar só anoite mais eu não vejo a hora de vê-lo. – falou ela toda boba.
_ Sei como é amiga. – eu disse, sei como é a sensação de ter a pessoa que você ama, e que está por muito tempo distante, junto a você. _ Acho que eu ficarei um tempo sem ver minha amiga na hora do almoço. – falei fazendo cara de triste.
_ Pode ficar tranquila, porque ao contrario de algumas, eu abrirei mão de alguns minutos com o meu marido para poder ficar com minha amiga e meu futuro afilhado. – falou ela.
_ Eu em nenhum momento lhe disse que você será a madrinha. – falei brincando.
_ E você realmente acha que eu irei permitir que esse bebê seja batizado por outra pessoa que não seja eu? – perguntou Obvia. Eu ri. _ Mas então, você nem me disse como foi a consulta no medico...
_ Ah sim, ele disse que está tudo bem, que o bebê está crescendo da maneira certa, que minha saúde está boa.
_ Isso é ótimo amiga, aposto que vai nascer um bebê forte.
_ É o que eu mais quero. – falei. _ Amanhã eu vou novamente ao médio, eu já tinha marcado essa consulta antes e mesmo já sabendo os resultados eu vou.
_ Melhor prevenir do que remediar. – disse.
                               (...)
JOE

Nenhuma base do exercito em combate é um lugar agradável, ou é no meio de um deserto totalmente isolado ou no meio da mata, a comida não é a das melhores e se for no meio do deserto o banho será escasso, esqueça da tecnologia ou um tipo realmente eficaz de contato com o resto do mundo. Pode parecer estranho o fato de que, mesmo passando por todos esses perrengues, ainda há pessoas tão comprometidas a ariscar tudo ao se decidir por ficar. Talvez espirito aventureiro, talvez amor à pátria ou talvez teimosia (?), o fato é que olho em volta e vejo guerreiros em busca de se jogar numa luta e ganhar, ninguém aqui está preparado para perder, mesmo sabendo que um dia isso acontecerá. 
Nós estávamos agora em uma base temporária, em que é próximo o local em que em breve iriamos atacar, no meio de dunas de areia em que mesmo estando com temperaturas altas, constantemente venta e a areia fina entra em tudo que você tem. Mesmo me mantendo vestido todo o tempo, minha calça já estava cheia delas, se não usássemos o óculos de proteção, abrir os olhos nesse momento seria algo impossível. Ninguém nunca disse que seria fácil ou se quer divertido, nos treinamentos deixavam claro o que passaríamos, para que os mais fracos, ou talvez os mais espertos, como dizia minha mãe, saísse enquanto ainda havia tempo, eu, por ser forte, ou idiota, assim como muitos, fiquei. Porem, por mais que eles façam o possível para preparar-nos para qualquer evento, eles não me alertaram para o que estou passando nesse momento, tenho muito a perder e agora travo uma luta interna entre a razão e a emoção.
_ Joe, eu vim aqui me despedir. – disse Liam, entrando na barraca em que eu estava.
_ Vai abandonar o grupo justo agora. – falei.
_ Eu não irei abandonar vocês, volto antes mesmo do ataque. – justificou-se. _ Eles custaram para dar-me uma licença, eu não poderia deixar de ir. – dito isso, eu que estava sentado no colchão, levantei-me e dei-lhe um abraço.
_ Aproveite bem amigo, quanto você estiver de volta não será nada fácil. – avisei-o.
_ Farei o possível. – falou ele.
_ Vai muita gente junto ou só liberaram você? – perguntei.
_ Que eu saiba me liberou e alguns outros incluindo o Gabriel. – falou.
_ Me deixaram sem meus melhores amigos aqui na base. – indaguei injuriado.
_ Provavelmente o grupo de Drew se juntará a nós, então não vais ficar tão sozinho assim. – confortou-me. Gabriel é um grande amigo, nos conhecemos quando ainda estávamos em treinamento, ele de todos era o mais novo, tem 20 anos apenas, se alistou porque todos os homens de sua família foram soldados, para ele é uma obrigação, que ele cumpre com orgulho, manter uma pessoa do exercito na família. Jovem e sonhador tem uma namorada e sem duvidas se amam muito, ele é bem inteligente, mesmo sem ter feito faculdade ele sabe tudo sobre engenharia mecânica, isso nos ajuda muito, pois como agora, quando estamos no deserto é mais fácil capturar a luz para tentar ter energia nas barracas e ele com poucos itens ele conseguiu fazer um painel de energia solar.
_ Menos mal. – falei. _ Vocês já estão partindo agora não é?
_ Sim.
_ Então vou lá para despedir-me dos outros.
                                               (...)
Já era noite, os que não foram convocados para vigiar a base à noite, já se preparavam para dormir. Depois que Liam, Gabriel e os outros soldados foram para casa, eu tirei um tempo para dormir um pouco, pois soube que seria um dos encarregados de cuidar da base na parte da noite. A noite ia ser longa, mesmo não estando perto de um relógio nesse exato momento sei que ainda demorará a o nascer do sol, olhando para o céu eu pude ver a lua, é lua cheia e logo me lembrei de Demi.
DEMI

Assim que cheguei do trabalho não vi Denise, apenas um bilhete “Já fui para casa, deixei sopa na panela, só precisa dar uma esquentadinha. Se precisar de alguma coisa não tenha medo de ligar”.
Coloquei uma roupa um pouco mais leve do que eu estava antes e como sempre fui caminhar com Oliver, assim que voltei coloquei a sopa para esquentar, enquanto isso liguei a TV, preocupada, queria saber se tinha alguma noticia sobre a guerra, porem o jornal acabou e não dera nenhuma noticia. Comi toda a sopa, que estava muito boa, e antes de dormir fui para a varanda. Quando cheguei logo olhei para o céu, a lua cheia me chamou atenção, pois ela me lembrava de um importante momento que passei com Joe.

                _ Acho que já temos que voltar – disse Demi, sem esconder a decepção. _ Daqui a pouco    meu pai vai começar a me ligar. – Joe fez cara feia.
Demi e Joe ainda tinham 17 anos, mesmo um já gostando do outro a um bom tempo, o que tinha entre eles ainda não era muito certo. Para os amigos eles eram namorados, mesmo que ambos
falassem que não, para os parentes, eles eram apenas bons amigos, apesar de Denise, como uma boa observadora, já desconfiava de como essa forte amizade iria acabar.
Joe sentia algo forte por Demi, e queria levar isso para um lado mais serio. Os dois estavam nas férias de verão, que acabaria em duas semanas. Joe em um súbito momento de coragem ligou para Demi
 e a chamou para sair. Eddie não gostou nada, porem não pode negar ao ver o quanto Demi queria ir.

Demi e Joe haviam passado toda a tarde juntos, haviam ido ao cinema, a sorveteria e ainda viram o pôr do sol na praia. Agora já era oito da noite e eles já teriam que voltar para casa, já que uma das regras estabelecidas por Eddie, foi de que eles deveriam voltar antes da nove. Era noite de lua cheia, e os dois até agora estavam sentados na areia.
_ Demi, eu preciso falar uma coisa antes.
_ Pode falar. – incentivou-o vendo que ele parou de falar.
_ Eu... Eu tenho andado pensando em muitas coisas ultimamente. – começou dizendo. _ E... Eu... Pensei bastante em você e... Eu... Percebi o quanto você é importante para mim. – Demi escutava tudo com atenção, seu coração já estava acelerado, ela também andava pensando muito em Joe, mas não sabia se ele sentia o mesmo, por isso jamais o disse nada. _ Eu gosto muito de você. – Joe falava cuidadoso, não queria assusta-la e tinha medo que ela quisesse fugir. _ Mas do que apenas como uma amiga. – Joe até aquele momento falava olhando para Demi, mas assim que terminou esta última frase abaixou a cabeça, tímido.
_ Eu estou apaixonada por você. – falou Demi, tomando a frente da conversa, fazendo com que Joe tornasse a fita-la.
_ Isso quer dizer que você aceitaria se eu te pedisse para ser minha namorada? – perguntou animado.
_ Sim. – respondeu sem hesitar. Joe se pôs de joelhos aos pés de Demi e começou a dizer.
_ Demi você aceitaria namorar comigo? – perguntou pegando em sua mão.
_ Sim Joe, eu aceito ser sua namorada. – disse ela, com um grande sorriso no rosto. Com isso eles deram o primeiro beijo, o primeiro beijo como namorados.
Depois do primeiro beijo Joe pegou uma pulseira que estava em seu bolso.
_Não lhe darei um anel, por que isso é só para os noivos. – disse rindo de canto. _ Essa pulseira é bem importante para mim, pois ela me foi dada pela minha avó é uma das poucas coisas que ela me deixou antes de sua morte. – falou Joe. _ Eu queria lhe dar ela. – falou pondo a pulseira delicadamente no pulso de Demi. _ Aqui tem este pingente de uma lua cheia feita de cristal. – indicou Joe, mostrando-a a pulseira. _ Minha avó costumava dizer que não há nada mais belo que a lua cheia e me pediu para que eu só passasse esta pulseira para a pessoa mais bela que eu encontrar. – falou. Demi não disfarçou o sorriso, que iluminava seu rosto. _ Acho que você é a pessoa ideal para ter esta pulseira. – concluiu.

Demi ainda tem a pulseira e após lembrar-se deste momento, começou a passar sua mão nela, e ao se lembrar do momento e do significado dela sentiu seu coração encher de felicidade, por ter encontrado um homem tão perfeito em sua vida, e saudades, por não estar junto a Joe nesse momento.
Os dois olhavam a lua nesse mesmo momento, eles estavam conectados mesmo distantes, mesmo estando quilômetros separados, nesse momento, eles eram um só.
                CONTINUA...
Porque
Não quero viver com medo de te perder
Eu quero morrer se não posso te ver
Na minha vida não há mais saída
Não posso dormir se não posso ter você
Não posso seguir morrendo lentamente
                                                    Teen Angels – Miedo a Perderte

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Oi gente, desculpa por não ter postado antes, o capítulo já estava pronto no prazo certo, mas eu estava sem internet.
Bom, espero que tenham gostado. Não se esqueçam de comentar/avaliar.
Bjssss

Juh Lovato: É, realmente é um situação complicada, mas em breve ele vai resolve-la J Bjsss

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

5º CAPITULO “Os heróis da pátria” – AMOR E GUERRA


Aquela cena já fazia parte da vida daquela família, eles viviam entre encontros e despedidas.
Eddie foi embora junto à filha e enquanto estavam no carro, dirigido por Demi, conversavam.
_ Ele não vai ficar com você? – perguntou Eddie a Demi.
_ Não sei. – respondeu. _ Ele não me deu muitas garantias, só disse que irá pensar.
_ Você quer que ele fique? – perguntou.
_ Sim, muito.
_ E ele sabe que você quer.
_ Sim. – disse Demi, apesar de Eddie não ter feito uma pergunta. _ É por isso que estávamos meio mal na hora do almoço. – concluiu.
_ Você sabia que seria assim. – lembrou-a. _ Eu lhe disse que vida de mulher de soldado não era fácil.
_ Eu sei... Eu sei que você me avisou. Mas agora já é tarde, eu amo o Joe e não me arrependo de tê-lo escolhido.
_ Eu sei que você o ama, ele é um bom homem, mas você sofre Demi.
_ Mas também sou feliz, sempre que ele está comigo eu sou feliz. – Eddie não disse nada, os dois ficaram em silêncio por mais alguns quilômetros. Depois, quando estavam parados em um sinal vermelho, Demi pode ver um sorriso fraco no rosto do pai. _ O que foi? – perguntou. Eddie, que até então olhava para frente, olhou para filha. _ Porque está sorrindo?
_ Eu acho que estou ficando velho. – falou. Demi riu.
_ Não exagere pai.
_ É serio. Lembro-me de sentir-me velho quando você se formou no terceiro ano e depois me senti mais velho ainda quando se formou na faculdade, depois quando você se casou e agora...
_ Para de drama pai, você ainda é jovem, olha seu rosto, quase não tem rugas e seu cabelo e você não nem tem cabelo branco direito. – observou Demi, seu pai já tinha uma idade avançada, mas talvez por genética, nem seu rosto e nem seu cabelo transpareciam a mesma idade que tinha na certidão de nascimento.
_ Ainda sim, tenho dois filhos grandes e agora eu vou tem neto.
_ Você não está feliz com isso? – perguntou Demi, preocupada, o pai não a tinha convencido de que estava feliz na hora do almoço.
_ Eu estou feliz Demi. – assegurou-a. _ Eu não sei muito sobre o que esperar como avô, mas eu sei que vou amar. – disse. _ Porem eu estou preocupado com você. – Demi não disse nada, apenas ficou escutando o pai. _ Mesmo com o Joe vindo por alguns dias você praticamente criará esta criança sozinha, e isso não é fácil. – disse Eddie, ele sabia muito bem do que estava falando.
_ Ele pode mudar de ideia pai. – falou Demi. _ Ele me prometeu que iria pensar. – Eddie de primeira não disse nada, só parou um pouco e ficou observando a filha enquanto ela dirigia, depois respirou fundo e disse.
_ Ele também disse que iria pensar em desistir de se inscrever para o exercito depois do casamento. – lembrou-a.
_ Desta vez é diferente. – falou Demi, em baixo tom, ao retornar essa lembrança sua confiança de que talvez Joe voltasse para casa diminuiu drasticamente.
_ Eu só espero que você não esteja se iludindo de mais, não procure sofrimento desnecessário. – depois desta fala os dois ficaram em silêncio até chegarem à casa de Eddie. _ Você quer que eu mande Logan ficar com você? Eu não vou ter muito tempo na oficina, mas se você quiser, eu também posso dar um jeito. – sugeriu.
_ Não, amanhã eu já volto a trabalhar e Denise não me deixará ficar desamparada. – falou.
_Tudo bem, já que é assim. – falou. _ Tchau minha filha. – despediu-se Eddie, se aproximando de Demi e a dando um beijo na testa.
_ Tchau pai. – respondeu, recebendo o carinho do pai de olhos fechados.

Depois de deixar o pai em casa, Demi logo chegou a seu apartamento, entrou e foi recebida com carinho pelo cachorrinho, sentou-se no sofá e olho em volta, sua rotina estava de volta, Joe não estava mais lá, ela estava sozinha novamente. Uma lagrima solitária saiu de seu olho.

JOE
Eu ainda estava no avião e já haviam se passado quase duas horas de seu decolo. O voo em que eu estou está bem vazio, tanto que eu estava sem ninguém sentado ao meu lado, eu fiquei sentado na cadeira da janela e a deixei aberta e estava a olhando, eu não via muito mais que nuvens ou as luzes da cidade. Eu não ligo pelo fato de não ter ninguém ao meu lado, mas eu tinha um vazio no meu peito, talvez uma presença ao meu lado a fizesse parecer menor... Não, na verdade não faria diferença, na realidade de nada mudaria o que sinto, a minha cabeça e o meu coração ainda estava com aqueles que eu deixei em terra, minha mãe, meu pai, minha mulher, meu filho, é deles que, mesmo há pouco tempo longe, sinto falta, é sempre assim.
Eu nesse momento estava indo a uma base do exercito inglês, antes de eu tirar licença estavam planejado fazer uma parceria com o exercito inglês para que houvesse um grande ataque a uma base, que a pouco foi descoberta, do Talibã. Eu nunca lutei com o exercito inglês, tampouco sei sobre eles, e confesso que não estava muito animado com isso, não sei se realmente há a necessidade de aliarmos a qualquer outra força, o exercito americano é grande e forte o suficiente para dar conta do recado, porem eu sou, ainda e por pouco tempo, um soldado, não sou um comandante, mas um dia ei de me tornar um, não posso comandar as escolhas superiores, tenho apenas que torna-las realidade.
_ Ora se não é o soldado Joseph. – disse um homem se sentando ao meu lado, logo o reconheci se trata de John, não somos os mais amigos um do outro, mas nos damos bem, temos muito em comum, assim como eu ele é soldado e isso sempre foi o seu desejo desde que era garoto, porem, apesar da similaridade na historia, nós estamos em patamares diferentes, John já tem seus 32 anos, 12 deles no exercito, já era um veterano, poucos conquistam tão marca. Ele já tem sua família e não demoraria muito para ter sua patente aumentada, muitos ainda se perguntavam o porquê disso já não ter acontecido, John é um homem forte, de pele morena clara, sempre andava com o cabelo curto e barba feita, o que não é tão comum quando se fica meses na base, em tempo de batalha mais intensa costumamos voltar para casa quase que como mendigos, sujos, com barba grande e um pouco machucados.
_ Eu mesmo. – confirmei. _ Como vai soldado John? – perguntei, educadamente, o olhando.
_ Pelo que pude observar de longe, melhor que você, eu acredito. – respondeu, esqueci-me de comentar, ele não era de enrolar na hora de falar, direto, sincero e observador, são os adjetivos ideais para descrevê-lo. _ O que passa com você Joseph?
_ Já estou a sentir saudades da minha família. Apenas isso. – respondi.
_ Não me trates como idiota soldado Joseph, sei que não é só isso que se passa pela sua cabeça. – falou. _ Já viajei vezes suficientes junto a você para saber como se comporta quando estas apenas com saudades de sua família.  – ele infelizmente estava mais que certo, além da falta que sinto da minha família, minha cabeça ainda me torturava pela discussão que tive com Demi, eu não sabia o que fazer me parece injusto ter que encolher, como que eu vou deixar a guerra? Mas como eu vou deixar minha família?
_ Digamos que estou naquela situação em que se tem que escolher entre a guerra ou a família. – falei.
_ Motivo especial? – perguntou.
_ Minha mulher está gravida. – respondi. Ele deu um sorriso.
_ Meus parabéns. – disse.
_ Obrigado.
_ Eu sei bem como é isso, passei isso por duas vezes. – falou ele.
_ E acredita que tenha feito à decisão certa? – perguntei, talvez se a resposta dele fosse positiva eu teria a confirmação de que deveria continuar minha vida de soldado, caso não...
_ Levando em conta os benefícios e as desvantagens, não. – respondeu sincero. _ Eu amo a guerra, tanto quando você rapaz, escolhi-a porque sei que não sou capaz de fazer outra coisa, passei minha vida treinando para ser soldado, não me dei chances para ser outra coisa, a única coisa que sei fazer na vida é servir o exercito. – falou. _ Mas ao escolhê-la ao invés de minha família eu pus muito a perder, eu não sei quase nada sobre meus dois filhos, não sei do que eles gostam, do que eles não gostam, não sei quem são seus amigos... Eu apenas sei o básico, o seus nomes, suas idades e suas aparências, isso por que me mandam fotos nas cartas, porque se não fizessem isso eu seria capaz de não reconhecê-los caso passassem perto de mim. – ele falou isso com um tesar visível não só em sua voz como também em sua face, eu temia por essa resposta, me parece horrível à ideia de perder momentos importantes da vida de um filho, mas assim como ele eu também dediquei minha vida ao exercito, era isso que eu sabia fazer, eu não tinha um plano B, uma escapatória, outra coisa para que eu pudesse me dedicar, não tinha outro tipo de sustento de vida.  _ Eu não lhe ajudei muito, não é? – perguntou ele.
_ Não.
_ Ainda bem. – falou ele, como assim ainda bem? Eu queria a ajuda dele, por isso o perguntei. _ Esta é uma decisão que deve ser tomada com cuidado, e só você deve toma-la. – explicou-se. _ As duas não têm volta, eu jamais influenciaria numa coisa tão decisiva assim.
                               (...)
Cheguei à base inglesa já se passava das 9 da manhã, não consegui pregar o olho no avião e não seria agora que eu iria conseguir.
_ Soldados. – começou a dizer o capitão Rick. _Vocês já devem ter escutado sobre a recém-descoberta de uma base dos Talibãs.
_ Sim senhor! – disseram todos os soldados em coro.
_ Pois bem, nós necessitamos de fazer um grande ataque a esta base, pois se acredita que seja lá a base do atual líder desse grupo. Se isso for verdade existirá muita segurança em seu envolto e uma tentativa de invasão, como a que iremos fazer, com certeza, causará uma grande batalha. Por isso unimos aqui dois exércitos, o americano e o inglês. Iremos trabalhar juntos como se fossemos apenas um grupo, iremos treinar e cooperar, nós temos que ter sucesso absoluto nesse ataque, pois caso falharmos as consequências poderão ser catastróficas. – avisou. _ Estão preparados para essa batalha soldados?
_Estamos senhor!
_ Eu não senti firmeza.
_ Estamos senhor! – gritaram os soldados em coro.
_ Lembrem-se soldados, estamos aqui para honrar o nosso país, estamos aqui para defendê-lo, é em nós que milhares de pessoas têm esperanças é em nós que vários garotos e garotas se inspiram. Nunca esqueçam homens, nós somos os heróis da pátria.
                CONTINUA...
Um herói de guerra
Sim, isso é o que eu vou ser.
E quando eu chegar a casa
Eles estarão orgulhosos de mim
Vou carregar esta bandeira
Para o túmulo se precisar
Porque é uma bandeira que eu amo
E uma bandeira que eu confio
                                              Hero of War – Rise Against

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Mais um capítulo postado, eu tentarei postar o próximo amanhã mesmo.
Não se esqueçam de comentar/avaliar.
Bjssssss.

Juh Lovato: É bem triste mesmo o que aconteceu, mas essa, infelizmente, foi a decisão de Joe. Fico feliz que minha super fã esteja gostando desta fic também. Bjsss.
NINA: Que bom que gostou do capítulo J É bem triste mesmo, mas era o que tinha que acontecer. Postado. Bjsssss.